ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Cafezais irrigados respondem por 25% da produção nacional

POR ANDRÉ LUÍS T. FERNANDES

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 18/03/2009

2 MIN DE LEITURA

4
0
O Brasil já irriga 233.000 hectares de todo o seu parque cafeeiro, o que representa quase 10% da cafeicultura nacional. O que chama a atenção é que esta fatia irrigada responde por 25% da produção nacional, mostrando a grande competitividade da cafeicultura irrigada nacional. Os cafezais irrigados estão mais concentrados nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e, em menor proporção, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo.

A irrigação tem sido utilizada mesmo nas regiões consideradas tradicionais para o cafeeiro, como o sul e Zona da Mata de Minas Gerais, Mogiana Paulista, Espírito Santo e outras. Trabalhos de pesquisa demonstram que o aumento de produtividade média com o uso da irrigação (médias de pelo menos três safras) tem sido de 50%, quando comparada com as lavouras de sequeiro, trabalhos estes desenvolvidos nas regiões de Lavras e Viçosa, em Minas Gerais, regiões consideradas aptas climaticamente ao cultivo do cafeeiro, sem a necessidade de irrigação.

Convém salientar que, embora a irrigação seja viável nestes locais, o benefício do uso desta tecnologia é mais evidente em regiões mais quentes, onde a temperatura média mensal dificilmente fica abaixo dos 19ºC, como as novas fronteiras do café: Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães e Cocos, na Bahia. Vários experimentos têm sido conduzidos nas diferentes regiões cafeeiras, objetivando, principalmente, avaliar o efeito da irrigação na produtividade e qualidade do cafeeiro, sendo vários deles relacionados a estresse hídrico x produtividade/qualidade do café.

Escolha do melhor sistema

Existem diferentes sistemas de irrigação que podem ser utilizados, sendo que a escolha do mais adequado depende de uma série de fatores, destacando-se o tipo de solo, a topografia, o tamanho da área, os fatores climáticos, os fatores relacionados ao manejo da cultura, o deficit hídrico, a capacidade de investimento do produtor e o custo do sistema de irrigação.

Além disso, deve-se ter em mente também que é grande o volume de água exigido na irrigação e, por isso, a necessidade de otimizar a utilização deste recurso é um dos aspectos mais importantes que deverá, também, ser considerado no momento de decidir pelo método e pelo sistema de irrigação a ser utilizado.

Em geral, a irrigação do cafeeiro é feita por dois métodos: aspersão e irrigação localizada. Os sistemas de aspersão utilizados na irrigação desta cultura são os seguintes: aspersão convencional móvel (com aspersores pequenos, médios e canhões) ou fixa (que inclui o sistema de aspersão em malha), autopropelido e pivô central. Em função de aspectos relacionados ao consumo de energia, exigência de mão-de-obra e outros quesitos operacionais, os sistemas mais viáveis de irrigação por aspersão têm sido o convencional (principalmente do tipo malha) e o pivô central.

Já com relação à irrigação localizada, os sistemas mais utilizados são o gotejamento, por suas características técnicas que permitem uma irrigação com grande precisão, economia de água e energia, e as fitas de polietileno (sistema também conhecido como "tripa"), principalmente pelo menor custo de implantação.

Irrigação localizada

Compreende os métodos de irrigação em que a água é aplicada diretamente sobre a região radicular, em pequena intensidade e alta frequência, para manter a umidade próxima da ideal, que é a de capacidade de campo. O principal sistema é o gotejamento, em que a água é aplicada de forma dirigida e localizada na zona de maior aproveitamento das raízes das plantas.

São caracterizados pela localização, que implica um umedecimento parcial da área total sob irrigação, reduzindo, portanto, o volume total de solo explorado pelas raízes. O restante da área não se umedece, fazendo com que a planta modifique seu crescimento radicular, o qual se concentra nos volumes de solo umedecidos.

ANDRÉ LUÍS T. FERNANDES

4

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ALEXSANDRO PIVETTA

SANTA TEREZA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/08/2011

    Acredito muito no gotejamento como irrigaçao pra formação do cafezal, pois sua economia é enorme mas com o cafe adulto creio que o gasto de agua em relação a cafe irrigado por malha deve ser igual ou maior ...

   Mas aprovo a materia e devemos ter sempre materias assim pra tirar nossas duvidas e dar nos maior conhecimentos para podermos ser cada vez mais competentes no que fazemos.



parabens

alexsandro
GUSTAVO ALEXANDRE GROSSI

MONTE CARMELO - MINAS GERAIS

EM 05/03/2010

Boa noite ,André.

Gostei muito da sua publicação, mais do seus comentários sobre irrigação , em relação da irrigação localizada ,gotejo ,localizado em maior parte do sistema radicular , acredito que este sistema inibe o desenvolvimento do sistema radicular assim limitando as fontes de nutrientes nas partes da saia do café diminuindo o desenvolvimento do sistema radicular e eliminando melhor aproveitamento do resto da das áreas entre linhas , que no sistemas de manejos como calcário , gesso e outros tratros como esterco e camas de aviários vai limitar a exploraçao de busca dos demais tratos culturais.

Sem mais
Att Gustavo Grossi
ANDRÉ LUÍS TEIXEIRA FERNANDES

UBERABA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/10/2009

Prezado Anselmo Augusto de Paiva Custódio,

Estes dados foram publicados no último livro que publiquei, que é a segunda edição da obra: Irrigação da cultura do café, 2008, 476p. Na primeira edição, em 1996, tínhamos 10.000 ha irrigados. Hoje, 12 anos depois, já chegamos a quase 240.000, uma grande evolução, tanto em números quanto em tecnologias envolvidas.

Se tiver interesse em adquirir, favor me enviar um e-mail

Att,
Prof. André Fernandes
ANSELMO AUGUSTO DE PAIVA CUSTÓDIO

JABOTICABAL - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 02/10/2009

André, boa tarde.

Sobre esse trecho inicial do seu trabalho que achei muito interessante:

"O Brasil já irriga 233.000 hectares de todo o seu parque cafeeiro, o que representa quase 10% da cafeicultura nacional. O que chama a atenção é que esta fatia irrigada responde por 25% da produção nacional, mostrando a grande competitividade da cafeicultura irrigada nacional. Os cafezais irrigados estão mais concentrados nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e, em menor proporção, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo."

possui algum trabalho bacana para que possa referenciá-lo?

Parabéns pela matéria.
Abraço,

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures