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Floração é mais uniforme de cafeeiros conilon, em relação a outros robustas

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 22/09/2016

3 MIN DE LEITURA

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 Por José Braz Matiello e Iran B. Ferreira - engenheiros agrônomos Fundação Procafé e Celio Landi Pereira, engenheiro agrônomo da FSH

Em observações recentes, em lavouras de cafeeiros robusta, em campo, verificou-se que a floração dos cafeeiros conilon sempre ocorre de forma mais uniforme.

A uniformidade de floração em cafeeiros é importante, para facilitar a colheita por derriça única, como praticada no Brasil e para a melhoria da qualidade do café, através da colheita de mais frutos no estágio de cereja.

A floração do cafeeiro é um processo que envolve o desenvolvimento das gemas seriadas, a sua entrada em dormência, seguida da quebra dessa dormência, com o desenvolvimento final dos botões e sua abertura. A condição de estresse hídrico e, depois, o suprimento de água, por chuvas ou irrigações, favorece a abertura mais uniforme.


Flores esparsas em ramo de cafeeiro do tipo robusta, em junho de 2016, na Fazenda Santa Helena em Areado (MG), que leva à desigualdade na maturação dos frutos

A influência da genética e do estado vegetativo dos cafeeiros, sobre a uniformidade da floração, é pouco conhecida. Sabe-se que cafeeiros com fator semperflorens, como o nome indica, florescem o ano todo. Nas cultivares arábicas normais, verifica-se que, em plantas mais compactas e as menos sujeitas a estresses hídricos, como na cultivar catuai, a floração é mais desigualada. Na espécie C. canephora, não é conhecido o efeito da genética ou de características fenotípicas sobre a floração. No Brasil tem-se, em cultivo extensivo, cafeeiros ou clones do tipo conilon, um robusta oriundo da África seca e outros robustas, caracterizados por folhas maiores e entrenós mais longos, tidos como oriundos da África úmida, estes últimos usados em processo de melhoramento e, raramente, em plantios comerciais no Brasil.

Na presente nota técnica objetiva-se relatar observações de campo, diferenciais quanto ao comportamento da floração, em cafeeiros da cultivar conilon e de outros robustas.


Maturação desigualada em ramos de cafeeiros do grupo robusta (esquerda), com frutos verdes entre e dentro das rosetas.


Maturação uniforme em ramos de cafeeiros conilon, em contrate com os dos robustas (ao lado)

Nos ciclos agrícolas 2014/2015 e 2015/2016 foram observados aspectos da floração/frutificação em cafeeiros de dois lotes vizinhos de cafeeiros, da cultivar conilon e da cultivar apoatã e outros robustas diversos, conduzidos na Fazenda Santa Helena, em Areado-MG, a cerca de 800 m de altitude. A observação partiu da constatação de que as plantas de conilon sempre resultavam em maturação mais uniforme dos frutos, o que é bem conhecido nas plantações comerciais no Espirito Santo.

Por outro lado, no apoatã e em outros robustas era frequente, no mesmo ramo e, até na mesma roseta, serem encontrados muitos frutos verdes, junto aos maduros. Diante dessa verificação passou-se a observar o comportamento da floração. Nesse último ano, já a partir de maio-junho de 2016, em observações nos mesmos dois lotes, foram constatadas florações esparsas no apoatã e em outros robustas e nas plantas de conilon não houve qualquer floração nesse período. Pequena umidade do ar ou de chuvas finas, já desencadearem florações pequenas nesse tipo de planta, aqui denominado de grupo robusta. De forma bastante diferenciada, os cafeeiros do lote de conilon apresentaram floração uniforme somente em agosto/set.

O comportamento de florações desuniformes, que levam a frutificações com maturação também desigualada, dos robustas, pode estar ligado à sua genética e, ainda, mais provável, à facilidade com que se estressam.

Em conclusão às observações feitas, destaca-se a maior importância de contar, para a região de altitude elevada, como a bacia de Furnas, em Minas, com cafeeiros de cultivares de C. canephora que apresentem florações mais uniformes.

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