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Casca fresca do café despolpado pode ir para a lavoura

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 17/12/2014

1 MIN DE LEITURA

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O preparo de cafés despolpados ou de cerejas descascados (CD) tem crescido no Brasil, devido a que o processo garante uma boa qualidade do café, mesmo em regiões úmidas, onde o preparo dos cafés naturais resultaria em bebidas inferiores. Além disso, os diferenciais de preço favoráveis e a maior facilidade na secagem dos cafés despolpados ajudam a viabilizar este tipo de preparo pós-colheita.

Como subprodutos, desse processo de despolpamento, temos a casca fresca e o pergaminho, este após à secagem e beneficiamento.

O melhor uso para a casca do cereja é o seu retorno para as lavouras, para servir de adubo. Ocorre que os produtores relutam em utilizar a casca, deixando-a amontoada e, em muitos casos, despejam a mesma, em montes, em terrenos próximos às instalações de preparo. Ali começam a apodrecer e a drenar um liquido escuro, que acaba matando a vegetação ao redor, mesmo árvores frondosas.

Duas razões principais são indicadas para não retornar a casca para as lavouras. A primeira é por medo de que ela mate os cafeeiros. A segunda é por que ela atrapalharia no recolhimento do café de varrição.

Quanto a matar os cafeeiros, como tudo, depende da dose. Uma vez colocada em doses menores e espalhada em camadas de espessura máxima de 3-4 cm ela, com certeza, só fará bem. Vendo-se pelo quadro aqui incluso, que a casca é o subproduto com maiores níveis de nutrientes, portanto bem rica e, melhor, com efeito de liberação lenta.

Sobre o fato de poder atrapalhar com seus resíduos o recolhimento do café do chão ainda presente nas lavouras, a casca do despolpado, na medida em que começar a ficar disponível, mesmo ainda fresca, já pode começar a ser aplicada. Na linha de cafeeiros, em áreas livres de café do chão, como áreas podadas de 1º ano, lavouras novas, em formação ou lavouras já completamente colhidas.

Quanto ao pergaminho, não objeto desta matéria, ele pode ser distribuído normalmente, embora, pelo seu baixo teor nutricional, caso necessário, pode ser usado como combustível nas fornalhas.

Teores de NPK em diferentes tipos de palhas de café

 

Vista geral e detalhe de casca de café despolpado distribuída, em camadas finas, na linha de cafeeiros, mesmo em plantas jovens, sem problemas de morte.
 

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EDIMAR GONÇALVES CARVALHO

GUAÇUÍ - ESPÍRITO SANTO

EM 29/12/2014

A utilização das cascas do café como adubação orgânica espalhadas em finas camadas  é uma prática que aprendi com meu pai e ele aprendeu com o pai dele, já o fazemos em nossa propriedade a mais de 70 anos e nunca tivemos problemas com mosca do estábulo, o problema são os produtores que levam as palhas para a lavoura e amontoam perto dos carreadores e não espalham, aí sim inicia-se um processo de proliferação de moscas e até matam algumas plantas que estão por perto.

   As técnicas são importantes, assim como os estudos e as leis, mas nós produtores precisamos observar mais, pois O SERVIÇO NOS ENSINA A TRABALHAR,  e precisamos também ter mais CAPRICHO e menos PREGUIÇA, assim, com certeza  aumentaremos nossa produtividade e diminuiremos nosso custo, melhorando nosso solo e gastando menos insumos...
FLÁVIO DOS SANTOS

CAPELINHA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/12/2014

Valeu, ótimo artigo.
GILSON PINEL DE MENDONçA

ALEGRE - ESPÍRITO SANTO

EM 24/12/2014

Professor Pavesi, concordo com seu comentário quanto à alteração da legislação. Apenas discordo do incentivo à queima. A queima é uma opção. O verdadeiro incentivo é pela realização da compostagem.
WILLIAN JOSÉ GOULART

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/12/2014

aqui no sul de minas o principal problema é o preço da MO, que durante a colheita é muito escassa, ninguém paga 300,00 por dia para esparramar essa polpa durante a colheita, mas que o mais correto destino é esse, para esse material sem duvida. tem é que se pensar em equipamentos para agilizar esse serviço.
GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/12/2014

Curto e grosso. Demonstra que tudo deve ser aproveitado para o cafeeiro. É uma forma também de baixar custos.
JOÃO BATISTA PAVESI

ALEGRE - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/12/2014

Muito oportuna a matéria, Matiello, uma vez que a produção de café despolpado segue em crescimento exponencial aqui no entorno do Caparaó. Fica a sugestão para os legisladores  no Espirito Santo, que criaram a lei proibindo a utilização de palha de café como insumo em lavouras, por ser "meio de multiplicação de mosca dos estábulos", buscarem soluções técnicas ao invés de incentivar sua queima.
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/12/2014

Excelente artigo técnico do pesquisador José Braz Matiello.

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