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Transferência de tecnologia em RO foca em colheita e pós-colheita

PRODUÇÃO

EM 02/06/2014

5 MIN DE LEITURA

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O processo de colheita e pós-colheita do café, com foco na qualidade, foi tema de treinamento realizado em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, nos dias 28 e 29 de maio, pela Embrapa Café e Embrapa Rondônia em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, a Universidade Federal de Viçosa - UFV e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig - todas instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café -, e ainda a Conilon Brasil e a Emater-RO.

O evento reuniu 40 técnicos e extensionistas, assim como produtores e estudantes, que irão repassar aos cafeicultores da região as inovações e tecnologias viáveis e voltadas para a agricultura familiar. Durante o evento foram abordados temas como: Produção Integrada do Café; desafios e perspectivas da cafeicultura no estado; colheita semimecanizada; despolpamento e secagem do café; terreiro secador de cobertura móvel; classificação do café; tecnologias de colheita e pós-colheita; entre outros assuntos que foram apresentados de forma teórica e prática.


Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora
Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora


O curso recebeu participantes de diversas regiões de Rondônia e também do Acre. O técnico da Emater-RO Mário Neuman percorreu cerca de 500 quilômetros para participar do treinamento. Segundo ele, valeu a pena o aprendizado adquirido. “Estamos em busca de mais informações e tecnologias para melhorarmos as lavouras de Ponta do Abunã (distrito de Porto Velho) e estou comprovando aqui que precisamos melhorar e muito em qualidade e vamos levar isso aos produtores da nossa região. Um conhecimento muito valioso que precisamos repassar”, afirma Mário. Assim como ele, outros participantes vieram de longe.

O coordenador do Programa do Café da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios do Acre, Rômulo Ribeiro, por exemplo, juntamente com outros técnicos e produtores do estado, vieram ao treinamento em busca de inovações e práticas que possam ser adotadas pelos cafeicultores acreanos. “Estamos começando o programa do café no Acre e queremos agregar conhecimentos e tecnologias já existentes aqui em Rondônia. O curso está sendo muito proveitoso e, com certeza, vamos levar muitas novidades aos cafeicultores do Acre e também a experiência de que precisamos estar atentos à qualidade em todo o processo”, diz Ribeiro.

Foco na qualidade
A cafeicultura em Rondônia é uma das principais atividades agrícolas, destacando o estado como o sexto maior produtor de café do País, além de ser o segundo da espécie Coffea Canephora. No entanto, ainda há muito a fazer quanto à qualidade do café. “É preciso aproveitar o potencial de Rondônia para a cafeicultura e investir em qualidade, para que a atividade se torne mais competitiva no mercado”, destaca o diretor comercial da Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaran) de Rondônia, Leandro Dias. Ele complementa dizendo que a classificação do café do estado está entre 500 a 600 defeitos, quando a tabela vai até 360, ou seja, o café não é classificado e perde muito por falta de qualidade. “Os defeitos são decorrentes de uma colheita e pós-colheita mal feitas, sem a devida atenção para a qualidade. E os cafeicultores precisam e têm condições de reverter esse quadro adotando tecnologias e práticas acessíveis, ou perderão cada vez mais mercado. É necessário que os produtores comecem a fazer as contas, colocar 'na ponta do lápis' os custos e as perdas por não investirem em qualidade. Para ter uma ideia, quando o cafeicultor opta por colher o grão verde em vez do maduro, ele tem uma perda de cerda de 30%”, explica Leandro.

O pesquisador da Embrapa Café Júlio César Santos apresentou aos participantes a Produção Integrada do Café, que tem por objetivo tornar a produção de café mais sustentável, por meio da adoção das Boas Práticas Agrícolas, rastreabilidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental. Essa ação atende também às exigências do mercado, que cobra e valoriza condições apropriadas de produção e certificação do produto. As notas técnicas do PIC estão na Instrução Normativa nº 49, publicada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em setembro de 2013. “A PIC é importante para a sustentabilidade da propriedade. Esse programa é nacional e é importante enfatizar a adoção de tecnologias mais eficientes, de baixo impacto ambiental e que favoreçam a rastreabilidade do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização”, conclui o pesquisador.

Tecnologia: terreiro secador de cobertura móvel
Durante o evento, os participantes conheceram práticas e tecnologias que podem ser adotadas pelos produtores. Um dos destaques que chamou a atenção foi o terreiro secador de cobertura móvel, que foi desenvolvido e está em fase de teste pela Embrapa Rondônia. Trata-se de um terreiro de alvenaria tipo barcaça, que tem uma cobertura móvel e com telha transparente, possibilitando a secagem do café mesmo durante a chuva. Esse sistema proporciona ainda uma secagem homogênea e com temperatura perto da ideal, que vai de 35°C a 45°C.

Ao contrário de secadores convencionais (lenha e carvão), em que, muitas vezes, para secar o café em menor tempo, o grão é levado a temperaturas que chegam a 300°C, modificando suas propriedades físicas e químicas, o que provoca perda da qualidade. O tempo de secagem no terreiro de cobertura móvel é em média de três a quatro dias, bem equiparado aos secadores convencionais que atendem ao processo de secagem com qualidade. “Esse terreiro de cimento de cobertura móvel é uma tecnologia viável para o produtor, pois diminui mão-de-obra, uma vez que não será necessário fazer a amontoa do café nos períodos de chuva, ou mesmo durante a noite. Além de ser um processo de secagem que pode ser considerado de baixo custo e ecologicamente sustentável, pois utiliza energia solar”, argumenta o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves.

Colheita semimecanizada do café conilon
A cafeicultura em Rondônia é conduzida em pequenas propriedades e baseadas na agricultura familiar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média dos cafezais em Rondônia é baixa, média de 16 sacas por hectare, cultivados por cerca de 21 mil produtores, que têm no café a principal fonte de renda e é responsável pela manutenção dessas famílias no campo. No entanto, um dos principais gargalos enfrentados por esses produtores é a falta de mão-de-obra, que limita o desenvolvimento da produção, tanto em quantidade como em qualidade. E, com o intuito de minimizar esse problema, durante o treinamento foi apresentada também a colheita semimecanizada do café Canephora, que pode ser uma alternativa viável. “A Embrapa Rondônia está realizando testes e o objetivo é avaliar o desempenho e a viabilidade da colheita semimecanizada. Também será estudado o efeito dessa alternativa à colheita manual sobre a produção e qualidade do café, assim como a longevidade das plantas”, explica o pesquisador Enrique Alves.

As informações são do Consórcio Embrapa Café.

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