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Tecnologias adaptadas são destaque na Bahia

PRODUÇÃO

EM 11/07/2014

5 MIN DE LEITURA

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A Bahia é o quarto maior produtor de café do Brasil, atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Em 2014, deverá atingir o volume de 1,9 milhão de sacas (Conab/2014). O Cerrado da Bahia, localizado no oeste do Estado, emprega tecnologia de ponta e vem obtendo altos índices de produtividade quando comparado às áreas irrigadas de outros Estados produtores. Nessa região, a produção do café apresenta uma área total cultivada de 14.910 hectares de café arábica, sendo a grande maioria irrigada pelo sistema de pivô central.

Segundo a Conab, as tecnologias empregadas na região Oeste, aliadas a um solo de relevo plano e às condições climáticas, permitem que a colheita seja 100% mecanizada. Em 2014, a região deverá produzir 456 mil sacas de café arábica – o que representa uma produtividade de 38,5 sacas por hectare. A qualidade do café produzido no Cerrado da Bahia permite que o produto seja colocado com mais facilidade no mercado externo.

Papel da pesquisa e transferência de tecnologia

Para fomentar a atividade cafeeira no Estado, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura - Seagri, por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, implantou, nos últimos anos, aproximadamente 30 projetos de pesquisa na área de fertilidade do solo, fitossanidade de lavouras, densidade de plantios, competição de variedades e melhoria da qualidade, por meio de técnicas de processamento. Os projetos foram instalados nas regiões Oeste, Chapada Diamantina, Planalto de Vitória da Conquista, Serrana de Itiruçu e Brejões. "Também foi e está sendo incentivado o desenvolvimento e aplicação de tecnologias voltadas para melhorar a produtividade, como a arborização, e a qualidade do café produzido, por meio da instalação de terreiro de cimento e/ou suspenso e de pequenas máquinas de despolpamento e beneficiamento voltadas para atender a pequena produção", disse Ramiro do Amaral, coordenador do Programa Café da EBDA.

Segundo a professora titular do Departamento de Fitotecnia e Zootecnia da Uesb, Sandra Elizabeth Souza, doutora em Proteção de Plantas pela Universidade Estadual Paulista – Unesp, uma prática que tem sido bastante utilizada em toda a região do Planalto da Bahia é a secagem do café por meio de terreiros de cimento cobertos por estufas de plástico transparente, que recebem a luz do sol, absorvem o calor e, manejadas adequadamente, promovem a pré-secagem ou a secagem do café em aproximadamente 3 dias.

Estresse hídrico controlado

Cafeicultores da Bahia, Goiás e Minas Gerais que produzem em região de Cerrado utilizam tecnologias de estresse hídrico controlado e adubação fosfatada com excelentes resultados na produção. As técnicas foram desenvolvidas pela Embrapa Cerrados, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café. Estima-se que cerca de 36 mil hectares de café desses Estados sejam cultivados com essas tecnologias.

A tecnologia do estresse hídrico controlado, revoluciona a prática tradicional da irrigação frequente e continuada, garante aumento da produtividade (em torno de 15%), mais qualidade e menor custo, sendo alternativa para a sustentabilidade da cafeicultura no Cerrado. A técnica consiste em suspender a irrigação na estação seca do ano durante um período de 72 dias (sendo o período ideal entre 24 de junho e 4 de setembro), para sincronizar, uniformizar o desenvolvimento dos botões florais (florada) e, consequentemente, dos frutos (maturação) - o que garante um café de melhor qualidade. Esse processo tecnológico permite a obtenção de 85% a 95% de frutos cerejas no momento da colheita, maximizando a produção de cafés especiais, de maior valor de mercado. Para a adoção dessa prática, não há necessidade de investimento.

Em decorrência dessa uniformização, o número de passadas de colheitadeiras diminui, reduzindo a operação de máquinas (em torno de 40%). Além disso, garante a redução de grãos mal formados (em torno de 20%) e dos custos de produção com água e energia (em média de 35%). "Os cafeeiros submetidos ao estresse controlado não só cresceram mais como também se apresentaram em melhores condições para a safra seguinte. É o chamado crescimento compensatório, um estímulo ao crescimento após o reinício das irrigações", disse o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Antônio Guerra, que é responsável por essas tecnologias. De acordo com o pesquisador, o manejo adequado das aplicações da água de irrigação associado ao estresse hídrico controlado representa a melhor opção para evitar perdas de nutrientes por lixiviação e fornecer condições propícias de umidade do solo, para que as raízes possam respirar adequadamente e atender à demanda nutricional da planta.

Adubação fosfatada em café

A partir do desenvolvimento da tecnologia do estresse hídrico controlado, as pesquisas sobre aplicações crescentes de fósforo no cafeeiro foram intensificadas. Existia uma demanda crescente por informações sobre a influência da adubação fosfatada no desenvolvimento, vigor, sanidade das plantas e pegamento da florada e ainda a ideia de que o nível de fósforo observado nas análises do solo de alguma forma não representava o que realmente estava disponível para os cafeeiros. "Os resultados demonstraram que o ajuste nutricional é necessário também nas lavouras de sequeiro", completa Guerra.

O estudo questionou os critérios de recomendação de adubação fosfatada no cafeeiro que, por muitos anos, foi considerado uma planta que não respondia à aplicação de altas doses de fósforo. E comprovou que a adição do fósforo traz benefícios para a planta tanto em solos de média a alta fertilidade como também em solos de baixa fertilidade, como os do Cerrado, onde a planta responde com grande intensidade. Analisando lavouras em produção no Cerrado, chegou-se à conclusão de que a aplicação ou não de fósforo era o principal fator que diferenciava as áreas com repetição de safra das áreas de baixo pegamento de florada. "Cafeeiros que não receberam fósforo na adubação de manutenção apresentaram sintomas de deficiência desse nutriente e pouca ou nenhuma formação de gemas reprodutivas e pegamento de florada. Por outro lado, os que receberam doses razoáveis de fósforo mostraram bom desempenho no desenvolvimento de gemas reprodutivas e no pegamento de florada", acrescenta Guerra. Em experimentos, cafeeiros responderam linearmente ao aumento da produtividade até a dose de 400kg de fósforo por hectare, o que permitiu aliar essas altas doses do nutriente ao estresse hídrico, obtendo excelentes resultados na produção e qualidade do café.

As informações são da Embrapa Café.  

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GUSTAVO AVILA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/07/2014

Mas como era aplicado esse fósforo?

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