Novas possibilidades para medir, com praticidade, o nível de nutrição das plantas em campo são o foco de pesquisas realizadas pelo Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Boas, da Unesp Botucatu. “Se faltar nutrientes no solo falta produção no cafeeiro. Ao mesmo tempo, o excesso de adubo também é prejudicial. Por isso a busca pelo monitoramento do nível de nutrição do cafeeiro é tão importante”, analisou.
Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Boas, da Unesp Botucatu, apresenta técnicas para monitoramento da fertirrigação do cafeeiro
- clorofilômetro: a técnica consiste em medir o nível de clorofila na planta, através de um aparelho que verifica a cor da folha. Quanto mais verde, mais clorofila e, por tanto, mais nitrogênio naquela planta. Para efeito de comparação, é possível fazer o monitoramento em campo, colocando mais nitrogênio em um cafeeiro específico e observar, após determinado tempo, se a cor de suas folhas se intensificou. Caso a resposta seja positiva, quer dizer que aquela lavoura ainda pode receber mais doses de nutrição.
- condutividade elétrica: de acordo com Villas Boas, o nível de nutrição medido no solo pode indicar quais resultados serão obtidos mais tarde pela planta. Para encontrar esse dado, é possível utilizar condução elétrica a seu favor. Quanto mais adubo presente, maior a corrente elétrica, o que aponta alta quantidade de sal presente na solução de solo local.
Um terceiro processo, ainda em desenvolvimento para a cultura cafeeira, é através da retirada do líquido do caule da planta e, a partir disso identificar os nutrientes presentes na planta. A metodologia, contudo, ainda é melhor aplicada em laboratórios do que em campo. “É bom trazer esse tipo de pesquisa para eventos como esse, pois é necessário que os especialistas e agrônomos levem as novas possibilidades para testes”, explica o Prof. Dr. Roberto Lyra Villas Boas.