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Certificação Fairtrade incrementa lucro do cafeicultor, que passa de R$60 por saca

PRODUÇÃO

EM 10/12/2014

3 MIN DE LEITURA

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Foto ilustrativa: Felipe Gombossy/ Café Editora
Foto ilustrativa: Felipe Gombossy/ Café Editora


Quatro anos após receber as primeiras certificações do selo internacional Fairtrade, os cafeicultores da agricultura familiar do Estado de Minas Gerais já estão colhendo os frutos dos investimentos, que envolvem não somente a qualidade do grão, mas ações socioambientais exigidas pelo programa.

Com os ganhos relacionados à valorização do café mineiro no mercado externo, os produtores da região, por meio de entidades organizadas, têm conseguido alcançar lucros que passam dos 60 reais por saca. A informação é de Leonardo Carvalho, diretor-presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Sul de Minas (Aprocem).

Ele informa que o Fairtrade é bem conhecido nos Estados Unidos e na Europa, dois dos principais mercados importadores do café selecionado de Minas.

“Toda produção cafeeira que conta com a certificação é vendida pelo preço mínimo de US$ 1,35 por libra peso e recebe um prêmio de 20 centavos de dólar por libra peso, o que já resulta em 60 reais a mais por saca. A premiação vai indiretamente para o produtor, por intermédio de cursos de qualificação e melhorias nas propriedades rurais”, detalha o diretor-presidente da Aprocem, entidade que conta hoje com um grupo de 40 produtores de café da cidade mineira de Poço Fundo e imediações.

“O dinheiro da premiação segue para as cooperativas formadas pelos próprios cafeicultores: 25% são investidos na produção e o restante é destinado, após definição em assembleia, à compra de máquinas e equipamentos de uso coletivo, cursos, palestras e melhorias estruturais”, aponta Carvalho.

Segundo ele, estipular uma quantia mínima ao café tem como finalidade recompensar, financeiramente, as cooperativas de pequenos produtores no mercado externo, auxiliando no desenvolvimento das comunidades rurais. Por isso, somente agricultores familiares reunidos em associações e/ou cooperativas podem receber o Fairtrade.

“Estabelecer um preço mínimo para a saca de café (o valor agregado nas cooperativas gira em torno de 10% do valor de mercado) e a quantia a ser paga pelo prêmio do Fairtrade têm propiciado ao cafeicultor melhorias na qualidade do café”, salienta. “Além disso, estipular um preço mínimo no mercado internacional tem dado mais segurança ao produtor na hora de planejar novos investimentos no campo. Os 20 centavos de dólar por libra peso gira em torno de 60 reais a mais no valor de cada saca. No mínimo, este é o lucro do produtor, mas eu mesmo já cheguei a negociar sacas por 110 reais a mais”, completa Carvalho.

O selo
De acordo com a Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair), 44 entidades de produtores de café, castanha, laranja e mel já foram certificadas no Brasil com o selo internacional, favorecendo aproximadamente 10 mil agricultores familiares.

“O Fairtrade é uma certificação que visa o comércio justo. É um movimento mundial para equilibrar as relações econômicas entre produtores e compradores. O consumidor entende e paga por um produto que tem uma história de comércio justo e respeita os pilares que são o desenvolvimento social, econômico e ambiental”. explica Marco Cosciene, coordenador de Gestão de Recursos da Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequeños Productores de Comercio Justo (Clac), em entrevista ao Diário do Comércio.

O diretor-presidente da Aprocem informa que ter um café certificado com o Fairtrade tem um custo anual, pois cada entidade (como a Aprocem) paga 1.470 euros para o programa. E avisa: para conseguir o selo, os produtores de café têm de percorrer um bom caminho.

“O cafeicultor que deseja obter a certificação deve participar das reuniões mensais da Aprocem, por exemplo, por um período de seis meses, para que possa adquirir novos conhecimentos. Depois disso, ele precisa comprovar práticas sustentáveis em sua propriedade, como não jogar esgoto doméstico em qualquer lugar, de forma a evitar a contaminação do solo; conservar as nascentes; reduzir ao máximo o uso de defensivos agrícolas, que também precisam constar da lista de agroquímicos permitidos no Brasil; aprender novas práticas de manejo; armazenar o lixo em locais adequados. Enfim, é uma série de regras que nós precisamos cumprir para receber o selo Fairtrade”, enumera Carvalho.


Por equipe SNA/RJ

Para mais informações sobre a certificação, leia a coluna de Ulisses Ferreira

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