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Café híbrido para Amazônia tem produtividade ótima em testes, diz Embrapa

PRODUÇÃO

EM 24/06/2016

4 MIN DE LEITURA

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Da redação

Cafés clonais híbridos que estão sendo desenvolvidos pela Embrapa Rondônia para a região Amazônica – resultantes do cruzamento de plantas de café canéfora do grupo robusta com plantas do grupo conilon – têm obtido resultados surpreendentes. A pesquisa teve início há 12 anos, e o resultado final esperado é a seleção de clones altamente produtivos para comporem a próxima cultivar de café a ser lançada pela Embrapa para a região Amazônica em meados de 2018.

Foto: Embrapa / Divulgação

 
Confira, abaixo, o que foi informado pela Embrapa Rondônia no último dia 21 de junho sobre o café híbrido:

Este é o segundo ano de colheita das áreas em testes finais com estes híbridos e alguns clones estão produzindo mais de 100 sacas por hectare. "A expectativa é que essa produtividade seja mantida ou incrementada na próxima safra", comenta o pesquisador da Embrapa Marcelo Curitiba, um dos responsáveis pelas áreas em avaliação.

Com a demanda crescente por cultivares clonais, o objetivo dos pesquisadores é alavancar a produtividade média de café de Rondônia e região que hoje registra 19 sacas/ha em Rondônia. "Com o lançamento de novas cultivares altamente produtivas, esperamos um incremento de 25% na produtividade média. Além disso, essas cultivares permitirão que cafeicultores mais tecnificados alcancem produtividades acima de 100 saca/ha", afirma Teixeira.

Foto: Embrapa / Divulgação


Nessa pesquisa, estão sendo avaliados genótipos (clones) de cafeeiros para a composição de novas cultivares de café, altamente produtivas, resistente à ferrugem -alaranjada – uma das principais doenças que atacam os cafeeiros –, e que são adaptados às condições climáticas da região Amazônica. O responsável por este trabalho, o pesquisador da Embrapa Rondônia, Alexsandro Teixeira, explica que o ensaio de Validação de Cultivo e Uso (VCU) é composto por seis experimentos, sendo quatro no Estado de Rondônia e dois no Acre. Em Rondônia, as áreas estão plantadas nos municípios de Alta Floresta do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto Velho.

Já no Acre as áreas, uma irrigada e outra não irrigada, estão plantadas no Campo Experimental da Embrapa Acre, em Rio Branco. Para implantação e condução dos experimentos, a Embrapa Rondônia conta com o apoio do cafeicultor Ademar Schmidt e do engenheiro agrícola Gildásio Mendes da Emater de Alta Floresta D'Oeste, assim como da equipe do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) em Ariquemes, e de pesquisadores e técnicos da Embrapa Acre.

Este ano, a colheita dessas áreas experimentais de cafés híbridos teve início no começo de maio, e está sendo realizada de forma seletiva, na medida em que os frutos ficam maduros. A colheita está em andamento nos municípios de Ouro Preto do Oeste, Porto Velho, Alta Floresta do Oeste e Rio Branco. "Cada clone é colhido separadamente e a seleção dos melhores materiais será baseada na produtividade", explica Teixeira. A colheita será realizada em três etapas, considerando o ciclo de maturação dos clones − precoce, intermediário e tardio. A previsão é de que a colheita dos genótipos tardios seja realizada até o início de julho. Além da produtividade, o pesquisador Alexsandro Teixeira afirma que serão avaliadas a uniformidade de maturação, o tamanho de grãos e a qualidade de bebida.

Esses híbridos que estão sendo testados pela Embrapa Rondônia foram obtidos no ano de 2004 e foram submetidos à avaliação durante seis safras, 2007 a 2012. A partir dessas avaliações foram selecionadas as melhores plantas para comporem o ensaio final de competição de clones, aqui denominado de VCU.

Com a expressiva produção dos cafeeiros em teste, está agendada para o dia 10 de junho a realização de um Dia de Campo sobre café em Rio Branco, na Embrapa Acre, que demonstrará os resultados preliminares dos ensaios naquele estado. O evento, que conta com o apoio do governo do Estado do Acre, também abordará aspectos do cultivo dos cafeeiros; doenças e pragas, irrigação e colheita e secagem dos frutos de café. Todas as ações relacionadas com o desenvolvimento de novas cultivares de café contam com o apoio do Consórcio Pesquisa Café, Embrapa Café, Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Apoio à Pesquisa de Rondônia (Fapero) e Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau.

Melhoramento de plantas: do cruzamento à nova cultivar
Para saber como uma cultivar de café de alta qualidade chega ao campo, é preciso conhecer um pouco sobre o melhoramento de plantas. Trata-se de um processo oneroso e demorado. No caso de plantas anuais como milho, soja ou feijão, esse processo dura aproximadamente de oito a dez anos. Já no caso de plantas perenes, como é o caso do café, o lançamento de uma nova cultivar pode demorar até 20 anos.

No caso do café canéfora, também conhecido como conilon ou robusta, o processo se inicia com o cruzamento entre duas ou mais plantas que possuem características comerciais de interesse dos consumidores. As sementes desses cruzamentos são colhidas, plantadas e avaliadas durante quatro safras de produção. Somente nessa primeira etapa são oito anos de pesquisa. Com os resultados dessas avaliações, realiza-se uma seleção das melhores plantas. Essas plantas selecionadas são clonadas e avaliadas durante quatro safras novamente, só que agora com repetição.

Os resultados atuais já são mais consistentes tornando possível a seleção de plantas de elite para a instalação dos ensaios de competição regional, também conhecidos como Valor de Cultivo e Uso (VCU). As plantas elite selecionadas, que nesse caso são clones, são plantadas em diversos locais da região para que sejam avaliadas quanto à adaptação a estes diferentes ambientes. Nessa segunda etapa são mais doze anos de pesquisa.

De posse dos resultados finais, forma-se a cultivar de café com os clones que apresentaram alto potencial produtivo e outras características comerciais de interesse do mercado. Essa cultivar é registrada e protegida no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, posteriormente, são selecionados viveiristas que multiplicam e comercializam a cultivar entre os cafeicultores. 

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