Funcafé tem orçamento recorde aprovado por Conselho Monetário Nacional

Por Thais Fernandes

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o orçamento total de R$ 4,632 bilhões para a cafeicultura brasileira em 2016, nesta última quinta-feira (31/3). De acordo com o Conselho Nacional do Café, o valor é recorde e seguiu a recomendação apontada, em 22 de outubro do ano passado, pelo Comitê Diretor de Planejamento Estratégico (CDPE) do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).

O Ministério da Agricultura (Mapa) informou que com a decisão os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) devem ser liberados à cadeia produtiva bem mais cedo do que nos anos anteriores. Em 2015, por exemplo, a liberação ocorreu no mês de agosto. A previsão para este ano, segundo o Mapa, é que os bancos e cooperativas de crédito disponibilizem os financiamentos no início de maio.

O pedido para adiantamento da liberação do Funcafé em relação ao Plano Safra vinha sendo feito pelo Conselho Nacional do Café, que intensificou contatos com o Mapa nas últimas semanas (Veja aqui). “Os cafeicultores e demais elos da cadeia produtiva têm necessidade de capital já nos próximos 30 dias, principalmente porque a colheita deste ano será antecipada em aproximadamente um mês”, argumentou Silas Brasileiro, presidente do CNC.

O CMN informou que as condições para contratação das linhas de crédito estão previstas no Capítulo 9 (Funcafé) do Manual de Crédito Rural (MCR), que terão a seguinte distribuição:

a) operações de Custeio (MCR 9-2): até R$950 milhões;
b) operações de Estocagem (MCR 9-3): até R$1,752 bilhão;
c) financiamento para Aquisição de Café - FAC (MCR 9-4): até R$1 bilhão;
d) financiamento de Contratos de Opção e de Operações em Mercados Futuros (MCR 9-5): até R$10 milhões;
e) financiamento para Recuperação de Cafezais Danificados (MCR 9- 7): até R$20 milhões;
f) financiamento de Capital de Giro para Indústria de Café Solúvel e de Torrefação de Café (MCR 9-6):
I - indústrias de café solúvel: até R$200 milhões;
II - indústrias de torrefação de café: até R$300 milhões;
III- cooperativas de produção: até R$400 milhões.