Da redação

O Conselho Nacional do Café (CNC) se posicionou nesta sexta-feira (22/1) sobre as recentes estimativas divulgadas por órgãos oficiais brasileiros. Os números apontados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “estão dentro da realidade observada no campo e bastante próximos à expectativa inicial do Conselho”, afirmou o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro.

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A entidade explica sua expectativa embasada no fato de que 2016 é ano de ciclo de alta dentro da bienalidade da cafeicultura brasileira e na melhora do clima desde o final do ano passado, na fixação das floradas e o desenvolvimento regular dos chumbinhos. Porém, frisa que “a safra somente se desenvolverá até esse tamanho caso as condições climáticas permaneçam dentro dos níveis médios normais”.

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Estoques
No entanto, o assunto principal do Boletim emitido pelo CNC é o volume de café estocado no País. “Mesmo com uma safra maior neste ano, o volume dos estoques brasileiros de passagem deverá atingir ou ficar muito próximo a seus menores níveis históricos, haja vista que tivemos duas safras reduzidas em 2014 e 2015, devido à estiagem, e volumes recordes de exportação, superando 36 milhões de sacas, além da manutenção do consumo interno entre 20 e 21 milhões de sacas”, pontuou Brasileiro.

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O CNC acredita que se as expectativas se confirmarem em 2016, será possível um início da recuperação da renda para o produtor. “Contudo, para que se confirme, serão precisas mais safras futuras com bons volumes e, principalmente, custos de produção e preços favoráveis, os quais harmonizem com a realidade das lavouras”, afirma Brasileiro, lembrando que o longo prazo é necessário já que atualmente “o cafeicultor vive situação delicada no que diz respeito à alta dos insumos e defensivos, em função da valorização do dólar ante o real, e aos custos com mão de obra e seus encargos trabalhistas e sociais”.