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Você conhece as leis gerais da adubação?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/06/2008

3 MIN DE LEITURA

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Diversos princípios ou leis têm sido propostos, há séculos, para estabelecer a relação entre a produção das culturas e a quantidade e proporção dos elementos essenciais fornecidos. Essas leis são conhecidas como "Leis Gerais da Adubação" e explicam como a adubação interfere na produção das lavouras. O conhecimento dessas leis é fundamental para reduzir os gastos com fertilizantes. Todas as leis são importantes, mas serão mostradas apenas aquelas que influenciam a perda de recursos.

Lei do mínimo: "O crescimento e a produção das lavouras são limitados pelo nutriente que se encontra em menor quantidade no solo". Essa lei foi proposta por Liebig em 1843. Tentando explicar de forma mais clara, pode-se dizer que o nutriente que define a produção é aquele menos disponível para as plantas. Portanto, quando se pensa em adubação, deve-se pensar em equilíbrio entre os nutrientes. Obviamente, alguns nutrientes são mais exigidos do que outros, mas todos são necessários para que seja alcançada elevada produção.

Não adianta gastar fortunas com NPK, se as quantidades de magnésio, ou enxofre, são baixas no solo. A produção ficará limitada por esses dois nutrientes. Nesse caso, a aplicação de pequenas quantidades de adubos, que contenham magnésio e enxofre, pode promover um ganho expressivo na produtividade.

Lei de Mitscherlich ou dos incrementos decrescentes: "Quando se aplicam doses crescentes de um nutriente, o aumento na produção é elevado inicialmente, mas decresce sucessivamente". Mitscherlich observou que, elevando progressivamente as doses do nutriente deficiente no solo, a produção aumentava rapidamente no início. Entretanto, esses aumentos tornavam-se cada vez menores, tendendo a formar um "platô" de resposta, onde a produção não aumentava, mesmo com a elevação da dose do nutriente. A figura abaixo mostra graficamente esta lei:


Quando não aplicamos o nutriente (D0), conseguimos uma produção irrisória. Ao elevar a dose aplicada, a produção vai aumentando de forma linear, até atingir a dose D1 (Região A). A partir desse ponto, as respostas à adição do nutriente são cada vez menores, até que a produção não aumenta mais, mesmo com a aplicação de grande quantidade de nutriente (Região B). A partir da dose D2, as quantidades ficam tão elevadas que ocorre efeito negativo do nutriente e a produção começa a diminuir (Região C).

Essa lei demonstra que, na prática, devemos trabalhar na Região A, também chamada de região de elevada probabilidade de resposta. A dose D1 é aquela de maior eficiência econômica. Essa é a dose a ser aplicada. Doses muito acima desta, certamente trarão prejuízo. Não adianta aplicar fertilizante indefinidamente. Esse é um erro comum e que, na maioria das vezes, é difícil de ser notado. Se aplicarmos uma dose intermediária entre D1 e D2, iremos atingir elevada produção, mas com um gasto muito maior do que o necessário.

Lei do máximo: "O excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros e, por conseguinte, pode diminuir o rendimento das colheitas.". Essa lei representa a Região C da lei de Mitscherlich. Em outras palavras, a dose de determinado nutriente pode ser tão elevada, que causa toxidez do próprio nutriente ou inibe a ação de outro, reduzindo a produção da cultura. Esse é o caso típico da aplicação de fertilizantes sem o prévio conhecimento da real necessidade. Em café, podem-se encontrar, entre outras, a toxidez causada por excesso de boro, a inibição não competitiva do zinco pelo fósforo ou, ainda, a inibição competitiva entre potássio e cálcio, quando este é aplicado em elevada concentração.

Este material é parte do curso online Curso de Correção do solo e adubação para aumentar a lucratividade do cafezal, que tem o engenheiro agrônomo André Guarçoni Martins, mestre em Produção Vegetal e doutor Solos e Nutrição de Plantas, como instrutor.

O curso completo é composto por 5 módulos com aulas, textos para leitura, perguntas e respostas de dúvidas postadas no fórum de debates e exercícios de fixação, onde serão apresentados conceitos de como quantificar a fertilidade do solo, corrigí-lo de forma eficiente, adubá-lo e aplicar os fertilizantes corretamente.


Para aprender mais sobre como aumentar a lucratividade da sua produção de café por meio da correção do solo e da adequada adubação da lavoura, inscreva-se no curso online de Correção do solo e adubação para aumentar a lucratividade do cafezal, clicando aqui.

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ELIZANGELA MENDEL ALVES DA SILVA

SANTA MARIA DE JETIBÁ - ESPÍRITO SANTO - ESTUDANTE

EM 09/06/2013

Gostei muito do seu conceito sobre adubação e mais ainda da explicação sobre a lei do máximo e do mínimo. Sou estudante de silvicultura na Farese Faculdade da região serrana em santa Maria de Jetibá e tinha muitas duvidas sobre as leis acima citadas suas explicações vieram elucidar as minhas duvidas.
LUIZ ANTÔNIO VALLE GUIMARÃES

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/09/2012

Guarçoni, Floração do cafezal:


Me ajude nas seguintes questões:


a) Que concentração de solutos, é prejudicial no foliar,


b) Quantos dias devem ser observados para aplicação do foliar após floração e


Obridado antecipadamente pela atenção dispensada.
HENRIQUE NAVES BARBOSA

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS

EM 31/08/2010

Quais os sintomas da toxidez por potássio no cafeeiro?
GILBERTO ROSA DE SOUSA FILHO

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO

EM 26/05/2009

Ainda faltam 3 leis: da qualidade biológica; da interação e da restituição.
MARIA DAS GRACAS DOUGLAS

RAUL SOARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/05/2009

Prezado Senhor,

Acabo de ler seu artigo sobre leis de adubação - muito interessante!

Irei enviar este artigo para o agrônomo que assiste minha propriedade. Tenho 130 mil pés de café irrigado. Os primeiros 112 mil estão com sete anos de idade e a produção é mínima. Apesar de se fazer análise de solo todo ano, análise de folha todo ano e fazer a aducabação de acordo com os resultados das análises.

Acabo de verificar que estamos conduzindo a lavoura errado. Desde já agradeço.

Atenciosamente,
RODRIGO DELESPORTE

MATIPÓ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/02/2009

Meu pai produs cafe conilon em Matipo, a temperatura varia entre 15C e 27C. Produzimos tambem o cafe catuai,nos damos o mesmo tratamento para ambos, em materia de adubação, correção de solo, adubos foliares etc, minha duvida e se o que fazemos e certo, e se o conilon precisa de um tratamento diferenciado?

Desde ja agradeço a atenção.
LEONARDO ALVES

VIÇOSA - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 06/01/2009

No preparo da cova para o plantio,há a necessidade de se adicionar calcário (com uma certa antecedência ao plantio)e uma fonte de fósforo (de preferência já no plantio da muda),estou certo né? E caso não tenha feito a incorporação do calcário com tempo suficiente para que o mesmo possa reagir no solo,e a faça junto com um SS,haverá alguma interferencia muito grande na solubilização da fonte de fosforo(no casa o SS) devido ao calcário?

Desde já,obrigado.
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 18/10/2008


Muito importante a matéria sobre a "Leis gerais da adubação", pois muitos produtores se limitam a aplicar a "velha fórmula:20-05-20" e esquecem que outros nutrientes também fazem parte do desenvolvimento da planta e da formação do grão, bem como a importância do equilíbrio destes nutrientes (escrito na matéria como "lei do máximo/lei do mínimo").
Gostaria de saber porque uma lavoura, quando nova, não apresentava incidência de "grãos moca" nas pontas das ramas e com o avanço da idade foi aumentando a presença destes grãos.
Qual nutriente / micronutriente tem mais influência para formação de grão moca nos de ponteiro e pontas de ramas? Ou seria outra causa (menos a de "origem genética")?

Atenciosamente,
José Adauto
DUILHO DALVI NERY

VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - ESTUDANTE

EM 06/10/2008

Muito interessante o artigo ,sou estudante do curso tecnico em agropecuária e formado no curso de cafeicultura da escola agrotécnica federal de alegre e estou fazendo uma pesquisa junto com o professor pavese sobre uso do lodo de esgoto e calcario marinho no crescimento inicial do cafezal e gostaria de saber do senhor qual sua opniao sobre os aspectos técnicos do uso do lodo e o calcario como uma opçao para o café .

Desde já agradeço .
KARLI DE SENA GONÇALVES

PARÁ - ESTUDANTE

EM 26/08/2008

Gostei do artigo sobre "as leis gerais de adubação". Um amigo meu realizou aplicação de calcário diretamente na cova. É correto o uso desse método?

Desde já, agradeço.

<b>Resposta do autor</b>

Prezada Karli Gonçalves,

A aplicação de calcário na cova do café é, sim, eficiente, especialmente em áreas com elevada declividade. Mas cuidado na hora de calcular a quantidade por cova. Nunca divida a necessidade de calagem (NC; t/ha), pelo número de covas. Esse é um erro muito comum.

Faça o seguinte: NC x 32 = quantidade de calcário por cova (g/cova). Esse fator é válido apenas para covas de 40 x 40 x 40. Se a cova for menor, diminua ainda mais a quantidade de calcário. Se for maior, pode aumentar um pouco mais.

Não se esqueça de corrigir a quantidade final de acordo com o PRNT do calcário.

Atenciosamente,
André Guarçoni M.
PAULO CÉSAR DE ASSIS PIRES

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/07/2008

Gostaria de saber se durante a floração posso ou não fazer uma adubação foliar, e se o zinco causa ou não aborto nos botões florais. Obrigado.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Paulo César de Assis Pires,

Não há maiores problemas em se fazer adubação foliar durante a floração. Mas deve-se tomar muito cuidado para que a concentração de solutos não seja elevada, o que pode causar queda de flores. Assim, se possível, é preferível que você não faça adubação foliar na época da floração. Prefira a pré e a pós-florada.

Muito tem se falado a respeito do zinco. Mas, para Garcia e Fioravante (2004), ficou evidenciado que os tratamentos com zinco, seja em 2 ou 4 aplicações, isoladas ou combinadas com aplicação na florada, não influenciaram na produção. Para os autores, o teor de zinco inicial no solo, de 5,9 mg/dm<sup>3</sup>, foi suficiente para suprir as plantas.

<u>Literatura citada:</u>

Garcia, A. W. R.; Fioravante, N. Influência do suprimento de zinco foliar por ocasião da florada do cafeeiro. Coffea - Revista Brasileira de Tecnologia Cafeeira, Varginha, v. 1, n. 4, p. 11-12, nov./dez. 2004.

Agradeço o questionamento.

André Guarçoni M.

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