O segundo maior exportador de café da África, a Uganda, reduziu sua previsão de exportações para a safra de 2010-11 16% após a seca ter reduzido seus rendimentos, informou a Autoridade de Desenvolvimento de Café do país (UCDA).

As exportações nos 12 meses até setembro de 2011 poderão cair para 2,6 milhões de sacas de 60 quilos, comparado com a estimativa de 20 de setembro passado, de 3,1 milhões de sacas, disse um oficial da UCDA. A previsão revisada é 2,6% menor do que o volume exportado de 2,67 milhões de sacas na safra passada.

Uganda está logo após a Etiópia como maior exportador de café da África, de acordo com o site da Organização Internacional de Café (OIC). A variedade robusta representa cerca de 85% da produção anual da nação. Dados da OIC mostram que as exportações de Uganda de março de 2010 a fevereiro de 2011 foram 12% menores do que no mesmo período do ano anterior.

A nova previsão da UCDA é baseada no desempenho de exportação do país de abril de 2010 ate março desse ano, quando foram exportadas 2,54 milhões de sacas.

A Uganda, que é a terceira maior economia do Leste Africano, vem registrando seca desde dezembro, o que o Governo atribui à mudança climática. Mais de 95% do café do país é cultivado por produtores de pequena escala, cujas colheitas são predominantemente irrigadas pela chuva, de acordo com a autoridade.

A Uganda obteve US$ 243,6 milhões com as vendas de café na safra passada, menos que os US$ 291,3 milhões no ano anterior. Menos de 3% da produção anual é consumido domesticamente, de acordo com a Associação de Cafés Finos da África Oriental.

O país planeja aumentar a produção para 4,5 milhões de sacas por safra em 2015, através de um programa de replantio, depois de os rendimentos declinarem desde a safra de 1996-97 por causa de danos na colheita causados pela wilt disease (traqueomicose), de acordo com a autoridade.

A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.