A Uganda, maior exportador de café da África, está mantendo sua meta de aumentar a produção para 4,5 milhões de sacas até 2015, mesmo enfrentando os desafios de maiores temperaturas e doenças, como a wilt-disease (traqueomicose).

O país planeja começar a plantar sete cepas da variedade robusta que são resistentes à doença, enquanto a mudança climática será parcialmente combatida com programas de irrigação, disse o gerente de qualidade e regulamentação da Autoridade de Desenvolvimento de Café de Uganda (UCDA), Edmund Kananura Kyerere.

"Estamos ainda visando uma maior produção", disse ele em uma entrevista durante a Conferência Africana de Cafés Finos em Addis Ababa, capital da Etiópia. "A meta ainda é de 4,5 milhões de sacas".

A Uganda exportou 3,14 milhões de sacas de café em 2011, o que colocou o país no nono lugar entre os maiores exportadores do mundo, de acordo com dados da Organização Internacional de Café. Os grãos robusta representam 85% da produção do país.

A produção em Uganda declinou de 4,4 milhões de sacas em 1996-97, parcialmente devido aos danos causados pela wilt-disease. O fungo, que afeta predominantemente a variedade robusta de café, foi primeiramente detectado na Uganda em 1993 e destruiu 150 milhões de cafezais, de acordo com a UCDA.

A Uganda espera plantar 200 milhões de plantas resistentes à doença "dentro de 10 anos".

A autoridade está fazendo campanha para mudar a "imagem negativa" do café entre a população de Uganda. O aumento anual no consumo doméstico pode dobrar para 4% no próximo ano. "Existem muitas cafeterias vindo".

A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.