As exportações de café de Uganda, segundo maior produtor da África depois da Etiópia, aumentaram 58% em junho por causa da boa colheita em meio a altos preços, de acordo com a Autoridade de Desenvolvimento de Café do país (UCDA, sigla em inglês).

Os envios no mês aumentaram para 370.924 sacas de 60 quilos, de 234.956 sacas no ano anterior, segundo um oficial da UCDA. As exportações ultrapassaram a meta anterior de 265.000 sacas e as 253.270 sacas exportadas em maio por causa dos bons rendimentos nas regiões oeste e sul do país. Os produtores nessas regiões estão colhendo sua principal colheita, enquanto as regiões central e leste estão colhendo a colheita secundária cujos rendimentos são menores que o normal.

As exportações nos 12 meses até setembro podem declinar para 2,6 milhões de sacas, com relação à previsão anterior, de 3,1 milhões de sacas, disse a autoridade. Cerca de 2,67 milhões de sacas foram exportadas na safra anterior, disse a autoridade.

Uganda, que é a terceira maior economia da África depois do Quênia e da Tanzânia, registrou um clima seco de dezembro a abril, que o Governo disse que foi devido à mudança climática. Mais de 95% do café de Uganda é cultivado por produtores de pequena escala cujas plantas são predominantemente irrigadas pela chuva, de acordo com a autoridade.

A Uganda ganhou US$ 243,6 milhões com vendas de grãos na safra anterior, menos que os US$ 291,3 milhões no ano anterior. Os grãos de robusta representam 85% da produção anual. O país consome menos de 3% de sua produção anual, de acordo com a Associação de Cafés Finos da África Oriental.

O país, cujos rendimentos caíram de 4,4 milhões de sacas em 1996-97 parcialmente por causa de danos nas colheitas por causa da wilt disease (traqueomicose), planeja aumentar a produção para 4,5 milhões de sacas por safra até 2015 através de um programa de replantio, de acordo com a agência.

A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.