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Situação das lavouras de café preocupa produtores

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/01/2010

2 MIN DE LEITURA

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Cafeicultores das principais regiões produtoras brasileiras têm reclamado do cenário de desolação de suas lavouras, ocasionado pela descapitalização dos produtores, alta dos custos de mão-de-obra e condições climáticas desfavoráveis ao bom desenvolvimento da cultura.

Conforme mostra o artigo divulgado semana passada: Sul de MG: cafezais têm cenário de desolação, o presidente do sindicato rural apontou que o cenário dos cafezais do sul de Minas Gerais é de desolação, uma vez que as fazendas estão abandonadas, com falta de tratos culturais, muitos produtores não estão conseguindo pagar seus financiamentos.

O café fino alcançou cotação elevada, porém, as chuvas prejudicaram a colheita na região sudeste, afetando a qualidade dos grãos, não tendo cafés de qualidade disponível no mercado. A maioria dos produtores não têm conseguido cobrir o custo de produção.

O excesso de chuva também comprometeu a formação dos brotos florais dos cafezais em Minas Gerais, resultando em floradas irregulares, o que deve reduzir a safra 2010.

Conforme informou o leitor do CaféPoint Gefferson Ferreira Pinto, da Coopinhal, na região de Espirito Santo do Pinhal/SP houve um prolongamento da estação chuvosa, com várias floradas a partir do mês de julho que originaram diferentes tamanhos de grãos na planta do cafeeiro. Em alguns lugares de maiores intensidades pluviométricas ainda há pequenas floradas de valor econômico e produtivo insignificante.

Com diferentes tamanhos de grãos e flores numa única planta, está ocorrendo um abortamento dos grãos pequenos ou chumbinhos, a medida que ocorre o enchimento dos outros grãos. Isso está dificultando a mensuração do real poder produtivo do cafeeiro.

A região de Campo Belo/MG também está apresentando fenômenos parecidos. Conforme descreve o leitor Marco Antonio Costa, foram observadas flores no final de dezembro e grãos desuniformes.

Alguns produtores do Espírito Santo discordam da estimativa feita pela Conab de que a safra 2010/11 de robusta deverá ser maior pelo fato das floradas terem sido uniformes e volumosas.

O produtor Max Anderson Prezotti, afirma que a estiagem prolongada que vem castigando o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia tem deixado marcas nos grãos de café, que estão ficando chochos, além de causar morte de alguns pés.

Além da estiagem, o cafeicultor Carlos Alberto C. Costa, de Muqui/ES comenta que está havendo grande incidência de cochonilha da roseta, ocasionando imensurável perda nos grãos chochos.

Os produtores têm reclamado também da má situação das lavouras cafeeiras, em relação a deficiência de tratos culturais em função do alto custo de mão de obra. É o que aponta o produtor Geraldo Evangelista S. Filho, de Capelinha /MG, acrescentando que "há muita exigência do Ministério do Trabalho e poucas autoridades preocupadas com o subsídio que o produtor necessita para se capitalizar, gerar empregos e voltar a obter lucro com a venda do café".

Plinio Cyrino Nogueira Filho, de São Sebastião da Grama/SP, argumenta que na região a situação das lavouras também são ruins. As lavouras estão recebendo poucos tratos culturais, está havendo um grande número de demissões, fazendas com casas fechadas, algumas com instalações sem condições de recuperação e poucas contratações. Ele afirma que o número de funcionários é inferior ao mínimo necessário para a condução das propriedades.

Conforme mostram os produtores, as condições climáticas desfavoráveis e a descapitalização dos produtores, tanto de arábica como de robusta, serão responsáveis pela possibilidade de quebra de safra em relação a estimativa divulgada pela Conab.

Sobre esse assunto, o leitor do CaféPoint Fausto Pimentel Cortes Júnior, de Vila Velha/ES acredita que com o cenário de desolação dos cafezais o melhor é trocar áreas de café por eucalipto, uma vez que ele não vê possibilidade de aumento de safra com produtores cada vez mais descapitalizados.

Natália Fernandes, equipe CaféPoint.

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CARLOS GIOVANNI SOSSAI

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/01/2010

Cocordo plenamente com tudo que o Sebastião disse,aqui em Jaguaré a situação é preocupante,se dentro de 15 dias não chover as perdas podem chegar 30%...
GERALDO PINHEIRO

ITAPERUNA - RIO DE JANEIRO

EM 20/01/2010

É cafeicultores o que sera de nós. aqui no interior do estado do rio de janeiro é a mesma historia.
Mas uma coisa eu falo e garanto pior não fica; Quem esta no fundo do buraco a tendencia é so subir . é a esperança que tenho
CARLOS ALBERTO AIMOLE PAGLIARONE

FRANCA - SÃO PAULO

EM 19/01/2010

Os comentários do Plinio, retrata também boa parte dos cafeicultores da alta mogiana; Demissóes, falta de crédito, clima atipico, enfim alto custo e preços baixos e para muitos a bianuidade se torna a trianuidade . Infelizmente este fato esta cada vez mais se tornando realidade.
JOSÉ SEBASTIÃO MACHADO SILVEIRA

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/01/2010

Após a avaliação de safra feita pela conab para o café conilon no Epírito Santo(8,5 a 8,9 milhões de sacas), que ao meu ver estava dentro do previsto, tudo mudou radicalmente. As principais regiões produtora de conilon estão sofrendo com a estiagem. Para melhor compreender esta situação, o município de Sooretema, localizado na principal região produtora de conilon, teve os índices pluviométricos médios dos meses de novembro, dezembro e janeiro reduzido em 78,5%(47mm/mês), quando comparados com os dos últimos 9 anos(218mm/mês). As irrigações não estão suprindo as necessidades das lavouras, pois, quase a totalidade delas são subdimensionadas. É normal encontrar lavouras irrigadas com grãos chochos, principalmente, as mais novas. As lavoura mais velhas os grãos estão pequenos para a época. Estamos esperando um rendimento muito ruím para esta safra. Frente a esta situação, estamos esperando uma safra para 2010/2011 de 7,2 a 7,8 milhões de sacas para o conilon no Espírito Santo.
A situação do conilon no Sul da Bahia é bem pior que a do Epírito Santo, a redução da safra para 2010/2011 será maior, porque as áreas irrigadas são poucas.
A minha avaliação esta baseada em um estudo feito em 6.535 hectares de café conilon no Espírito Santo e Sul da Bahia.

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