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SINCAL adverte: perigo de geadas nos cafezais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/05/2010

3 MIN DE LEITURA

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Há diversos anos que não sofremos mais com as geadas nos nossos cafezais que foram muito intensas nas décadas de sessenta e setenta com prejuízos considerados moderados, severos e severíssimos. As duas últimas geadas com intensidade severíssimas ocorreram em 1975 e 1979 as quais praticamente dizimaram os cafeeiros do Paraná, São Paulo e boa parte do Sul de Minas. Após esses dois eventos, ocorreram outras geadas de intensidades moderadas. Lembro-me perfeitamente da geada de 1979, especificamente no dia 31 de maio.

Estamos acompanhando a climatologia, principalmente com os pareceres técnicos do professor Luis Carlos Baldicero Molion, do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas, doutor em metereologia pela universidade do Wiscosin dos Estados Unidos e representante da América Latina junto à Organização Metereológica Mundial. Portanto, o curriculum do Dr. Molion é realmente relevante e, suas colocações técnicas são embasadas cientificamente.

Dr. Luis Carlos Baldicero Molion mostra que o termômetro da temperatura global é o oceano pacífico com seus 180.000.000 de quilômetros quadrados que corresponde aproximadamente a 35% da superfície terrestre que é de 510.000.000 quilômetros quadrados. De 1979 a 1998 o oceano pacífico esteve mais quente e, essa fase coincidiu com um período de temperatura mais elevadas no planeta. Mas, nesses últimos 10 anos o oceano pacífico está dando sinais de resfriamento culminando no momento com o sol que está entrando numa fase, cíclica, de menor produção de energia e perdendo atividade. Conclui-se que a partir de agora teremos grandes riscos de ocorrência de geadas nas regiões cafeeiras com um período de resfriamento da terra e, com durabilidade para os próximos 20 anos e, logicamente nosso cinturão cafeeiro situa-se em grande parte da região sudeste com vulnerabilidade às geadas.

Além do exposto, nossos cafeicultores de modo geral, esqueceram das geadas e plantaram muitas lavouras em locais baixos e vulneráveis. Lembro perfeitamente da nossa cafeicultura dos anos setenta e oitenta e, lá não víamos lavouras nas baixadas. Existe um levantamento climatológico, do extinto IBC, feito pelo professor e pesquisador de climatologia Eng. Agrônomo Ângelo Paes de Camargo que delineava exatamente os locais susceptíveis. Ninguém segue mais esse trabalho.

Hoje, estamos amargando a nossa incompetência pelos preços baixos praticados no Brasil. Enquanto o mundo cafeeiro do arábica, praticamente todos os países produtores vendem uma saca de café na faixa de R$ 480,00 até R$ 550,00, nós estamos vendendo de R$250,00 a R$270,00 / saca. Cafés de excelentes qualidades e, ainda por cima temos 50% de markt share. De protagonista passamos à coadjuvante e arrastando prejuízos nunca vistos. Como fala o caboclo: "vai ser ruim pra lá".

Estamos amargando os preços baixos e, nos próximos tempos, quando da ocorrência de uma geada, estaremos chorando por termos entregues nossos cafés por preços tão miseráveis. Ao Ministério da Agricultura que entregou o café à gente desqualificada e com visão curtíssima faz-se necessário uma mudança urgente nessa gestão, quem sabe voltar o café para o seu antigo gestor o Ministério da Indústria e Comércio Exterior.

A SINCAL adverte para todos esses aspectos políticos e técnicos e contatos que fizemos com o Dr. Molion, para parabenizá-lo de suas colaborações técnicas e, ele pediu que advertíssemos aos cafeicultores o risco da geada para esse ano, pois, o hemisfério norte está extremamente frio e esse é um sinal evidente do risco da geada, além de, considerar os outros fatores expostos.

Senhores cafeicultores, administrem o máximo seus estoques de café, parem com essas trocas físicas que só beneficiam as multinacionais, exportadores e importadores. Prudência e precaução nunca são demais e fiquem preparados, a partir de maio, com medidas para amenizar os efeitos práticos das geadas. O Engenheiro Agrônomo sabe como amenizá-las.

As informações são do Eng. Agrônomo, cafeicultor e presidente executivo da SINCAL, Armando Matielli, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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