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Rufino: a cafeicultura precisa de soluções

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/11/2010

1 MIN DE LEITURA

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O colaborador do CaféPoint José Luis dos Santos Rufino, Consultor Temático do Projeto Educampo Café do Sebrae/MG, enviou um comentário ao seu artigo "A OIC e o Acordo Internacional do Café são dispensáveis?", respondendo as colocações de Celso Vegro. Abaixo leia a carta na íntegra.

"Prezado Amigo Celso Vegro,

Obrigado por sua participação.

Conheço e respeito suas ideias sobre a OIC e AIC. Por levar sempre em consideração os pontos de vista que você levanta com muita acuidade e pertinência, tenho tomado cuidados extras com minhas opiniões sobre esses temas. Com base nessa consideração é que farei algumas colocações adicionais sobre o assunto.

No mundo sem fronteiras que você citou, na lista dos fóruns aos quais o Brasil foi chamado a assumir uma posição de protagonista, não está incluída qualquer instituição que tente compatibilizar interesses de uma determinada cadeia produtiva, agrícola ou não agrícola, por meio de acordos multilaterais entre países. Os interesses envolvidos nestas instâncias são maiores e diversos, incluindo, quando necessário ou recomendado, os interesses de uma cadeia produtiva como, por exemplo, a do café ou a das montadoras de carros. Isso torna dispensável uma instância que discuta, em especial, a cafeicultura mundial.

Já que estamos de acordo que "A OIC não se reveste de máxima importância para a cafeicultura brasileira", sobra-nos a ideia que seu objetivo é privilegiar, por razões humanísticas, algum país de menor desenvolvimento, seja na África, na Ásia ou nas Américas. Nesse caso, a discussão pode ter abrigo no ONU, ou mais especificamente na FAO, abrangendo o café, a cana ou a pecuária. Não há, hoje, justificativa para duplicar custos e esforços burocráticos para tal.

Nesse ponto, vale lembrar que um dos objetivos da FAO é "promover investimentos na agricultura, o aperfeiçoamento da produção agrícola e da criação de gado e a transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento". Convenhamos que isso é bem mais interessante para os países que necessitam de apoio do que participar de um acordo multilareal de menor expressão.

Por último, deixo claro que, nessa discussão, não estou fazendo "qualquer personalização das instituições". O que nos incomoda, de verdade, é assistir algumas autoridades cafeeiras do Brasil perdendo tempo e recurso discutindo, de forma inócua, temas tão ultrapassados e potencialmente sem nenhum benefício para a cafeicultura brasileira, ao invés de se ocuparem com soluções que realmente interessem ao setor.

Um grande abraço.

José Luis Rufino"

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JOSÉ LUIS DOS SANTOS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 25/11/2010

Prezado Carlos Eduardo.
Obrigado por contribuir com esclarecimentos adicionais e necessários.
Você expõe vários argumentos interessantes. Dois deles, em especial, merecem destaque. O primeiro indica que estamos sem AIC, pelo menos, desde 2007 e não se pronunciou nenhum cafeicultor que dele esteja sentindo falta. Em segundo lugar, gostaria de destacar sua sugestão no sentido da elaboração e execução de ações de marketing para fortalecimento dos cafés brasileiro.
Um abraço.
Rufino
CARLOS EDUARDO DE ANDRADE

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/11/2010

Parabéns Rufino pelas suas colocações. O histórico das políticas de comércio internacional em relaçaõ a cafeicultura adotadas pelo Brasil não foi favorável ao ao Brasil em nenhuma época do passado distante ou presente.
Se já estamos a mais de quatro anos sem assinatura desse acordo e ele não fez falta alguma e vários estudos de comercio internacional a respeito dos Acordos Internacionais do Café mostram que os excedentes econômicos gerados pelos acordos anteriores não foi favorável ao Brasil, qual a vantagem para o Brasil em voltar ao acordo?
A política de resgate da dignidade dos habitantes de países extremamente pobres, deve ser uma política contínua e com envolvimento dos pricipais paises dos cinco continentes ou seja isso deve ser com disse o Rufino uma política da ONU. Utilizar o AIC ou OIC como argumento, e o Brasil entrar como um salvador no sentido desse resgate, não parece uma alternativa muito palatável para a nossa cafeicultura.
A cafeicultrura do Brasil, assim como outras atividades agropecuárias, exceto as que já se ajustaram, terão que se ajustar.
Em relação ao setor produtivo, a cafeicultura de montanha, da forma que é hoje a exigência da legislação trabalhista e a legislação ambiental tenderá a ficar somente entre os pequenos produtores que trabalham com agricultura familiar, pois nela está incluida os minifundios que trabalham com a própria familia do produtor e ou os produtores em que a relação de trabalho é a parceria agrícola.
Em relação ao comercio internacional, começamos a caminhar no sentido de um ajuste a partir do momento que nosso café passa a ser comercializado na bolsa de valores de Nova Iorque.
Outro passo que teremos que dar e urgente é no sentido de fortalecer a imagem de que nosso café é tão bom como os lavados da America Central e os cafés originário da Colômbia. Para isso, terá que se fazer um investimento pesado em market, pois já estamos produzindo café de altíssima qualidade já a alguns anos, e ainda perante o mercado internacional o café originário do Brasil é muito inferior aos cafés das origens citadas acima. Uma prova disso é que há deságio nos contratos futuros em Nova Iorque nos cafés originários do Brasil e ágio paraos cafés da América Cetral e Colombiano.

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