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Produção de eucalipto: princípios básicos de planejamento para empreendimento florestal

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/06/2010

6 MIN DE LEITURA

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A produção de eucaliptos é interessante para aqueles produtores que querem diversificar a fonte de renda da propriedade, mas que não sejam tão imediatistas na obtenção da primeira receita.

Os benefícios da plantação de eucaliptos em uma propriedade rural são muitos, e assim como qualquer outra cultura, sua implantação requer alguns cuidados e planejamentos.

O planejamento é um processo que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, reavaliar todo o processo produtivo, construir um referencial futuro e estruturar maneiras de alcançá-lo. Existem um conjunto diversificado de metodologias construidas para orientar os processos de planejamento. A opção pela metodologia a ser utilizada num determinado processo, deve ser da equipe encarregada de conduzí-lo.

1. Definição de Área para Empreendimento Florestal

Para a definição de area para empreendimentos florestais devem ser levados em conta diversos fatores, dentre eles:

Fatores Locais: Verificação das demandas locais, tais como valores das áreas ou custo de oportunidade da terra, empresas regionais, mercado de madeira, disponibilidade de insumos e mão-de-obra, etc.

Logística: Distância dos centros consumidores, determinação de vias de acesso para transporte da madeira.

Dificuldade de exploração: Determinar o tipo de módulo a ser utilizado podendo ser mecanizado, semi-mecanizado ou manual, sendo que a utilização de diferentes módulos acarreta em diferença de valores finais do empreendimento.

Valor da madeira: Definir o custo de exploração e o custo de transporte, para que com isso seja possível determinar o valor real da madeira.

2. Principais Limitações para plantios florestais

Na escolha de área para empreendimentos florestais, deve-se atentar para as limitações de plantio presentes nessas áreas, sendo que as principais são:

2.1. Ambientais

- Reserva Legal

A Reserva Legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas, a vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo florestal sustentável, devendo ser mantidos:

I - 80% na propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal;
II - 35% na propriedade rural situada em área de cerrado localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma micro-bacia,
III - 20% na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País; e
IV - 20% na propriedade rural em área de campos gerais localizada em qualquer região do País.

- Áreas de Preservação Permanente

Consideram-se de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d´água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:

- de 30 m para os cursos d´água de menos de 10 m de largura;
- de 50 m para os cursos d´água que tenham de 10 a 50 m de largura;
- de 100 m para os cursos d´água que tenham de 50 a 200 m de largura;
- de 200 m para os cursos d´água que tenham de 200 a 600 m de largura;
- de 500 m para os cursos d´água que tenham largura superior a 600 m.

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d´água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d´água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45 , equivalente a 100% na linha de maior declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 m em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 m, qualquer que seja a vegetação.

As APP´s por serem especificas e intrínsecas a cada propriedade devem ser observadas de maneira individualizada sendo respeitados os fatores descritos acima.

2.2. Clima e solos

- Precipitação (quantidade e distribuição das chuvas):

A quantidade e distribuição das chuvas pode ser limitante dependendo da situação. Existem espécies mais tolerantes, devendo ser observado à época do planejamento do sistema de produção.

- Temperatura - espécies:
Regiões mais frias limitam algumas espécies de eucalipto (produtividade), devendo ser utilizadas espécies mais adaptadas.

- Solos - espécies e espaçamento:

Existe uma relação direta entre adensamento ou abertura de espaçamento do plantio (produtividade) conforme o tipo de solo e regime hídrico da região, sendo que em solos mais arenosos e com deficiência hídrica e/ou déficit hídrico durante alguns meses do ano, são utilizados menor quantidade de indivíduos por hectare de plantio, para isso ocorrendo uma abertura do espaçamento. Quando ao contrario, solos com mais presença de argila e regime hídrico bem distribuído, utiliza-se uma maior quantidade de indivíduos por hectare, ocorrendo um adensamento do espaçamento de plantio.

3. Mapeamento das propriedades para formação de florestas

Os mapas das áreas de produção florestal são representações geográficas da realidade do ambiente da propriedade. Sua formatação integra diversas áreas de conhecimento como legislação ambiental, topografia, fotogrametria, sensoriamento remoto, cartografia, análise de sistemas e softwares especializados, etc...

Os equipamentos e os sistemas envolvidos nesses processos são específicos e representam investimento, tanto na sua aquisição, quanto no treinamento e capacitação dos profissionais necessários para operação.

Os mapas podem representar desde simples identificação das áreas para implantação das florestas, até a identificação de micro-áreas dentro das unidades de manejo. Normalmente são utilizados mapas que individualizem os módulos ou unidades de manejo.

4. Definição do Plano de Manejo e procedimentos silviculturais

Para a definição do plano de manejo a ser utilizado, bem como dos procedimentos silviculturais, devem-se ser levados em conta os seguintes fatores:

- Tipo de exploração a ser utilizada, de múltiplo uso, ou de corte raso (projeção de corte, desbastes, ciclos da floresta, espécies utilizadas, material genético e espaçamento).

- Expectativa de retorno do investimento a ser realizado (TIR esperada, Custo de Oportunidade do capital empregado, retorno a médio ou longo prazo).
- Capacidade de investimento (dimensionamento do investimento, tamanho das florestas, fragmentação do investimento e estabelecimento de cronogramas)

- Objetivo da floresta:

1. investimento de longo prazo: Possibilita maior rentabilidade no negócio florestal, produzindo madeira de alto valor agregado. A madeira dos desbastes, amortiza o investimento inicial, gera receita intermediária e permite flexibilidade no atendimento a diversos mercados.

2. investimento a médio prazo: Mercado desenvolvido em grande escala, com finalidade de abastecimento de empresas instaladas na região (indústria de celulose e fornos para produção de carvão).
 

Este trecho faz parte do módulo 2 do Curso Online AgriPoint, Produção de Eucalipto: conceitos técnicos e econômicos, que tem como instrutores Alexandre Barboza Leite (engenheiro agrônomo especializado em silvicultura e manejo de solos) e Marcelo Lavras Trapé (engenheiro agrônomo com MBA em Agronegócio).

Neste curso você entenderá os aspectos econômicos da atividade florestal de plantio de eucalipto; aprenderá dados importantes e relevantes no planejamento, com a definição da área, aspectos legais, definição do plano de manejo e procedimentos silviculturais; compreenderá aspectos importantes a serem considerados na comercialização da madeira; e terá acesso a valores e preços de madeira e de serviços envolvidos na exploração.

Para saber mais sobre esse assunto e as particularidades da Produção de Eucalipto, participe do curso que terá início no dia 12 de julho.

Conheça a programação completa deste curso.

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