Varginha - O índice pluviométrico do mês de agosto em Varginha (MG), no sul de Minas Gerais, foi de 11,6 milímetros, volume inferior à média histórica para o mês, que é de 18,4mm. No final do mês, foi registrado um déficit hídrico de 60,4mm, segundo o levantamento do Procafé (Programa de Apoio Tecnológico à Cafeicultura) de Varginha, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A evapotranspiração em Varginha foi indicada em 57,4 mm em agosto.

A temperatura média no período foi de 18,7 Cº, superior a média histórica, que é de 16,3 graus em agosto. A temperatura máxima absoluta foi de 31,6 Cº e a mínima 3,4 Cº. Quanto ao crescimento vegetativo, 7,3 nós por ramo foi o crescimento médio anotado, valor semelhante à média histórica.

Em relação especificamente a doenças, nas lavouras sem controle, amostradas na Fazenda Experimental de Varginha, o índice médio de infecção por Ferrugem foi de 14,5%, com queda em relação ao mês anterior devido à desfolha, aponta o Procafé. A infecção por cercóspora teve média de 11,2%. Já a phoma não teve incidência.

O bicho mineiro teve ataque médio de 2,8% de folhas com larvas vivas. O ácaro vermelho não teve incidência, enquanto a "a amostragem e o controle da broca não são mais recomendados", segundo o Procafé.

Carmo de Minas - O levantamento do Procafé de Varginha, ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrou que em Carmo de Minas, no cerrado de Minas Gerais, houve a precipitação de 9,0mm no mês de agosto.

A temperatura média foi de 18,7 Cº, a temperatura máxima foi de 30,1 Cº e a mínima 3,8 Cº. Ao final do mês, foi registrado um déficit hídrico de 4,5mm. Quanto ao crescimento vegetativo, 7,6 nós por ramo foi o crescimento anotado.

Em relação especificamente a doenças, nas lavouras sem controle, o índice médio de infecção por Ferrugem foi de 12,0%, com queda em relação ao mês anterior devido a desfolha. A cercóspora teve infecção média de 7,2%. Já a phoma teve infecção média de 3,1%.

No relatório sobre as pragas, o bicho mineiro apresentou média de 4,0% de folhas com larvas vivas, enquanto o ácaro vermelho não teve incidência. "A amostragem e o controle da broca não são mais recomendados", segundo o Procafé.

Boa Esperança - O levantamento do Programa de Apoio Tecnológico à Cafeicultura de Varginha, ligado ao MAPA, mostrou que em Boa Esperança, no sul de Minas Gerais, houve a incidência de 7,4mm de chuvas em agosto.

A temperatura média foi de 20,5 Cº, a máxima absoluta foi de 31,6 graus e a mínima de 4,2 graus. Pela equação de Thorthwaite & Mather, ao final do mês foi registrado um déficit hídrico de 123,5 mm. Quanto ao crescimento vegetativo, 8,0 nós por ramo foi o crescimento do ano agrícola anotado.

Em relação especificamente a doenças, nas lavouras sem controle, amostradas, o índice médio da infecção por ferrugem foi de 7,5%, com queda em relação ao mês anterior devido a desfolha. A infecção média da cercóspora foi de 10,0%. A phoma teve infecção média de 0,5%.

O relatório sobre as pragas apontou para o bicho mineiro ataque com média de 6,0% de folhas com larvas vivas. Não foi constado o ataque por ácaro vermelho, enquanto "a amostragem e o controle da broca não são mais recomendados", segundo o Procafé.

ALERTA GERAL -O Procafé ainda divulgou um alerta geral para as regiões avaliadas:

" - Os índices pluviométricos de agosto ficaram abaixo das evapotranspirações do período. Com isso as quantidades de água armazenadas ao final deste mês reduziram em relação ao final de julho. Exceto Carmo de Minas e Muzambinho, onde os armazenamentos encontram-se satisfatórios para o período. Para as regiões de Varginha e Boa Esperança o regime pluviométrico não foi suficiente para manter o armazenamento ideal de água no solo. Os déficits hídricos aumentaram para 60,4 mm e 123,5 mm nestas duas regiões e estão abaixo dos índices médios, onde se recomenda uma suplementação de 20 e 50 mm de água, respectivamente. A partir de 15 de setembro, poderá ser feitos novos ajustes em função das próximas precipitações e demanda pela evapotranspiração.

- Os índices de ferrugem e cercospora nas lavouras sem controle amostradas apresentaram média geral inferior ao mês anterior. Durante o mês de agosto verificou-se intensa queda de folhas infectadas, com desfolha mais acentuada naqueles talhões que foram colhidos. Com isso as percentagens de folhas infectadas nas plantas reduziram significativamente. Nesta época a aplicação de fungicidas não é mais recomendada visto que a ferrugem se encontra no final do seu ciclo.

- Os índices médios de ataque do Bicho Mineiro se mantiveram em relação ao mês anterior. Deve-se efetuar o monitoramento, principalmente em lavouras novas e controle com inseticidas específicos quando os índices de folhas com larvas vivas ultrapassar os 5%.

- Os índices de infecção de phoma estão baixos nos talhões amostrados, exceto em Muzambinho, mas sugerimos monitoramento, principalmente em lavouras esqueletadas, com potencial de safra para 2012 e em áreas propícias a infecção desta doença. Se constatado, o controle deve ser efetuado com fungicidas específicos para o patógeno."


As informações são da Agência Safras, editadas pela Equipe CaféPoint.