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'Por que não reagimos?' Carta de Carlos Melles rende debate

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/02/2013

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* Por Carlos Melles

Milhares de produtores e trabalhadores rurais, homens e mulheres que suam a camisa todos os dias com dedicação e amor, dão ao Brasil não só a chancela de maior produtor de café do mundo, mas em paralelo com sua atividade de alto risco a céu aberto, geram um formidável saldo comercial para Minas e para o país, e um impacto muito consistente na geração de empregos e renda em torno de uma cadeia produtiva presente em 1.800 municípios brasileiros.

A despeito de sua histórica importância social e econômica, a mais brasileira das bebidas é festejada com glamour em importantes círculos, mantendo uma distância telescópica de quem amanhece e anoitece na roça para fazer brotar do chão essa riqueza brasileira. Da porteira pra dentro, produtores de café insistentemente lutam com sua atividade agrícola, enfrentando adversidades climáticas e a ausência efetiva de uma política cafeeira que dê sustentação de preços ao produto. A dura realidade é que enquanto o Brasil colhe os bons frutos do cafeeiro, o governo federal vira as costas para o produtor.

Mas vivemos em um país que, sobretudo nos últimos anos, tem sido pródigo em assuntos polêmicos, complacente com alguns setores e padrasto com outros igualmente fundamentais, como é o caso da cafeicultura. Curiosamente, a não ser pelas mobilizações e audiências públicas realizadas nos últimos anos – como exemplo o SOS Café, não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.

E a sociedade urbana, as pessoas do comércio, indústria e serviços, as entidades e instituições de classe, por que não engrossam o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam nas redes sociais?

Há 25 anos como dirigente de uma cooperativa de cafeicultores, conheço a real situação e o lamento de cafeicultores Brasil afora, mas infelizmente não temos a cultura de nos manifestarmos de forma clara, transparente, mostrando de forma organizada e consistente nosso imenso endividamento e o extenso prejuízo que o Brasil está tendo face a omissão do governo federal diante de um assunto nacional de tamanha relevância. Tomem nota: R$ 8 bilhões. Essa é a sangria que o país sofreu, resultante da queda no valor do produto no último ano.

O produtor de café, apesar de sua eficiência, vende seu produto abaixo do custo de produção ou raramente empata, e ainda assim é um conformado. Já tivemos boas mobilizações no país. Quem se recorda do tratoraço contra o Plano Funaro? Mas o mundo mostra mais atitude. Exemplo mais recente foi na Bélgica, quando produtores despejaram toneladas de leite no centro da capital, Bruxelas. Eles vieram da França, da Polônia, da Alemanha, da Holanda e invadiram o centro de Bruxelas com centenas de tratores e interromperam o trânsito. Os manifestantes enfrentaram as tropas de choque com jatos de leite e lançaram esguichos contra o prédio do parlamento.

O protesto foi contra o preço de venda do leite, que, segundo eles, não paga nem o custo da produção. Não somos agitadores, somos trabalhadores, mas a realidade é que nós cafeicultores brasileiros enfrentamos a mesma situação, e no entanto parece que o problema não é com a gente.

O Governo Federal acode setores que julga importantes, e de fato são importantes. Foi assim com a chamada linha branca, com a indústria automobilística, e mais recentemente com a construção civil que, segundo a Presidente “o conjunto de medidas anunciado é “um reconhecimento da importância da construção civil para geração de empregos, para estimular várias cadeias produtivas”.

Há poucas semanas o governo voltou a reforçar as medidas de apoio à indústria, como a desoneração da folha de pagamento. Ótimo! E cadê o reconhecimento do café?

Embasamento técnico o setor cafeeiro tem, a partir de estudos de altíssimo nível realizados por instituições de excelência, entre as quais a Fundação Getúlio Vargas, Oxfam, Tecnoservice, Agroconsult, entre muitas outras, cujos trabalhos merecem ser conhecidos e/ou revisitados.

Interessantemente, quando é preciso, a imensa massa de produtores e trabalhadores do café, da cadeia produtiva, são lembrados. Era a esses produtores que nos últimos anos os então candidatos à Presidência da República se comprometeram publicamente com os produtores, quanto estiveram nas regiões cafeeiras, todos dizendo que fariam uma política para dar estabilidade a quem trabalha com o café. “Aqui bate o coração do café, em parceria com o governo do Estado, darei todo apoio a esta atividade”, afirmou a candidata Dilma Roussef, que bem intencionada agora Presidenta ao que tudo indica não tem informações reais e consistentes para tomar uma decisão nacional para o café.

A dura realidade é que não se vê atenção com um produto que tanto fez e que muito representa para o Brasil, sob a ótica econômica, social e ambiental, a qual preconizamos em discurso na assembléia geral da Organização Internacional do Café – OIC, em 2009.

Por seu turno, o governo do Estado de Minas – que tem sob sua responsabilidade a produção de 56% da safra nacional de café, fez uma medida importantíssima, sendo o primeiro estado do mundo a criar um fundo específico para o café, o Fecafé, um instrumento para mitigar riscos da setor cafeeiro.

Mas, de volta ao centro da discussão em torno de uma política de sustentação de preços, tendo os preços do café se deslocado para patamares compatíveis com a rentabilidade da atividade nos últimos três anos, depois de permanecer abaixo do custo de produção por mais de dez safras, o mercado mundial esta sendo dominado por informações, disseminadas por empresas comerciais internacionais, sugerindo que o Brasil e o Vietnã, os dois maiores países produtores de café do mundo, estão com perspectivas de ampliar significativamente seus níveis de produção.

A demanda mundial de café tem sido abastecida nos últimos anos pela absorção total das produções de cada ano agrícola e pela utilização dos estoques de safras remanescentes.

Os países produtores de café estão com seus estoques em níveis reduzidos, o que tem provocado inclusive a expressiva importação de café, fenômeno particularmente visível na Colômbia, Venezuela, Índia e México.

Pelo lado dos estoques nos países consumidores a tendência tem sido também a de queda, o que pode ser verificado nas estatísticas da Federação Europeia de Café ou nos estoques publicados pela Associação Nacional de Café dos Estados Unidos.

Evidentemente o efeito dos preços do café nos últimos três anos provocará a ampliação do volume mundial de produção de café. Com vistas a uma avaliação e um planejamento estratégico mais minucioso é fundamental que o Brasil promova o levantamento do seu parque produtor e realize missões de pesquisa no seu principal concorrente, o Vietnã. Temos sugerido ao Governo, repetidamente, a necessidade de levar a cabo esses levantamentos, básicos, para o conhecimento da real situação da oferta potencial mundial.

O levantamento do potencial da produção brasileira para o próximo ano safra, de 2013/14, realizado pelas cooperativas de Minas Gerais, considerando que o Brasil estará no ciclo de baixa da sua bienalidade, não corroboram os dados de empresas internacionais dando conta de uma elevação da produção nacional.

Pelo lado da demanda, a Organização Internacional do Café, segundo recente pronunciamento do seu diretor executivo confirma uma taxa de expansão anual da ordem de 2,4%, o equivalente a cerca de 3,2 milhões de sacas ao ano.

No curso dos próximos anos, mesmo ocorrendo uma elevação pontual de oferta global, a demanda mundial irá superar a marca de 160 milhões de sacas, representando nível de abastecimento que a área ocupada com café não poderá atender.

É fundamental que o Brasil programe uma política de sustentabilidade da sua cafeicultura, ferramenta que alavanca o desenvolvimento econômico, social e ambiental do produto agrícola que se confunde com a história do país.

A proposta, conforme abaixo, tem como objetivo a mitigação dos riscos do produtor, estimular a manutenção dos tratos culturais, ordenar o fluxo de oferta, balizar preços de médio prazo e reduzir a volatilidade dos preços internacionais, cuja mola mestre é à falta de clareza do mercado de como o Brasil vai escoar seu café.

a) O crédito para custeio, em função do café ser uma cultura perene, deve ser considerado fundamental para a sobrevivência do produtor e para a redução do custo e risco do capital de giro.

b) O preço mínimo de garantia é ferramenta fundamental e obrigatória na nossa da realidade e na nossa conjuntura de produção. Sem ele no preço real de custo, é um risco grande ao produtor.

c) Os Estoques reguladores são absolutamente relevantes para um país que é o maior produtor e será o maior consumidor de café do mundo.

São sugestões objetivas e práticas que poderão ser implementadas em conjunto, nenhuma delas isoladamente resolveria o problema e em conjunto permitiria a mitigação e a flexibilização de seu uso, repetindo a mitigação dos riscos.

É muito importante levar em conta essas modalidades quando colocadas, ainda que como normas (parâmetros) do governo, elas são exercidas na prática, em percentual muito pequeno. Observem os resultados do programa de opções, do PEPRO, exemplo de aplicações de baixo percentual físico e financeiro com grande resultado no volume da safra como um todo. Funcionam sempre como uma rede de proteção, por isso a sua pouca utilização funciona sempre bem. Esse seria o principal papel normativo e regulatório, que com muito poucos recursos, grandes resultados surtem grandes efeitos, como segue.

1) PROGRAMA DE OPÇÃO DE VENDA PARA OS PRODUTORES DE CAFÉ PELO MENOS POR 5 ANOS PARA ESTABILIZAÇÃO DE MERCADO;

2) PROGRAMA PEPRO – PRÊMIO DE ESCOAMENTO DE PRODUÇÃO POR 5 ANOS;

3) PROGRAMA DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL;

a. PRÊMIO PARA PRODUTORES DE CAFÉ CERTIFICADOS, ESTIMULANDO A CERTIFICAÇÃO
b. PRÊMIO PARA PRODUTORES CERTIFICADOS QUE PRATICAM A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
c. PREMIO PARA PRODUTORES, EM ESPECIAL, NAS REGIÕES DO SUL DE MINAS E ZONA DA MATA, PELA GERAÇÃO E FIXAÇÃO E GERAÇÃO DE MÃO DE OBRAS-EMPREGO
d. PRÊMIO PARA PRODUTORES E COOPERATIVAS PRONAFIANAS

4) PROGRAMA DE CPR – CÉDULA PRODUTOR RURAL A CUSTO ZERO PARA O PRODUTOR;

5) PROGRAMA PRÊMIO TRAVA/ HEDGING PARA VENDA FUTURA DE CAFÉ NA BM&F, A CUSTO ZERO PARA O PRODUTOR;

6) PROGRAMA DE TROCA DE INSUMOS E MÁQUINAS JÁ PRATICADOS SEM FORMALIZAÇÃO POR EMPRESAS, COOPERATIVAS E PRODUTORES;

7) PROGRAMA DE APOIO A MECANIZAÇÃO DA COLHEITA, JÁ APRESENTADO E APROVADO NO MAPA (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO), DE COLHEDEIRAS INDIVIDUAIS PARA O TRABALHADOR RURAL, E MÁQUINAS DE MÉDIO E GRANDE PORTE PARA COOPERATIVAS E PRODUTORES;

8) FINANCIAMENTO DE USINAS REGIONAIS DE PREPARO DE CAFÉ PARA PEQUENOS PRODUTORES, EM ESPECIAL PRONAFIANOS, POSSIBILITANDO O PREPARO DE CAFÉS ESPECIAIS PARA FINS DE CAFÉ CEREJA DESCASCADO;

9) REVISÃO DE MECANISMOS DE UTILIZAÇÃO DO FUNCAFÉ (FUNDO DE DEFESA DA ECONOMIA CAFEEIRA), COMO FUNDO GARANTIDOR E NÃO PARA FINANCIAMENTOS;

10) ELIMINAR A DUPLICIDADE DE PAGAMENTO FISCAL, FUNRURAL E ENCARGOS SOCIAIS E REVISÃO DE ICMS;

A importância e a situação da cafeicultura é amplamente conhecida. Temos propostas viáveis. Será que não merecemos ter ou exigir uma política para o café que nos dê dignidade para continuar trabalhando?

Nós brasileiros somos pacíficos, pouco dado aos protestos, mas o produtor e o trabalhador rural são heróis anônimos que, de tanto suportarem humilhações, um dia podem querer reivindicar seus direitos com a mesma energia com que suam a camisa no campo.

* Presidente da Cooparaiso há 25 anos, Deputado Federal (licenciado), exercendo o quinto mandato consecutivo. É presidente de honra do Conselho Nacional do Café (CNC) e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) idealizou em 1996 o Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC)

As informações são de Carlos Melles.

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AUGUSTO COMUNIEN

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 02/01/2014

Isto tudo sobre café esta me deixando deprimido .No meu cafezal, este ano passado somente dei uma adubação(super simples) e alguns fungicidas. O restante dos tratos culturais deixei de lado. Coloquei todas as despesas na ponta do lápis e vi que iria tirar

dinheiro do bolso .Meu filho esteve na Alemanha e o café por lá custa uma fortuna para o consumidor. Eles não plantam um pé de café e dominam o mercado , principalmente na Europa....A cafeicultura é uma coisa fascinante..somente sabe quem produz.

Café com Leite já foi um binômio fascinante. Conheço pessoalmente o Dep Carlos Melles, um deputado atuante neste setor., nem ele que é produtor consegue alguma coisa. Nossa presidenta é uma pessoa bem intencionada,honesta, mas esta cercada de aspones,etc. Não quero desviar do assunto, outro dia foi para o espaço 15 milhões de dolares... em um lançamento de um foguete;que explodiu...Dizem que era vigiar o desmatamento da Amazonia etc. Lá não tem nem guardas suficiente para vigiar....

O negocio é ajudar a industria dos eletrodomestico, (NO IPI).Automoveis, etc. A onda agora é o pré sal...Vão fazer 40 plataforma para exploração do petroleo....Uma plataforma desta dá para ajudar quase toda a cafeicultura.Acho que o foco é outro atualmente. Já dizia o saudoso presidente FIGUEIREDO.: O pais vai bem , o povo que vai mal. Não quero que meus comentários não se tornem politicos, e sejam podados pelo CP. Um feliz ano novo para o pessoal  do CP e todos nós os cafeicultores.
FAUSTO SILVA DE QUEIROZ

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/04/2013

O que tenho que lamentar é que como pequeno produtor de café, observo que nosso país NÃO  tem uma politica agrícola como um todo, e muito menos para o café. Acredito que, os produtores deste país são verdadeiros heróis ao colocar o alimento na mesa de cada cidadão deste ienso Brasil. O que precisamos é nos organizarmos melhor como produtores, para saber qtos somos, quem somos, qto produzimos e onde queremos chegar. Precisamos da força de nossos representantes politicos para que atuem junto ao Governo Federal. Politicos que entendam no negócio CAFÉ, como o Dep Carlos Melles, Silas Brasileiro, o atual Ministro da Agricultura, dentros muitos que possuem cargos .

Reclamar somente não basta. Temos que agir. Nos mobiliziarmos e mostrar a importância que a cadeia CAFÈ é importante na geração de riqueza e renda.
SANDRO ANDRADE BARBOSA

IBIRACI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/02/2013

Essa portaria já foi revogada meu amigo, pra isso as coisas vão bem rapido.
RODRIGO DA SILVA COTRIM

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/02/2013

O Sr. Luiz A Piovessan tem toda razão, muitos produtores vendem resíduos do café para as torrefadoras de fundo de quintal. Na minha cidade o Kg da escolha (refugo do processo de limpa do café: cafés podres, quebrados, palha, etc) é comercializado a R$ 2,00. Parte da culpa pelos preços baixos é dos produtores não tem como negar.
LUIZ ANTONIO PIOVESAN

BAURU - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/02/2013

Bom dia, e a portaria que iria retirar os resíduos do café , pva, palha, milho e outras porcarias que o consumidor está bebendo? São milhões de sacas de produtos impróprios para o consumo humano. E ainda tem muitos produtores rurais que acham que vender a palha melada é um grande negócio.
JOÃO BATISTA JASSO

SERRANIA - MINAS GERAIS

EM 27/02/2013

A melhor sugestão foi dita em outro postado. Fazer - LEI - a CONAB comprar os cafés podres que a população bebe e tambem cobrar uma taxa, que seja mais um imposto para esses exportadores que nos exploram. Bebemos anualmente. Consumo Interno- 10 milhões de sacas de café podre e 10 de Conilon . Vergonha .  Deputado Carlos Melles, comece um abaixo assinado e faremos lei neste País / 1.3 milhões de assinaturas damos entrada num projeto de lei . O dia que acordarmos. Seremos nós, a população a traçar nossas prioridades. Ate lá seremos eternos produtores de materia prima - Séculos 15,16,17,18,19,20,21.
RODRIGO DA SILVA COTRIM

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 26/02/2013

Como muitos de vocês eu também me sinto, no mínimo, frustrado com a classe política brasileira, mas a verdade é que cabe a nós, classe produtora, por meio do voto, colocarmos nas câmaras, federal e estadual, parlamentares que se comprometam com o setor cafeeiro.



Sei que neste momento muitos estão pensando: eles apenas prometem mas depois não fazem nada. Mas quando isto acontecer, e é certo que acontecerá muitas vezes, neguem o seu voto a estes parlamentares e façam com que eles percam, pois é só assim que eles vão nos respeitar.



2014 será fundamental para estabelecermos um novo padrão na escolha dos nossos representantes, vamos parar de chorar em rodas de conversa e vamos nos mobilizar para apoiar quem nos apoia, e terão de nos apoiar por bem ou por medo. Vamos começar derrubando este governo que aí está.
CLAUDIONILO DE SOUZA CHAGAS

ESPERA FELIZ - MINAS GERAIS - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 26/02/2013

Bom dia a todos, eu ainda continuo com o mesmo pensamento de que sabemos cultivar o café mas não sabemos vender ex: o maior produtor da minha cidade vende seu café aqui mesmo em comerciantes locais ele não consegue se quer sair 200 ou 300 km para vender sua produção que na realidade o certo era vender para o tomador final.



Volto a falar na europa eles trocam os cafes finos brasileiros para sacaria da colombia
JOSÉ WILSON LOPES

GARÇA - SÃO PAULO

EM 26/02/2013

Dúvida I - Se o Conillon pode tirar o mercado do arábica, seria possível calcular a produção mundial de cada tipo de café? Conillon tem quantidade suficiente para substituir a produção e o consumo de arábica???



Que bom que agora, um político e Presidente de cooperativa possa interessar-se pelos problemas dos cafeicultores que já duram 100 anos!



Tentativas de organizar o mercado houveram. Lembram da época do Delfim, que fizeram compras de café na bolsa de Londres, esperando que o mercado acreditassem que o Brasil não teria produção nem para consumo interno? Deu um resultado !  !  ! 



E quando pessoas que não me lembro o nome, mas lembro-me que foi lá pelos anos 2000,  acharam que poderiam incrementar os preços segurando a produção do Brasil?  Deu um resultado!   !   !    



Deu o melhor  resultado que nossos nossos concorrentes poderiam ganhar, pois ganharam o mercado gratuitamente, sem nenhum custo e/ou esforço de marketing.



Sejamos coerentes; a grande maioria dos produtores acreditam que, com a excepcional ajuda financeira oferecida pelos bancos, podem deixar seus cafes estocados, pagando armazenagem, seguro, etc., etc. aguardando a hora de vender por um preço "maior", Dos recursos oferecidos na ultima safra, o valor dos emprestimos deverão ser pagos até junho/2013. Acontece que no momento estará também entrando a nova safra de café do ano. Haverá, evidentemente, uma grande oferta. Os preços subirão, certamente, para 280,00, depois para 270,00, depois para 240,00, e assim continuarão  "subindo". Legal, né?  


MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/02/2013

Como ja escrevi, estamos caminhando em passos largos para o sepultamento desta classe produtora que se tem o nome de cafeicultor.



Somente os interesses próprios são falados e preocupantes.



No SOS, em Varginha, um bando de interesseiros e demagogos no palanque. Uns defendendo o governo LULA (na época), outros, criticando. Só interesses pessoais.



Se o preço mantiver neste patamar, vamos comercializar 60 kg de café e não mais um RA 1; PA 1, etc, como queiram as classificações das cooperativas regionais.



Afinal de contas, com o preço do conillon nessa esfera, se a classificação de seu café estourar uma xícara, o valor que vai ser descontado por saca, voce estará vendendo seu Arábica mais barato que o excelente Conillon.



Isso é piada com nós produtores educados a produzir sempre café de qualidade para "nossos representantes" que compram nossa safra.



Ou então, essa história de que um café fino tem preço diferenciado, nunca foi verdade e sim, mais um interesse de alguns.
RODRIGO DA SILVA COTRIM

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 23/02/2013

Quem me dera todos os deputados fossem produtores de café, porque  mesmo que eles só fizessem em benefício próprio estariam fazendo para todos os cafeicultores. Vamos eleger e apoiar os parlamentares ligados diretamente ao agronegócio café em vez de elegermos "sindicalistas" ou populistas sanguessugas. E isto também vale para vereadores, prefeitos e PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
HÉLCIO

BOM JESUS DA PENHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/02/2013

Na minha opinião o deputado Carlos Melles é o único politico que conheço que tem preocupação com o setor, e todos sabem que o governo é extremamente desinteressado pelo assunto, pois onde está os estoques, e empresas como cooxupé, que é a maior cooperativa do setor, maior exportadora de café, o que ela faz para melhorar este cenário? Acho que precisamos mais de pessoas sérias para ajudarem nosso futuro, e termos uma garantia de que teremos uma cafeeicultura forte no futuro.
PAULO HENRIQUE DELFANTE

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 22/02/2013

Prezado Sandro, tal como você o deputado é produtor e sente igualmente a dura situação da falta de renda com o produto. Como dirigente da Cooparaiso e uma das lideranças do setor, tem sido uma voz permanente na defesa do produtor e do trabalhador, e suas ações são públicas e levadas ao conhecimento do setor por meio dos canais de comunicação, sindicatos, cooperativas, etc.



Neste espaço não tenho como apresentar, mas se preferir lhe envio uma série de documentos oficiais e artigos que deixam muito clara a indignação do Deputado e a proposta de soluções para a cafeicultura. Creio que faltou a informação chegar até você Sandro, mas o importante é que todos possamos estar unidos no propósito único de buscar uma saída para esta enorme crise que todos estamos enfrentando. Sobre ser o "pai", como disse, não veja por este ângulo, até porque ao longo dos últimos anos, e com ênfase em 2012 e neste início de 2013, são muitas as manifestações públicas do deputado sobre o tema sempre neste tom de cobrar uma política efetiva e consistente para o setor cafeeiro. Abraço e estamos à sua disposição. Paulo
SANDRO ANDRADE BARBOSA

IBIRACI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/02/2013

É, agora depois de começar as manifestações,ele vem querendo ser o pai do manifesto porque não se manifestou antes ou só agora que o cafe vive uma crise, ou o preço do café que ele produz  vale mais que o do restante dos produtores, será q não viu a crise antes?
PAULO HENRIQUE DELFANTE

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 21/02/2013

Em nome do Deputado Carlos Melles, agradeço todas as manifestações e sugestões e reitero que esta grave situação da cafeicultura sempre esteve na pauta de trabalho do deputado e presidente da Cooparaiso, numa atuação parceira com lideranças do setor e permanente junto aos fóruns competentes, sobretudo junto ao Governo Federal que, infelizmente, parece ignorar a real situação vivida por milhares de produtores "da porteira pra dentro", e que impacta de forma brutal a economia de centenas de municípios.   



Paulo H. Delfante



Coordenação de Comunicação
JOSE MARCOS CHICARONI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Prezado Secretário de Estado, Deputado Federal MG e Produtor de Café, Carlos Melles, vamos criar mecanismos de pressão, organizados a partir de verdadeiros produtores, unindo os produtores, trabalhadores diretos e indiretos. Que tal a criação de uma UNIÃO DOS PRODUTORES DE CAFÉ? Organizados vamos mostrar a nossa força! Sem organização vamos continuar sendo considerados eternos chorões-dependentes.    
FELIPE DE MEDEIROS RIMKUS

GARÇA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/02/2013

Propostas de reações surgem e são bem vindas. Mas a pergunta é porque não agimos?



O pepro se bem trabalhado pode sim trazer acréscimos, mas não utiliza-lo como nova politica de retenção, só que através de cooperativas. Creio que é uma ferramenta ágil se for utlizado como uma "arma" para estratégia de mercado, tenho certeza que se sair da mão do produtor e ficar na cooperativa não muda a posição do mercado. O produtor tem que ser beneficiado e as cooperativas também desde que esse café entre no mercado mundial e coloque dificuldades aos nossos concorrentes.



Não tenho esperanças com politicas de subsidio ou proteção a nossa classe, mas tenho esperanças que passemos a nos comportarmos como os cidadãos urbanos que tanto nos criticam, passamos um periodo que poderiamos ter pago algumas dividas e em alguns casos transformado em investimentos, não investir em novas lavouras, mas sim em outros segmentos de mercado que venham a trazer novas possibilidades de renda.



Quando falam que perdemos muito dinheiro, posiciono-me de maneira diferente, deixamos de ter acesso a esses recursos e deixamos de colocar esse dinheiro para circular em nossos municipios, em nossos estados e por ai vai. A regra é simples estoques altos, preços baixos; esse sim é o único fundamento o restante é especulação. Há uma grande dificuldade por parte dos produtores em entender que podem sim especular, desde que seja com papel; as cooperativas podem trazer modalidades "de especulação" fora de armazém que representariam lucro para elas e para os produtores e trariam insegurança ao mercado, somente assim passariamos a ter certa autonomia frente às avalanches especulativas que nos dominam há décadas.
LUIS HENRIQUE SERRA BARROS LEMOS

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Prezado Melles,



Uma pena que só agora algumas lideranças,assim como vc, venham a se manifestar.



Faz mais de um ano que as cotações estão derretendo... me causa muita perplexidade ninguém ter feito nada na hora certa.



Um preço mínimo teria evitado todo esse quadro atual. Agora,já perdemos um ano de trabalho...já foi pelo ralo.



Este mesmo ralo que jogamos 10 anos de crise sem fim.



Infelizmente neste país,o socorro chega sempre tarde demais.



Isso quando chega...



Onde estão as promessas de campanha feita pela presidente Dilma

entre Agosto e Setembro de 2010 em Varginha????



É lamentável não ter ninguém lá EM CIMA que não tenha enxergado essa quadro caótico que vivemos hoje.



Onde está o acompanhamento e as medidas a serem tomadas???



Já vi esse filme...e na verdade tudo isso para mim é pura utopia achar

que (DES)GOVERNO vai ajudar em alguma coisa.



Somos HERÓIS !!!!!!!



Nossa representatividade(???????) deve mais respeito a esse

segmento que não aguenta mais apanhar...



Como sobreviver nesse quadro atual????



É a mesma situação de um paciente que necessita de um transplante.

Se o paciente não recebe em um determinado tempo,tarde demais...



Acabaram com CAFÉ...



TRISTE REALIDADE....
ALBERTO NAOYOSHI OHNUKI

CACONDE - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 21/02/2013

Sr. Carlos Melles, sinto informar a V.Sa. que as Cooperativas são os maiores culpados por esta queda de preço, e esqueçam apoio do governo  que mal sabe administrar a necessidade basica do povo, porque com a crise mundial os países compradores viram que no Brasil há  grandes estoques de café  armazenados nas  cooperativas, e  por questão logística utilizam as estruturas das mesmas , importando  somente o necessário, refletindo ilusoriamente a queda de mercado. Portanto, falta política comercial  agressiva das cooperativas, por outro lado as cooperativas estão visando extrapolar investimentos em imobilizado, deixando de remunerar os produtores, que irão à falência e sucessivamente as cooperativas.
WILLIAN JOSÉ GOULART

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 20/02/2013

ainda devo acrescentar que o governo devia criar um plano de diversificação de atividades produtivas rurais, e agroindústrias a ser implantado principalmente nas regiões montanhosas não mecanizáveis. O cafeicultor não pode ficar refém de uma só atividade, rural, pois se assim for sempre chegaremos nesse mesmo problema de oferta.



O governo deve criar novos canais para direcionar o investimento dos cafeicultores.



Com certeza devemos nos indignar e ir ate Brasilia jogar alguns caminhões de escolha  palha de Cafe em frente o palácio do planalto chamar a imprensa fazer bastante barulho. Aí seremos vistos...

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