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Pesquisa busca desmitificar paradigmas sobre sementes de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/08/2009

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Sementes de café já foram consideradas não tolerantes à secagem abaixo de 20% de umidade, tolerantes à secagem abaixo de 9% e, posteriormente, intermediárias quanto às condições de armazenamento referentes à umidade e temperatura. Acontece que a ciência ainda não desvendou esta controversa, havendo consideráveis divergências entre os estudiosos desde a década de 1930. No intuito de encontrar as condições ideais para a conservação de sementes de café, a pesquisadora da Embrapa Café, Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa, após pesquisas realizadas por sua equipe da Universidade Federal de Lavras (UFLA), alerta para que a classificação do café como tolerante à dessecação até 9-11% seja revista.

A segurança no armazenamento de sementes de café garante não apenas a otimização na produção de mudas, quanto a conservação em longo prazo de material do banco de germoplasma brasileiro desta espécie. A pesquisadora, que se especializou na temática em tolerância à dessecação durante pós-doutoramento na Ohio State University, nos EUA, questiona a atual classificação de sementes de café como intermediária, já que, em experimento, as condições de armazenamento com 11-12% de umidade e 10°C, recomendadas para a espécie, resultaram em mudas fora do padrão de qualidade para o plantio. As conclusões deste estudo sugerem que o café, diferente de outras culturas, perde a qualidade de germinação das sementes e, principalmente, o vigor vegetativo das mudas, quanto mais seca e menor for a temperatura submetida na conservação das sementes.

As pesquisas buscam agora identificar o teor de água ideal para a conservação de sementes de café, sendo que atualmente o recomendado para a produção comercial de sementes é a colheita dos grãos no estádio de maturação cereja e secagem ao redor de 10% de umidade.

Em outro experimento conduzido no Sul de Minas, em propriedade de café em Santo Antônio do Amparo, são avaliadas a velocidade de emergência e a qualidade das mudas produzidas a partir de sementes armazenadas com diferentes níveis de umidade e temperatura. Resultados preliminares indicam que as sementes de café estariam mais próximas daquelas sementes que não toleram a secagem, apresentando máximo vigor em condições úmidas.

Além do baixo potencial de armazenamento, outra característica indesejável de sementes de Coffea arabica é que apresentam germinação lenta e desuniforme. Todo produtor de semente deve ter um laudo técnico do lote que garanta pelo menos 70% de germinação das sementes em teste padrão que leva em média 30 dias, segundo as Regras de Análises de Sementes (RAS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No entanto, a caracterização das fases de crescimento das plântulas, desenvolvida pela equipe da pesquisadora, com base nas mudanças morfológicas, ao invés do tempo após a semeadura, indica que o teste padrão de germinação das sementes poderia ser substancialmente para 15 dias.

Oito estádios de crescimento da plântula foram descritos e os resultados demonstram que 15 dias seria o prazo suficiente para a visualização de todas as partes essenciais e verificação da viabilidade da semente, para emissão de um laudo seguro. Nas condições do teste de germinação, as folhas são observadas geralmente entre 30 e 45 dias após a semeadura, não sendo necessária sua visualização para que a plântula seja considerada normal e viável.

Na visão da equipe da pesquisa, reduzir o prazo do teste de germinação tem inúmeras vantagens técnicas, porque racionaliza o uso dos laboratórios, diminui o risco de infestações por micro-organismos e equívocos nas avaliações. Além disso, os produtores de semente terão melhores condições de cumprir a legislação com tempo reduzido para obter o laudo necessário à comercialização. Após as pesquisas para a validação da nova tecnologia, a redução do teste padrão de germinação poderá agilizar a distribuição e comercialização de sementes e mudas, com conseqüentes melhorias nas condições de implantação da cultura.

O texto é de Cibele Aguiar, jornalista da Embrapa Café.

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