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Perdas provocadas pela estiagem elevam as cotações de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/04/2014

4 MIN DE LEITURA

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A confirmação das perdas provocadas pela estiagem na produção do café estimulou os negócios envolvendo o grão ao longo de março e alavancou os preços no país. Em março, a saca de 60 quilos foi comercializada, em média, a R$ 436 no Estado, valor que ficou 17,43% superior ao praticado em fevereiro.

De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a alta observada nos preços do arábica no mercado brasileiro ocorreram pelo quarto mês consecutivo. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor teve média de R$ 437,24 por saca de 60 quilos em março, aumento significativo de 19,4% em relação ao mês anterior e a maior média desde fevereiro de 2012.

Segundo os pesquisadores do Cepea, a elevação interna acompanhou o avanço registrado nas cotações da variedade no mercado externo, que foram sustentadas, principalmente, pelo receio em relação aos impactos das altas temperaturas e da estiagem na safra 2014/15 do Brasil. A tendência é que os preços se mantenham valorizados.

Dados levantados pelo Cepea mostram que a média de todos os contratos na Bolsa de Nova York, em março, foi de 188,62 centavos de dólar por libra-peso, expressiva alta de 22,2% em relação a fevereiro.

Em relação ao acompanhamento da safra, a colheita deve começar entre maio e junho. Enquanto isso, representantes do mercado estão atentos ao desenvolvimento dos grãos nos cafezais. A seca que castigou as principais regiões produtoras, principalmente no primeiro bimestre, causou muitos danos às lavouras e teve como resultado a má granação do café.

Segundo os pesquisadores do Cepea, apesar das chuvas registradas em março, o volume ainda não foi suficiente para recuperar totalmente a umidade do solo e parte dos prejuízos é irreversível. Além disso, as altas temperaturas ainda persistiram em boa parte de março.

Impactos

Outros impactos negativos que irão controlar a oferta de café no mercado e contribuir para a sustentação dos preços são a infestação das lavouras pela broca-de-café e a redução dos investimentos nos tratos culturais, principalmente na adubação, por conta dos baixos preços verificados no Brasil em praticamente todo o ano passado. Esses fatores impactam, e muito, no tamanho dos grãos e, conseqüentemente, na produtividade das lavouras, que deve ficar abaixo da expectativa do setor.

Diante dos problemas da safra, os preços foram alavancados em todas as regiões do Estado. De acordo com os dados da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) na região Sul, a saca de 60 quilos que era negociada, em média, a R$ 375 em fevereiro, subiu para R$ 437 em março, incremento de 16,5%.

Segundo os pesquisadores do Cepea, as lavouras da região não apresentaram desenvolvimento adequado e a safra deve ser marcada pela maior ocorrência de grãos chochos.

Ainda de acordo com o Cepea, no Cerrado, que engloba municípios do Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste, os cafezais ficaram carregados, porém, o índice de grãos chochos, é elevado. Apenas as lavouras irrigadas foram menos impactadas. Em relação aos preços, enquanto em fevereiro a saca produzida no Alto Paranaíba era negociada em torno de R$ 367, em março avançou para R$ 425, alta de 15,8%. No Triângulo, os preços subiram 10,7%, atingindo R$ 465.

Na Zona da Mata, algumas lavouras que passaram pelo período de estiagem já colheram alguns grãos no final de março, mas esses estavam chochos e miúdos. O valor da safra em março ficou em R$ 420, elevação de 15,7%.

Quase toda safra 2013/14

A comercialização da safra de café do Brasil 2013/14 (julho/junho) chegou a 85% até o dia 31 de março. O dado faz parte de levantamento de Safras & Mercado. Os trabalhos estão avançados em relação ao ano passado, quando, até 31 de março de 2013, 75% da safra 2012/13 estava comercializada. Há ligeiro atraso em relação à média dos últimos cinco anos, que aponta que 86% da produção normalmente já está negociada no período.

Em relação ao mês de fevereiro, houve avanço de oito pontos percentuais na comercialização até 31 de março. Com isso, já foram comercializadas 45,11 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de Safras & Mercado, de uma safra 2013/14 de café brasileira de 52,9 milhões de sacas.

Segundo o analista de Safras Gil Barabach, os preços bastante elevados no princípio de março estimularam as vendas e puxaram o ritmo, compensando a perda de dinamismo do final do mês. Assim, a comercialização anda bem e o fluxo de vendas se distancia da realidade de um ano atrás, quando as vendas estavam em 75%. "Teremos um final de temporada típico, com oferta escassa e produtor mais capitalizado", comenta.

As vendas de café da safra nova, que ganharam força em fevereiro, perderam um pouco de dinâmica agora em março, diz o analista. "A incerteza em relação à safra futura é um dos entraves aos negócios antecipados", aponta.

Os números preliminares apontam um comprometimento entre 16% a 17% da safra, com vendas de café girando em torno de 9 milhões de sacas, sendo algo como 8 milhões de arábica e pouco mais de 1 milhão de conillon. O percentual tem por base uma produção entre 48 a 49 milhões de sacas. Em fevereiro, o percentual vendido estava entre 13% a 15%, ou seja, evoluiu pouco, mesmo com o preço alto do começo de março, aponta Barabach. A média histórica para o período gira entre 16% a 18%.

As informações são do Diário do Comércio
 

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JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/04/2014

Os danos causados pela Estiagem e Calor nas lavouras Cafeeiras, já é fato concreto, noticias dizem em média 17%, da produção; mas à qualidade sómente por ocasião do Beneficiamento.

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