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Não existem dois grãos de café iguais

POR ENSEI NETO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/09/2009

8 MIN DE LEITURA

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Você já observou que na Natureza, apesar da existência de padrões cíclicos para os mais diferentes fenômenos, na realidade eles não são exatamente iguais, como quando você está assistindo a uma cena de um filme e o retorna várias vezes ao mesmo ponto. Ou, como se dizia antigamente, quando um "disco (de vinil) pulava", a música ficava repetindo o mesmo trecho indefinidamente...

Numa linha industrial onde está sendo confeccionada, por exemplo, uma determinada peça, todas deverão ser semelhantes, porém nenhuma será perfeitamente igual. É aí que entra o conceito estatístico de "tolerância", que verifica se um determinado processo é mais, digamos, regular ou não se as medidas dessa peça estiverem dentro ou fora de uma determinada faixa de variação. Se admitirmos que nessa linha industrial estiver sendo fabricada uma peça no formato de um cubo onde o lado deve ter 10,0 cm, é razoável pensar que se essa medida ficar entre 9,9 cm e 10,1 cm estará dentro de uma faixa de tolerância admissível. A olho nu essa diferença se mostra muito pequena, passando quase despercebida, porém se esse cubo for acondicionado num caixa que tenha como medida interna exatos 10,1 cm, é bem provável que ele acabe não entrando caso sua medida principal ficar com 10,1 cm...

Dessa forma, podemos considerar que as medidas sempre admitem uma variação, cuja dimensão está correlacionada com o que se chama de precisão. Quanto mais precisa é uma medida, menor é essa variação e, portanto, menor deverá ser a tolerância para este caso.


Foto 1. Orquídea, Ensei Neto.

Se levarmos essa mesma visão para as coisas da Natureza, é possível observar que as formas vigentes seguem um padrão definido, porém apresentam uma tolerância aceitável que nos leva a concluir de forma grosseira que são praticamente iguais. Algumas orquídeas florescem em cachos e suas flores nos parecem iguais, mas quando observadas de perto, como nesta foto, as diferenças que expressam sua individualidade nos saltam aos olhos. Ou seja, tudo nos parece tão igual, mas é tudo muito diferente!

O conceito de semelhança pode estar ligado ao aspecto visual, como pode ser visto nas formas geométricas presentes em todo o espaço ou nas cores que permeiam tudo em nosso redor.

O homem moderno é essencialmente "visual", pois é o sentido mais explorado. Você já percebeu como as telas de TV "cresceram" das tradicionais medidas de 20" (vinte polegadas) para as de 50"? E que a tecnologia que vem ganhando incríveis avanços é a de 3D (= 3 Dimensões), que é como vemos o mundo? Neste campo tudo converge para a maior definição possível de imagem.

Os cardápios de lanchonetes e mesmo de alguns restaurantes apresentam fotos caprichadas dos pratos servidos como que saltando para nossa mesa! Isto faz sugerir ao nosso cérebro uma mensagem de que tudo aquilo é muito saboroso. Sim, somos muito "visuais"...

No entanto, quando há a perda desse sentido ou mesmo no caso de diminuição de sua capacidade, os outros se amplificam como forma natural de compensação. Por exemplo, perceba que ao ouvir uma música com os olhos fechados o som se apresenta mais envolvente e até é possível desvendar alguns instrumentos a princípio menos evidentes. A nossa audição possui uma capacidade impressionante de distinção de diversos timbres sonoros, apesar de estar situada em faixa muito mais estreita que a dos cães, a título de comparação.

Ao passarmos para as sensações como o Paladar e o Olfato, fica ainda mais evidente que cada coisa da Natureza possui sua individualidade.


Foto 2. Morangos, Ensei Neto

Verifiquemos o caso de um cesto de morangos, como os desta foto. Aparentemente todos maduros, quase de mesmo tamanho e forma. Mas, quanto ao sabor... Quando experimentados um a um, percebe-se uma variação de notas de sabor: alguns mais adocicados, outros com maior acidez. E quanto mais são testados, mais notável é a percepção de como são diferentes!

As frutas combinam todos os Sabores Básicos (que são Doce, Salgado, Ácido, Amargo e Umami) juntamente com os Sabores Complexos, conferindo características particulares a cada uma. Essa incrível possibilidade de combinações de aromas e sabores faz com que possamos identificar um grande número de distintas frutas, por exemplo. Apesar das similaridades, é muito perceptível a diferença de sabores entre a nêspera e o pêssego.

Mesmo entre frutas de mesma espécie, é possível distinguir as distintas notas de sabor, como as que existem entre uma banana nanica e uma prata. Logo, é compreensível a influência da variedade na percepção das notas de aroma e sabor entre os vegetais em geral, pois há uma ligação direta com as características genéticas.

Essas características genéticas necessitam de determinadas condições ambientais para que possam se expressar de forma mais ou menos intensas, conduzidas pelo efeito de "adaptação", como observado por Darwin em situação extrema. É por isso que o clima tem influência decisiva no ciclo das plantas, constituindo um estudo específico, denominado Fenologia. Lembrando que, de forma simplificada na óptica científica, a Vida é um intrincado conjunto de reações químicas e bioquímicas, cuja velocidade é determinada pela combinação da temperatura e pressão ambiental, pode-se concluir que o clima é um elemento de extrema importância na produção agrícola.

O clima tem correspondência direta com a posição geográfica do cultivo, ou seja, no caso de quão distante está da linha do Equador, se em localidade elevada ou baixa, se a topografia é montanhosa ou lembra uma grande mesa, se está sob maior ou menor influência das massas úmidas dos oceanos. São muitas variáveis a serem consideradas, não?


Foto 3. Lavoura e Terreiro, Manhuaçu, MG, Ensei Neto.

Essa combinação de fatores climáticos determina a faixa de temperatura de uma determinada região, que é o indicador da aptidão local para cada cultura agrícola. Na realidade, um rigoroso estudo de aptidão deve levar em consideração a média das temperaturas máximas e mínimas, e não apenas a temperatura média "média", porque para plantas de características genéticas sofisticadas, como o cafeeiro, é mais relevante se conhecer a amplitude térmica de uma determinada localidade do que sua temperatura média. Isto se deve ao fato de que o cafeeiro, por exemplo, tem uma faixa de temperatura ótima, quando o seu desempenho é melhor. Em limites inferiores de temperatura, a planta entra em dormência ou hibernação (tão "inteligente" quanto os ursos...), assim como tem um deficit energético em altas temperaturas, quando consome mais energia para sua manutenção do que consegue produzir (assim como consumimos mais energia para nos resfriar no verão tórrido usando o ar condicionado). Essas plantas mais sofisticadas são mais sensíveis às variações climáticas, criando diferentes resultados, mesmo em locais aparentemente próximos.

Esse fino ajuste de temperatura que interfere diretamente no desempenho metabólico da planta (suas reações da vida...), ora acelerando, ora freando, determina o incrível arranjo de açúcares que deve ser formado como objetivo principal dos seus frutos: atingirem a plena maturação. É isso mesmo: todo fruto quando nasce quer se tornar perfeitamente maduro quando crescer!

É a compreensão desses dois conceitos que nos leva a fazer uma correta seleção da melhor variedade para um determinado local, ou seja, cada lugar deve ser ocupado pelo cultivar mais apto.

Porém, há um outro aspecto que não deve ser esquecido: o café é um exemplo perfeito de produto de "terroir", pois o conjunto solo-clima-varietal-manejo determina como ele irá se expressar. Assim, uma mesma variedade poderá apresentar diferentes expressões em cada localidade. Uvas viníferas "Cabernet Sauvignon" plantadas aos pés dos Andes geram vinhos com personalidade muito distinta daquelas que estão no Napa Valley, CA, USA, ou mesmo no brasileiro Vale dos Vinhedos, RS. Da mesma forma, um Mundo Novo plantado em Antigua, Guatemala, dará uma xícara com notas de aroma e sabor muito diferentes das de outro, cultivado em Franca, Mogiana/SP.

Se o clima, dentre o conjunto que determina o "terroir", é o elemento mais mutável, fica fácil de compreender porque pode se afirmar que as safras de café nunca se repetem ou são sempre diferentes, seja no aspecto quantitativo como no qualitativo. É interessante observar que sob o conceito de média aritmética pura e simples, o clima apresenta certa estabilidade, o que nos leva a crer em um padrão repetitivo ou de semelhança, porém ao se analisar de forma estratificada, as diferenças se evidenciam como no ajuste das máquinas de uma linha industrial. Medidas aparentemente semelhantes a grosso modo, quando verificadas de forma minuciosa mostram que suas diferenças podem ser maiores do que se imagina!

Portanto, é de se esperar que a cada ano os resultados na xícara sejam diferentes, mesmo que de forma sutil, o que pode ser empregado como estratégia para provocar o maior interesse do consumidor sobre as safras de café. As sofisticações conceituais devem ser adicionadas com o objetivo de estimular e promover o maior consumo através de maior conhecimento e informação, permitindo gradativamente agregar maior valor. Os produtos estabelecem posicionamento no mercado através do reconhecimento dos seus atributos pelo consumidor, percepção que, por sua vez, é resultado de intenso processo educativo. Os mercados se desenvolvem e estabelecem novos patamares de valores e serviços na medida que o consumidor se torna mais exigente. Isso ocorre em todos os setores e segmentos, como vinhos e as pastas de trigo de grão duro, entre os alimentos, também no surgimento de resorts, na hotelaria, ou mesmo com a única experiência de pilotar carros de Fórmula 1, como existe na Itália.

O ser humano é, antes de tudo, um ser "sensorial", movido à experiências com as sensações...

A compreensão das mudanças climáticas podem nos dar pistas valiosas para um manejo mais adequado da colheita e processo de secagem dos valiosos grãos de café, pois cada um deles tem correlação direta com as notas de aroma e sabor, juntamente com a composição de açúcares, que poderão ser percebidas na xícara e, assim, conquistar os "loucos" por café. Só que este é um tema para uma outra oportunidade...

ENSEI NETO

Especialista em Cafés Especiais.
Consultor em Qualidade e Marketing, Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Produtos & Novos Mercados.
Juiz Certificado SCAA e Q Grader Licenciado.

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ANNA CAROLINA CARDOSO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 07/06/2010

sou uma aprendiz... adoro seus artigos!!!!
JOAQUIM LOPES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/12/2009

Caro Dr. Ensei,

Falo como consumidor e grande apreciador de café.
Entendo que nossos cafés só terão a qualidade dos vinhos, quando poudermos, como acontece como os mesmos, escolher, numa mesma cafeteria, os cafés de nossa apreciação. isso irá estimular a concorrência, ao afetar o orgulho e a satisfação dos produtores.

Um forte abraço


ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/11/2009

Prezado Paulo,

Muitas vezes os nossos maiores inimigos vestem nossas meias e calçam nossos sapatos, ou seja, somos nós mesmos. Em geral, esta situação permanece até que haja a compreensão de que determinados atos ou práticas acabam sedo ruins conosco mesmo.

Investir em educação e treinamento com visão para o mercado, sob condições éticas, certamente mudará este panorama. E o trabalho da EMATER MG, conduzido por você e todos seus colegas, tem papel de grande importância nessa transformação.

Grande abraço
PAULO ROBERTO VIEIRA CORRÊA

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/10/2009

Neto,

Parabéns pelo seu artigo, muito bom. Seria ótimo que todos tivessem este conhecimento.

Muito oportuno o seu comentário em resposta ao Professor Rena, sobre o costume da maioria dos produtores em vender "palha melosa" e escolha. Fazendo isto, estes produtores estão sem saber (ou sabem o que estão fazendo) concorrendo com eles mesmo. Esta cultura de vender café ruim tem que que acabar um dia. Acredito nisto. Só o tempo dirá.

Um abraço.
ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/09/2009

Prezado Samuel,

Essa realidade, mesmo que ainda em pequena escala, já está presente no Brasil. Ao menos nas grandes cidades existe uma percepção do consumidor por origens específicas e até de algumas fazendas que vem ofertando lotes de excelente qualidade nas diversas cafeterias.

É um processo de longo prazo modificar costumes e cultura, pois isto é resultado de educação contínua.
A melhor ferramenta de marketing comportamental é a educação. Sempre!

Profissionais ruins e bons existem em todos os setores, porém a identificação dos melhores acontece quando há maior esclarecimento por parte do consumidor.

Observe como em quase todos os tipos de produtos alimentícios, por exemplo, houve uma fantástica evolução de conceitos: azeites, queijos, águas, cervejas e vinhos, por exemplo, trazem como trunfos a origem e forma de produção. Isso era impensável há poucos anos atrás.

Capricho e paixão pelo frutinho vermelho é caminho para o sucesso.

Grande abraço
ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/09/2009

Prezado Prof. Alemar Renar,

Agradeço pelas suas palavras.

A questão Arabica x Canephora, em minha visão, deveria ser tratada de maneira multidisciplinar, pois estão envolvidos aspectos como marketing (abrangendo tendências de consumo e comportamento do consumidor), ciência dos alimentos (tecnologia industrial e resposta sensorial), saúde (efeitos das substâncias contidas na bebida) e agronômicos (processos de produção), além do cultural (educação e costumes) e, é claro, econômico (quem paga e quanto pode pagar). A resposta está numa minuciosa composição e análise desses elementos.

Só para citar: a aceitação de mudanças é inversamente proporcional à idade, de forma que, ao analisar o contingente consumidor de café no Brasil, boa parte é de pessoas com mais de 35 a 40 anos. Ou seja, são pessoas que se acostumaram a beber café como "uma bebida forte, amarga e sempre quente", que em resumo significa "queimado, com sabor com muitos componentes amargos...".

Paineis demonstram que ao fazer uma degustação comparativa com um café Tradicional e um Especial, esses consumidores preferem ainda o Tradicional, pois consideram o Especial "fraco e meio sem tinta". Mudar esse tipo de comportamento é difícil, pois possui forte componente cultural. No entanto, quando o mesmo teste é feito com jovens, estes acabam preferindo o Especial, pois não tem "amarras" culturais.

Assim, o primeiro trabalho é de educação do consumidor, intensivo e contínuo, durante uma geração (10 anos), assim como ocorreu com a chamada memória inflacionária que convivemos nas décadas de 70 a 90. O pessoal com menos de 25 anos sabem disso apenas por relatos históricos.

O outro ponto é da cultura do produtor. Fui produtor por 13 anos, vindo da cidade (São Paulo) e tendo trabalhado na indústria de alimentos por 9 anos antes disso, e o que sempre me indignou foi o fato de muitos venderem palha como sendo um grande feito. Alguém compra porque alguém vende.

Há, ainda, o aspecto que considero crucial: um arabica ruim é o pior inimigo do arabica de qualidade, pois é natural a indústria trocar esse arábica ruim por um canephora mediano ou bom. Até porque não se mescla um excelente arábica com um canephora ruim. Não faz sentido e o resultado é desastroso. A questão da mescla a que todos se referem está nos produtos com arabicas medianos para sofríveis, pois quando a qualidade é mais baixa, usar um canephora até melhora a percepção sensorial do produto!

Em resumo, as duas espécies continuarão a ser cultivadas, comercializadas e empregadas industrialmente, porém seu uso será sempre definido majoritariamente pela qualidade intrínseca do arábica.

Grande abraço,
SAMUEL ALVES BALIEIRO

NEPOMUCENO - MINAS GERAIS

EM 16/09/2009

Caro Ensei,

Quem sabe um dia trataremos nosso café como os franceses fazem com suas uvas e obteremos tipos de bebidas para que o consumidor final, aqui no Brasil, tenha à sua disposição uma diversidade de bons produtos e venha a saber, com alguma ajuda da nossa parte, o que é " café avec terroir" ; isto traria ao produtor um retorno muito melhor e eliminaria, pelo menos em parte, a tão frequente fraude que certas indústrias na cadeia cafeeira praticam ao torrar, moer e embalar coisas que, ao fim e ao cabo, não podem ser chamadas de café.

Muita gente diz que deveríamos investir mais em marketing do café, como fazem os colombianos mundo afora. Concordo, mas acho que deveríamos também educar o consumidor aqui no nosso país, pois tenho certeza de que aqueles que provarem da boa bebida nunca mais aceitarão estas "coisas" que, não raro, nos servem nos melhores restaurantes e hotéis e que acabam estragando a finalização de excelentes refeições.

Precisamos nos unir para acabar com as fraudes na industrialização, fraudes estas que só aumentam os lucros dos desonestos e os prejuízos dos produtores desavisados que, lamentavelmente, continuam compactuando com as mesmas e "dando um tiro no próprio pé" ao vender, entre outras coisas, a tal "palha melosa".

Parabéns! Ler seus artigos é como viajar de primeira classe no apaixonante universo do café!
ALEMAR BRAGA RENA

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 16/09/2009

Dr. Ensei,

Parabéns por mais este belo artigo. O povo merece conhecer estas sutilezas e suas causas.

E a tendência dos bons produtores de café, hoje, é de procurar a identificação de todos esses fatores dentro de sua propriedade, separando os lotes de acordo com sua qualidade, sentido lato. Principalmente naquelas lavouras situadas acima de 800 m, no sudeste brasileiro, onde as melhores bebidas podem ser obtidas.

O cafeicultor fica feliz com o seu trabalho, ainda que nem sempre seja premiado na hora de vender, especialmente se é pequeno. Quando tem sorte, a Illy compra alguns de seus lotes premiados; mas isto é raro! Acaba, em geral, vendendo para o mercado comum, abaixo ou muito próximo do seu custo de produção.

Agora, se me permite, gostaria de perguntar: O que o senhor acha da mistura de um canéfora qualquer a esses belos arábicas? E o que é pior, sem constar nas embalagens pelo menos a proporção? Seguramente o senhor tem acompanhado na mídia o intenso e áspero debate sobre o tema, e como uma das autoridades respeitadas sobre qualidade do café, sua avaliação é de extrema importância.

Saudações

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