O ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes Pinto, descartou qualquer chance de importação de 1 milhão de sacas de café conilon do Vietnã por parte da indústria de café solúvel capixaba. No país asiático, o produto é mais barato do que no Espírito Santo e, por isso, chamou a atenção dos industriais. Ele comprometeu-se a soltar uma nota oficial hoje, reforçando que a transação não será permitida.

Ontem, o ministro recebeu o governador do ES, Paulo Hartung, senadores, deputados federais e estaduais, além de prefeitos e pessoas ligadas à atividade cafeeira capixaba.

"Quero tranqüilizá-los que essa importação não vai acontecer. Não cabe ao ministro proibir, mas para que haja uma transação como essa é necessária uma análise de mercado e risco. Para mim, tudo não passou de um boato e de uma especulação do mercado", enfatizou Guedes Pinto.

Ele disse ainda que em casos de grandes volumes como esse é necessário que o país exportador comunique ao governo federal a intenção de efetuar a transação e peça permissão. E até o momento o Vietnã não entrou em contato.

Hartung saiu satisfeito da reunião e até concordou com a idéia de especulação. "O ministro afirmou que isso é uma tentativa de especulação do mercado e garantiu que não tem nenhum pedido de exportação. Se esse pedido vier, vamos saber".

A indústria de café solúvel está preferindo importar conilon do Vietnã porque no Espírito Santo uma saca custa R$ 190, enquanto no país oriental vale R$ 90. No Estado, a estimativa é de que 350 mil pessoas trabalhem diretamente com o conilon, em 40 mil propriedades.

As informações são da Gazeta On Line.