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Mercado: consolidação e digestão de novos números

POR RODRIGO CORREA DA COSTA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/06/2009

5 MIN DE LEITURA

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Comentário Semanal - de 8 a 12 de junho de 2009

O mercado dos títulos da dívida gringa voltou a ficar agitado com a demanda retraída para os bonds de 10 e 30 anos a taxas de juros menores, e a taxa de retorno requerida pelos investidores foram elevadas nos leilões que aconteceram durante a semana. Com isso o governo fica em uma sinuca de bico, pois precisa financiar um débito enorme - para o atual ano fiscal acredita-se que chegue até a 3,25 trilhões de dólares - ao mesmo tempo que o governo se esforça o quanto pode para baratear o crédito no país, tentando desafogar os devedores, principalmente no mercado imobiliário.

Parece que se achou um ponto de equilíbrio. No último leilão de quinta, o governo teve que pagar 4,72% para financiar títulos de 30 anos, nível mais alto desde outubro de 2007, apesar da "SELIC americana" estar hoje entre 0% e 0.25%, comparado com 4.50% 20 meses atrás. Esta incerteza do "preço" satisfatório e da capacidade de financiamento do governo americano foi a responsável pelo swing da moeda. Na sexta-feira, os amigos nipônicos deram uma ajuda para diminuir a insegurança dos mercados declarando a confiança ao gerenciamento da dívida dos Estados Unidos.

Nos mercados de commodities os ventos de preços altos mantiveram soprando, principalmente depois da análise de um banco de investimentos que prevê o petróleo negociado a 80 dólares/barril até o fim do ano.

A verdade é que continuamos tendo um fluxo positivo de investimentos nas commodities por parte dos fundos de investimentos, assim como do dragão chinês que tem formado estoques de matérias-primas como uma maneira de diversificação de suas reservas e para suprir os plano de investimento em infra-estrutura no país. Mesmo as economias do Estados Unidos e Europa experimentam um incremento de demanda para formação de estoques de ativos, como um todo, que deve durar até o meio do 3º trimestre do ano, já que indústrias, atacadistas e varejistas foram utilizando seus inventários reduzindo-os para níveis baixos em função da retração econômica que estamos passando. Ou seja, um movimento de re-estocagem está acontecendo que não necessariamente pode ser mantido por muito tempo, caso novos sinais de recuperação do crescimento econômico não sejam confirmados.

O café não conseguiu se desvencilhar do tom negativo e acabou escorregando para os 127.00 centavos durante a semana. Nova Iorque fechou o período com perdas de US$ 5.69 por saca, encerrando a semana abaixo do nível psicológico de 130.00 cts/lb no vencimento de julho 2009. A fraqueza do dólar ajudou a trazer um pouco de compras por parte dos torrefadores, que estavam protelando suas necessidades de compras, e os fundos, ao vê-los comprando, voltaram para recompor parte de suas posições compradas, mas mesmo assim isto não foi suficiente para evitar as perdas.

No mercado físico os diferenciais de Colômbia enfraqueceram um pouco mais, sendo oferecidos a 55 cts de prêmio sobre NY com pouquíssimo interesse de compra aparecendo. Inclusive, vale ressaltar que finalmente começou a ser divulgado pelas indústrias a queda da demanda pelo produto Colombiano, algo que nós antecipamos aqui neste espaço. Segundo o que foi noticiado esta semana, muitos torrefadores buscaram substitutos ao produto colombiano, dada a infeliz majoração de preços deste tipo de café e das incertezas com relação ao comportamento futuro dos diferenciais e do suprimento do mesmo.

As soluções encontradas podem ser definitivas, que era o medo (velado) que a própria Federação de Cafeteros tinha. É aquele negócio: uma vez que o consumidor se acostuma com um novo "sabor" a reversão pode ser demorada, principalmente quando existe uma disponibilidade grande de outros tipos de café. O produto brasileiro com isso ganha ainda mais espaço, e quem sabe não consegue diminuir o estigma de não ser um café de qualidade tão boa como alguns comentam.

Falando de disponibilidade de Brasil, esta semana uma trading divulgou suas previsões de estoque e safra, números que estão em linha com os nossos. Segundo eles, a safra atual ficou ao redor de 53,3 milhões de sacas e a safra de 2009/10 deverá ficar entre 45,4 e 48,5 milhões de sacas. O estoque de carrego para o dia 1º de julho é estimado em aproximadamente 11,5 milhões de sacas. Desta forma a disponibilidade para o ano-safra que se inicia pode ficar na casa dos 60 milhões de sacas, o que não é nada mal para um ciclo de produção de baixa.

O mercado interno no Brasil já começa a sentir o impacto do começo da safra com os preços cedendo, apesar do Real estar firmando. Parece que não vai ter muito jeito não, o produtor vai acabar pressionando os preços internamente, ainda que tenha saído a confirmação do programa de opções. Aliás o primeiro leilão acontecerá na próxima sexta-feira, para 1 milhão de sacas. Mesmo que as 3 milhões de sacas das opções de venda sejam exercidas pelos produtores até o começo de 2010, e o governo acabe recebendo o café, o volume não parece suficiente para evitar que haja pressão vendedora, pois o produtor precisa pagar suas contas.

Portanto, aproveitem o momento e continuem fazendo suas fixações. Acredito que o mercado está tentando se acostumar com um novo intervalo de preços que deve ficar entre 125.00 e 135.00 cts para o contrato de setembro em Nova Iorque - salvo um enfraquecimento muito grande do dólar americano ou um risco de geada.

Tenham todos uma ótima semana e muitos bons negócios.

Obs.: este relatório, preparado pela Archer Consulting - Assessoria em Mercados de Futuros, Opções e Derivativos Ltda, é divulgado somente com o objetivo de prover informações e não representa, em nenhuma hipótese, uma oferta de compra e venda ou solicitação de compra e venda de qualquer instrumento financeiro ou serviço. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data na qual este relatório foi publicado. Entretanto, as informações aqui contidas não representam por parte da Archer Consulting garantia de exatidão das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas, e não devem ser consideradas como tal. As opiniões contidas neste relatório são baseadas em julgamentos e estimativas, estando, portanto, sujeitas a mudança.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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