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Melles: café tem sintomas e governo não busca a cura

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/02/2011

2 MIN DE LEITURA

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O presidente da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), Carlos Melles, fez uma análise completa sobre o atual momento do setor cafeeiro, suas altas na bolsa de valores e de preços e o que o produtor está vivendo com isso.

Melles começou explicando que em um ano a bolsa tem registrado altas e baixas, demonstrando o nervosismo do mercado. "O jornal explica que isso é fundo liquidando, ou outro subindo e não se ataca a essência do problema", constata. "Quantas vezes a bolsa de mercadorias teve esse comportamento nos últimos 50 anos? Já respondemos que em determinados momentos foi por causa de seca, em outros, por causa de geada e todos sabem, ou pensam que sabem, porque isso está acontecendo agora", diz.

Carlos Melles compara esse momento do café a uma criança doente e explica o fenômeno de tantas altas: "A preocupação maior é de como se eu tivesse um filho que apresentasse febre pela manhã, à tarde não tivesse mais a febre, e oscilasse assim, no dia seguinte teria febre, depois não teria mais".

Assim Melles diz que está sendo o comportamento do mercado. "Se uma criança tivesse oscilando com febre durante três ou quatro dias, eu levaria ao médico e diria a ele que havia algo errado com essa oscilação. Esse é o problema do café. Há uma doença no café que as pessoas não querem analisar o que é", constata.

O presidente da Cooparaiso diz que "enquanto não analisar a doença, uns colocarão na boca do ministro que - bateu recorde em exportação de café-, - estado de Minas vendeu milhões de dólares em café-. Na verdade, nós estamos matando o doente, pois a febre está subindo e descendo muito e ninguém olha a causa disso".

Para Melles, é necessário que se faça uma análise profunda desse momento. "Se alguém fizesse uma análise sensata disso, saberia a causa da doença e, nesse caso, é que não existe café, a escassez do produto está deixando o mercado assustadíssimo. Para complicar vem uma previsão errada de um lado, e exploração de outro lado. Não existe café, sobretudo, na mão do produtor. Não tem estoque regulador, ou seja, é o pior dos mundos em termo de fundamentos. E o preço deve subir muito mais, ouvirão falar que chegou a R$ 800,00 a saca. Pode chegar, mas não resolve nada, porque os fundamentos não estão curados", alertou.

Melles acredita que o Brasil, como maior produtor e exportador de café, teria que ter uma análise do que está acontecendo no mundo em relação ao produto. "É preciso reduzir a oferta de café, além de dar financiamento ao produtor. Se alguém pode fazer alguma coisa é o governo. E a gente ainda escuta falar: brasileiro nunca tomou tanto café, mesmo com preço alto. Preço alto para quem? O preço estava muito baixo, agora pode-se considerar um valor normal. E quem pagou o mico dos preços anteriores? Foram todos os grandes cafés do Brasil, como o Damasco e o Café do Ponto", finaliza o presidente da Cooparaiso e deputado licenciado Carlos Melles.

A matéria é do Coffee Break, adaptada pela Equipe CaféPoint.

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JOÃO CARLOS REMEDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/02/2011

Se a cafeicultura atravessou anos difíceis e foi negligenciada por nossos governantes, agora, esboçando uma melhora de seu estado crítico é que não vai ser assistida mesmo. Essa melhora nos preços do café, usufruida por poucos, é fruto dos anos de descaso e total abandono. Foram anos seguidos em que o produtor lutou sem ter uma remuneração justa. Esses anos na penumbra fizeram com que parte dos produtores fossem jogados em um abismo de dívidas e parte tendo que abandonar ou trocar de atividade.

Era previsível que iria faltar café. Foi o maior dos contra tempos que qualquer atividade possa sofrer, o descaso. Agora a impressão que se têm é que se o preço está alto, tudo está resolvido na atividade. Na cafeicultura não é isso que está ocorrendo. Quem têm café e não têm dívidas pode estar começando a enxergar uma luz no fundo do tunel. Mas, quem não têm café e têm dívidas, continuará nessa escuridão que parece não ter fim.

Se de fato não se tratar do doente ele poderá caminhar para um sofrimento ainda maior ou até a sua morte, e, se não se investir na profilaxia da doença, outros adoecerão e sofrerão as conseqüencias desse mesmo mal. A melhor forma de se diminuir os estragos é investir na prevenção. Sai mais barato e diminui sofrimentos futuros. A cafeicultura precisa e cobra providências. Sorte a todos!

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