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Manejo correto de fertilizantes nos cafezais

POR JULIO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 28/10/2009

3 MIN DE LEITURA

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Outro convidado do curso, o Engenheiro Agrônomo da Bunge Fertilizantes, Cassiano Mobricci, falou sobre o correto manejo de fertilizantes. Conforme apresentou, a quantidade de adubo que deve ser aplicada é igual à necessidade da planta menos a quantidade que já está disponível no solo, corrigida pelo fator de eficiência (F) de cada tipo de fertilizante. "Para sabermos qual a quantidade de nutrientes que está disponível no solo é necessário fazer a análise de solo. Se aí esta a importância da análise de solo, a análise foliar torna-se ainda mais importante à medida que é utilizada para se fazer o correto acompanhamento da nutrição do cafeeiro", afirmou Cassiano.

"O fator eficiência é imprescindível. Um exemplo: as plantas precisam de pouca quantidade de fósforo (P), mas como grande parte deste nutriente fica adsorvido pelo solo, devemos aplicar maior quantidade de P, sabendo que seu fator de eficiência é baixo. Não se pode errar na adubação, nem para menos, nem para mais, pois esta é uma aplicação de alto custo", alertou.

O engenheiro agrônomo explicou também a diferença entre macro e micronutrientes. "Nenhum elemento é mais importante do que o outro. Segundo a consagrada "Lei do Mínimo" (de Liebig), o rendimento da produção será sempre limitado pelo nutriente que estiver em menor quantidade. Aqueles considerados ´macro´ são requeridos em grandes quantidades, ao passo que os ´micro´ deverão ser aplicados em pequenas quantidades", afirmou. "O produtor deve estar atento aos micronutrientes. Não pode esquecer de aplicar Boro ou Zinco só porque são requeridos em pequenas quantidades. Ainda assim, são extremamente importantes para o adequado desenvolvimento da planta", enfatizou.

Funções de alguns nutrientes nas plantas:

Nitrogênio - N: responsável pelo crescimento e desenvolvimento das plantas;
Fósforo - P: formação de raízes e frutos;
Potássio - K: turgidez, sanidade;
Cálcio - Ca: "esqueleto" da planta, responsável por sua estrutura e sustentação;
Magnésio - Mg: auxilia no transporte de P;
Enxofre - S: constituinte de proteínas;
Boro - B: transporte de açúcares;
Zinco - Z: ativa o crescimento das plantas;
Cobre - Cu: ativação de enzimas e proteção contra doenças.

De acordo com Cassiano, o produtor precisa fazer algumas perguntas antes de efetuar a adubação. Por quê? (saber as funções dos elementos na planta, reconhecer sintomas de deficiência); Quanto? (quantidade a ser aplicada, saber se o solo já está corrigido ou não); Quando (época certa, se deve parcelar, etc); e Como (via foliar ou diretamente no solo). Segundo o agrônomo, para aplicação de micronutrientes a via foliar é mais indicada. Os macronutrientes deverão ser aplicados via solo juntamente do Boro, por causa de seu movimento unilateral nas plantas.

Conforme explicou Cassiano, o Nitrogênio é o nutriente cuja falta mais limita a agricultura no mundo. Junto do Potássio é o elemento mais absorvido pelas plantas de café. O N também é o nutriente mais caro, e se perde facilmente por lixiviação e volatilização. Pode ser encontrado na forma de ureia, sulfato de amônio, nitrato, entre outras. A ureia é a fonte de N mais barata, pois tem 45% de concentração. Entretanto, o alerta: "cuidado com a utilização de ureia, porque caso ela seja mal aplicada, pode-se perdê-la em grandes quantidades por volatilização, principalmente se a aplicação for depois da chuva e vier sol forte em seguida. Seria jogar dinheiro fora", disse. Incorporando, ainda que 5 cm no solo evita-se este problema. Já o sulfato de amônio, com 21% de N, não se perde por volatilização. O nitrato, por sua vez, possui 27% de N, mas conforme instrução de Cassiano, o produtor deve procurar evitar esta fonte pois a indústria vem encontrando cada vez mais dificuldades para sintetizá-la, o que aumenta seus custos de fabricação. Também há vários entraves burocráticos por conta de uma legislação cada vez mais rigorosa, já que a fórmula é explosiva.

Em geral se aplicam 30 kg N/ha para que a lavoura apresente vegetação plena mais 26 kg N/ha para cada 600 kg de café beneficiado que se deseja obter. Uma saca de café tem aproximadamente 6,2 kg de N (Matiello). São sintomas de deficiência de Nitrogênio folhas cloróticas e desfolhamento (folhas velhas). O aproveitamento da ureia, por exemplo, é de 50 a 60%, então temos fator F = 2. A aplicação do Nitrogênio deve ser parcelada em 3 a 4 parcelas para evitar a lixiviação, entre setembro e maio, principalmente. Durante o florescimento, o N ajuda na formação dos botões florais. A aplicação deve ser realizada em faixas ao lado das plantas. Nas regiões quentes deve-se aplicar 10-15% a mais, para efeito de compensação.


Fonte: Mattielo, J.B, 2006. Simpósio sobre Nitrogênio e Enxofre na Agricultura Brasileira, 17 a 19 abril, 2006 - Piracicaba/SP

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