Terminou no último dia 16 o leilão dos cafés finalistas do 11º Concurso Nacional Abic de Qualidade do Café – Safra 2014. O evento teve lances que, em média, chegaram a ser três vezes maiores que os valores de mercado. O pregão, que teve preço mínimo de abertura fixado em R$ 857,54 (50% acima da cotação BMF/Bovespa de 2/12), contou com a participação de indústrias de torrefação e cafeterias, que puderam formar consórcios e adquirir um lote inteiro, de 6 sacas, ou apenas 1 saca de diferentes lotes.
O lote do café campeão do concurso e primeiro colocado na categoria Cereja Descascado teve 2 sacas arrematadas pelo Consórcio Qualidade Brasil (formado pelas empresas Grupo 2 Irmãos / Café Ghini, do Paraná, e pela baiana Sobesa Indústria de Alimentos / Café Sobesa). Estas sacas do produto, cultivado pelo produtor Antônio Rigino de Oliveira em Piatã, na Bahia, foram vendidas por R$ 5.000 por saca, praticamente dez vezes acima da cotação do mercado. Esse foi o maior valor de aquisição pago por saca, e as empresas conquistaram o título de Campeãs da Categoria Ouro.
As outras 4 sacas do lote do produtor Rigno foram arrematadas pela cafeteria Santo Grão, de São Paulo, por R$ 3.980. A empresa fez o maior investimento em qualidade, desembolsando um total de R$ 15.920. A ação garantiu para a rede Santo Grão o título de Campeã na Categoria Diamante.
Já o microlote campeão do concurso nesta categoria, de apenas 2 sacas, com o café produzido por Eufrásio Souza Lima em Barra do Choça, também na Bahia, foi arrematado pela cafeteria Armazém do Café, do Rio de Janeiro, que pagou R$ 2.500 por saca. Esse foi o maior lance por saca na categoria Microlote, o que rendeu à rede Armazém do Café o título de Campeã da Categoria Especial.
Outro destaque neste leilão foi a participação da exportadora Starsantos, que arrematou o lote do produtor José Clóvis Borges, de Divinolândia, São Paulo, campeão na Categoria Café Natural, e o lote de Greciano Lacerda Moura, de Espera Feliz, Minas Gerais. A empresa pagou R$ 1.350 por saca do lote paulista (total R$ 8.100) e R$ 1.300 pelo café mineiro (R$ 7.800). Todos esses cafés serão exportados para a China.
O concurso este ano foi disputado pelos lotes finalistas dos certames estaduais realizados na Bahia, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O Espírito Santo não inscreveu seus cafés este ano. Já o leilão contou também com a participação das empresas: Café Baronesa (MG), Supremo Arábica (SP), Piedi Rosso (PR), Café Caiçara (SP), Café Odebrecht (PR), cafeteria Il Barista (SP) e Café do Chef (DF). A tabela com o resultado completo do leilão pode ser acessada aqui.
Para o consumidor
Em meados de abril de 2015, os cafés adquiridos pelas indústrias e cafeterias chegarão aos supermercados, cafeterias e lojas gourmet, compondo a 11ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil. Os produtos, em embalagens sofisticadas de 250 gramas, também poderão ser adquiridos nos sites das torrefadoras e cafeterias participantes.