O diretor de Marketing da Ferderação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, de Patrocínio/MG, enviou um comentário à publicação de Natália Sampaio Fernandes, analista de mercado de café da Hencorp Commcor, " Mercado de café: ta difícil hein?!". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Ola Natalia, muito bacana o artigo, sucinto e objetivo. Semana passada em Varginha estive no Seminário do Centro de Comércio de Café onde tinham representantes de várias regiões de café que embasam os números e comentários acima, que indicam que já tivemos sim, em algumas regiões, perdas consideráveis em virtude da falta de água e altas temperaturas que ocasionaram abortamento floral e depauperamento das plantas.

Falando um pouco dos outros fundamentos que já citaram acima, como aumento de consumo e crises em algums países e blocos econômicos, fato é que mesmo nestes países e blocos em crise o consumo do café, com base em várias informações, as quais temos acesso, deve seguir firme, claro que migrando através de formas diferentes de consumo, de fora do lar para dentro do lar, etc. Mas devemos considerar que o café é considerado por estes povos alimento base, ou bebida base no dia-a-dia, principalmente falando nos Estados Unidos. Na Europa o hábito do consumo do espresso é maior, mas não está em valores que inviabilize seu consumo, pois grande parte dos cafés está na base de 1 a 2 euros a xícara.

Dois itens que devemos estar atentos: o mercado que corre entre aspas por fora da bolsa, que e o crescimento dos especiais e expansão de microtorrefadores que possuem uma forma diferente de comprar café e ainda um olhar diferente sobre a Ásia, não falando apenas de China, mas sim de Coréia do Sul, India, entre outros tigres que estão vorazes por consumo.

Grande abraço e esperamos ver sempre as suas contribuições por aqui.

Juliano Tarabal"

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Equipe CaféPoint.