O café é conhecido mundialmente pela bebida extraída de seus grãos torrados e moídos. No entanto, além da bebida, dos grãos de café torrados ainda pode ser extraído um óleo escuro e com odor característico bastante utilizado pela indústria para aromatizar produtos alimentícios, mas, cuja principal função é impedir a fragmentação dos grânulos nos cafés solúveis.

Pesquisas desenvolvidas pelo IAC buscam evidenciar novos empregos e adicionar valor ao óleo extraído de grãos verdes que possuem propriedades cosméticas como hidratação e proteção da pele contra a radiação UVB, a radiação solar que mais causa danos à pele humana, como câncer.

Constatou-se a existência de grande variação no conteúdo de óleo nos grãos das diversas espécies de café, com teores que vão de 5 a 30%. Este óleo é composto de ácidos graxos com predominância do ácido linoleico. Substâncias ricas em ácido linoleico, como o óleo de café, com teores ao redor de 50%, podem ser utilizadas para reposição desse ácido graxo na barreira lipídica cutânea mantendo a hidratação da pele.

Somam-se à capacidade de hidratação e proteção da pele contra a radiação UVB, um baixo potencial antioxidante atribuído à cera e à presença de vitamina E no óleo. A grande variação observada para o conteúdo de óleo também é constatada para o teor de cera, entre 0 e 2,5% e para o fator de proteção solar, de 0 até 4.

As cultivares Icatu Vermelho IAC 4045 e Mundo Novo IAC 376-4 de café arábica são as mais promissoras para utilização em produtos cosméticos, uma vez que possuem médios teores de óleo e de cera, adequada composição de ácidos graxos e os maiores fatores de proteção solar.

As informações são do IAC.