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Financiamento proibido para quem desmata ilegalmente |
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PATRICK OBERHOLZERRIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO EM 09/02/2008
Não entrarei no mérito específico da questão, pois o problema do desmatamento na verdade oculta um problema bem maior, que é a incapacidade da máquina pública brasileira de gerir de forma completa, grande parte dos assuntos públicos.
Mais uma vez o mastodonte jurássico conhecido como "Estado brasileiro" nos brinda com um novo decreto para resolver um problema gerencial. A cada problema criado, cria-se um decreto, uma lei, um regulamento que se sobrepõe a outros! O mastodonte jurássico há muitas décadas só cria leis, mas não zela pelo cumprimento das mesmas, o que nos dá a sensação como cidadão de viver num país sem lei e nos faz desconfiar mais uma vez de suas boas intenções em querer resolver o problema. Vivemos há tempo num estado de anarquia institucional (até antes do Lula e seus 40 mensaleiros): país com muitas leis mas que não são cumpridas ou leis que mudam o tempo todo, homens públicos muitas vezes despreparados que não exergam as consequências nefastas de uma nova lei. Nos sentimos no dia a dia os efeitos desta anarquia institucional: corrupção sem limite nos orgãos públicos, maiores índices de violência do mundo (crimes, acidente de carro etc...), poucos pagando muitos impostos, necessidade de despachante para poder dialogar com um representante de um orgão público (criar dificuldade para vender facilidade), podemos ler em cartazes afixados nos orgãos públicos que é proibido bater em funcionário público (é a percepção do mastodonte quanto à qualidade do serviço público prestado), preços da gasolina e dos carros o dobro do que no México, TVs públicas com índices de audiência próximos de zero onde se refugiam os jornalistas medíocres e incompetentes, Voz do Brasil no horário nobre, eleição de homens públicos sabidamente com ficha criminal corrida... O verdadeiro debate estratégico no Brasil é: como aposentar o mastodonte jurássico e substituí-lo por uma onça jovem. Uma vez iniciado o processo de modernização do Estado, certamente boa parte dos problemas discutidos hoje em vários fóruns sumiriam e maior foco se daria na alavancagem da competitividade do Brasil na economia mundial. |
ADIMAR LEONEL SOUTOSÃO FRANCISCO DE SALES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE EM 26/01/2008
Esta é uma questão complexa porque as leis existem há muito tempo, porém nunca são cumpridas ou as vezes cumpridas por conveniência, atuando ações insignificantes para mostrar serviço e fazendo vistas grossas por aquelas que realmente deveriam ser coibida.
Estas atitudes, nos levam a acreditar que alguém esta levando vantagem para agir desta forma, são por estas e outras que muitas coisas não funcionam em nosso país - "corrupção"-, o que precisamos na maioria dos segmentos da sociedade brasileira são autoridades e agentes comprometidos com a verdade, bonsenso e amor a pátria, pois pessoas assim agem com discernimento e sente-se realizadas por apenas desempenharem responsavelmente o seu trabalho. Desculpe-me pelo desabafo porque sinto que às vezes pessoas que procuram agir com decência são tratadas como marginais e marginais tratados como referência. |
IRIA MARIA DAVANSE PIERONICUIABÁ - MATO GROSSO EM 25/01/2008
Não acredito que bancos oficiais estavam emprestando recursos financeiros para fomentar o desmatamento.
Entendo, por outro lado, que as medidas restritivas agora tomadas o foram de forma a aplicar sanções àqueles que infringirem a lei. Todavia, vejo que a política de restrição está voltada apenas aos que labutam na zona rural, herdeiros de antepassados que antenderam ao chamamento do INCRA para desbravar a amazônia como forma de evitar sua apropriação por estrangeiros, sob a rubrica de que "só adquiria a propriedade se ela fosse aberta "desmatada" ou seja trabalhada a terra". Vale lembrar que o desenvolvimento de um "projeto" não se faz da noite para o dia, muitas vêzes levam-se anos, uma vida, a bem da verdade, e com os agricultores e agropecuarista não é diferente. Todos dedicaram sua vida, a de suas famílias, fizeram sacrifícios enormes para construir um patrimônio, investiram tudo na propriedade rural, tudo com a garantia de propriedade declarada na Constituição Federal e com a garantia do Governo Federal, através do INCRA. Agora, no momento de colher os frutos, novo golpe esta sofrendo, mediante a política de restrições na compra de sua produção. Convém registrar que até hoje ninguém deu sua cota de sacrífio para o bem da coletividade. Todos as pessoas querem usufruir de ar puro e água, de temperatura ambiental agradável, mas continuam comprando carro e poluindo; consumindo refrigerante transportados em garrafas pet; tomando leite em embalagens de alumínio; as cidades continuam jogando seus detritos nos rios; área de lazer poluindo reservas ecológicas, etc. Estamos esquecendo das efetivas contribuições que os ruralistas tem dados à nação brasileira, por exemplo o saldo da balança comercial com a exportação de grãos e carnes; alimentos chegando à mesa das pessoas a um preço menor, como veemente noticiado pela TV, Rádio e outros meios de comunicação. Contudo, ninguém comenta em criar uma política de compensação (ex.: pagar aluguel pela área preservada) a cada proprietário de terra, como um meio de indenizar pelos suor derramado, pelos sacrifícios ocorridos ao longo de suas vidas, bem como pelo valores pagos pela área legalmente adquirida e que a Constituição lhe garante o direito de propriedade, ainda que relativo. Como somos, todos, potenciais poluidores, temos que arcar, conjuntamente, com os prejuízos por todos nós causados, não podemos atribuí-lo apenas a uma área da cadeia produtiva. Do contrário, teríamos que voltar à idade da pedra (caça, pesca,...). |
MÁRCIO FONSECA DO AMARALALEGRETE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 25/01/2008
O que choca os leigos como nós no assunto é que "agora não serão mais financiados com recursos oficiais quem estiver destruindo a Amazônia". Então quer dizer que até ontem éramos (contribuintes) financiadores disto aí?
E onde é que estavam as autoridades defensoras do meio-ambiente, até então? Onde é que fica a esperança de um dia conseguiremos preservar o meio-ambiente, se há financiamento para destruí-lo... Só nos resta a indignação. |
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