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Fenicafé discute inovações da cafeicultura irrigada

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/03/2009

4 MIN DE LEITURA

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Muitos produtores já aderiram ao plantio de café com sistema de irrigação, motivados pelos resultados satisfatórios obtidos com a prática, e para evitar maiores prejuízos causados pela estiagem. A procura de informações técnicas, principalmente no que se relaciona à incidência da irrigação nos custos de produção, realmente tem surpreendido os especialistas.

O XI Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, realizado durante a XII Feira de Irrigação em Café do Cerrado, a Fenicafé 2009, destacou a irrigação e apresentou as inovações do setor.

O pesquisador Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca, da Embrapa/Incaper (Insituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) realçou as condições em que se deu o desenvolvimento da cafeicultura no estado até o fim dos anos 60 e o apoio posterior do Governo Federal com o Plano de Renovação da Lavoura Cafeeira, quando da expansão da atividade a partir do advento do café solúvel e de sua utilização em "blends" com o café arábica nos chamados "torrados e moídos".

O conilon é uma variedade de café tolerante a temperaturas elevadas. Cultivado com base nas tecnologias recomendadas pela pesquisa, tem potencial para alcançar produtividades entre 120 a 150 sacas beneficiadas/ha, o que é considerado um bom desempenho, afirma Aymbiré.

Irrigação

Apesar de o Brasil possuir em seu território 8% de toda a reserva de água doce do mundo, 80% dessa água encontra-se na região Amazônica, ficando os 20% restantes circunscritos ao abastecimento das áreas do território onde se concentra 95% da população. Por isso, apesar do grande potencial hídrico, a água é objeto de conflito em várias regiões brasileiras. A irrigação é um importante usuário de água, contudo, mesmo gerando conflitos, a intensificação dessa prática configura uma opção estratégica para o desenvolvimento do país. Segundo estudos coordenados pelo professor Dr. André Luís Teixeira Fernandes, coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café, atualmente apenas 2,87 dos 29,6 milhões de hectares irrigáveis estão sendo efetivamente utilizados.

O consumo de água derivada dos mananciais está estimado em 33.777 milhões de m3/ano, e o de energia elétrica, de 7.789 GWh/ano. Estima-se que a agricultura irrigada brasileira seja responsável por cerca de 1,5 emprego/ha. Mantendo-se este índice, a irrigação tem potencial para empregar aproximadamente 24 milhões de pessoas no Brasil.

Assim como existem vantagens e desvantagens provenientes do uso da água para a irrigação, o mesmo ocorre para os outros usos. Portanto, os projetos hidráulicos devem considerar obrigatoriamente o uso múltiplo da água e, segundo análises sociais, econômicas e ambientais de cada um dos usos, devem-se determinar as diretrizes para a melhor gestão dos recursos hídricos visando sempre o melhor para o bem-estar da nação.

Quanto ao tipo de irrigação adequada, o produtor pode optar por diferentes sistemas. Uma delas é o pivô central, mais indicado para áreas maiores, com declividade até 20%, exigindo menos mão de obra. Já o de gotejamento, que apresenta baixo custo de instalação, serve para lavouras pequenas (até 10 hectares) em qualquer tipo de solo, declives em até 30% e regiões de baixa disponibilidade de água. Já a tripa, de custo inicial inferior, exige mais mão-de-obra, recomendando-se sua utilização em áreas pequenas e médias (até 30 hectares), em qualquer tipo de solo e boa disponibilidade de água.

Em circunstâncias normais, o café sequeiro rende 22 sacas beneficiadas, por hectare, na primeira safra, chegando a 103 sacas no final de três safras, ao passo que o café irrigado rende 37 na primeira e 150 sacas nas três safras. Já em circunstâncias anormais, como a forte estiagem, a diferença é bem maior em favor da área irrigada. O café sequeiro este ano, na primeira safra, em algumas lavouras ainda atingiu perto de 15 sacas, enquanto em outras não chegou sequer a render seis sacas por hectare.

Tratamento da Água para irrigação

Segundo Roberto Testezlaf, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola/UNICAMP, para minimizar os riscos de contaminação da água, é necessário que sejam seguidos determinados padrões de qualidade exigidos para às águas de irrigação. "A qualidade da água de uma propriedade agrícola deve ser sempre analisada antes de ser usada para irrigação. Se a água não for tratada adequadamente os equipamentos de irrigação podem sofrer graves danos e a atividade agrícola sérios prejuízos", afirma Roberto.

De acordo com o Dr. Roberto, a baixa qualidade da água utilizada em irrigação aumenta os gastos com manutenção e reduz a eficiência do sistema. "A contaminação que você vê e a que você não vê determina a qualidade de água que você usa para qualquer objetivo. Somos todos responsáveis pela qualidade de água do local que vivemos; por isso, precisamos participar de organizações que discutem as questões sobre a água. Mais cedo ou mais tarde pagaremos de alguma forma (com dinheiro ou em detrimento de nossa saúde) pela baixa qualidade de água que usamos", conclui.

Os assuntos abordados pelos professores foram apresentados e discutidos durante a Fenicafé 2009, promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA).


O professor André Luís T. Fernandes durante sua palestra: "Projetos e manejo da irrigação no novo cenário de cobrança pela água".

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