A Fazenda Recreio trabalha com produção de cafés especiais, porém a maturação dos grãos também está desuniforme. "Uma vantagem nossa aqui é a boa distribuição de variedades, dividindo a maturação em várias épocas: iniciamos no Bourbon, passamos pelo Icatu, Mundo Novo e terminamos nos Catuaí ... isso ajuda bem a "tentar" colher maior parte de Cereja maduro", comenta Diogo.
Diogo concedeu entrevista ao CaféPoint falando sobre a produção de café na Fazenda Recreio e como conseguem agregar valor aos cafés lá produzidos.
Ouça a entrevista completa e confira abaixo os destaques.
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"A Fazenda Recreio tem 605 ha, sendo 233 ha com café. Mais de 50% da área é da variedade Bourbon amarelo, de excelente qualidade. Trabalhamos com tratos culturais manuais, pois a topografia não permite mecanização."
"Nas demais áreas temos plantio de eucalipto e gado de corte."
"Ainda não iniciamos a colheita, devendo começar lá pelo dia 18 de maio, mas a maturação está bem irregular, muitos grãos verdes. Estamos esperando amadurecer mais os grãos."
"Procuramos trabalhar com cafés especiais, principalmente com pequenos e microlotes personalizados, identificando a sacaria, com o tipo e muitas vezes até com o talhão. Com isso temos conseguido agregar bastante valor."
"Trabalhamos com certificação UTZ há 2 anos, e já vemos uma melhoria grande na fazenda na parte de gerenciamento do pessoal e ambiental também. A certificação nos cobra sem termos obrigação de pagar multa, assinar termo de conduta, entre outros."
"Em termos de agregar valor, a certificação é diferencial. Um argumento a mais que temos para poder vender nosso café."
"A diversificação de culturas ajuda bastante na renda. O eucalipto é uma cultura de fácil manejo e gera boa renda que ajuda a manter a fazenda."
"Em relação ao mercado, nos últimos dias parece até que deu uma melhorada nos preços do café, mas acho que entrando na nova safra a tendência é dar uma recuada. Acredito que mais para o final do ano e começo do ano que vem, falando da próxima safra, o café vai estar bem mais valorizado do que hoje, assim espero."
"A minha principal dica é investir em qualidade. Os cafés do Brasil tem que ser visto lá fora como um café de qualidade e não como uma commoditie qualquer, tentando sempre melhorar o preço de venda dos produtores que estiverem investindo nisso."