A Coca-Cola Co. e a torrefadora italiana de café Illycaffè esperam que os consumidores de café em todo o mundo comprem suas novas bebidas de café enlatadas apesar da crise econômica que tem levado muitas pessoas a cortar seus impulsos de compras.

"Ainda acreditamos que, apesar do atual ambiente econômico, o setor continuará bem e crescendo", disse o diretor executivo da Coca-Cola, Muhtar Kent, em uma conferência de imprensa onde as companhias discutiram a Ilko Coffee International, uma joint venture que formaram há mais de um ano para vender as bebidas de café enlatadas "illy issimo".

O presidente da Illycaffè, Andrea Illy, disse que a recessão está mudando os hábitos de consumo de café das pessoas. "As pessoas vão menos a cafeterias e isso representa uma grande oportunidade para captar o consumo em outros locais com nossos produtos".

As bebidas illy issimo são agora vendidas em 15 países, principalmente na Europa, e a Coca-Cola disse que espera estar em 20 até o final do ano. As bebidas foram recentemente lançadas nos Estados Unidos, com distribuição em Los Angeles, Nova York e San Francisco.

O mercado dos EUA, no valor de quase US$ 2 bilhões, é dominado pela joint venture da PepsiCo Inc. e a Starbucks Corp. que vende as bebidas Starbucks Frappuccino e Doubleshot engarrafadas.

As bebidas illy issimo, da Coca-Cola, que incluem um expresso, um latte macchiato e um capuccino, custam cerca de 15% a mais do que as bebidas da Starbucks, disse a companhia. A empresa está visando locais mais sofisticados de vendas, como o Whole Foods Market Inc.

As bebidas serão em breve lançadas no Japão, que as companhias disseram que representa aproximadamente um mercado de US$ 17,4 bilhões para bebidas de café prontas para beber.

A marca agora tem cerca de 17% de participação de mercado em 10 países que fizeram parte de seu lançamento inicial, como Croácia, Grécia e Ucrânia. "Nosso objetivo é conseguir liderança - e isso será pelo menos 30% de participação do mercado global de cafés prontos para beber em todo o mundo", disse Kent.

A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.