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Café: a alquimia para a saúde

POR ENSEI NETO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/11/2008

9 MIN DE LEITURA

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A disponibilidade de alimento é o principal fator para que uma espécie permaneça num determinado lugar. Enquanto houver abundância ou, no mínimo, o suficiente para que a fome não lhe aperte, continuará aí estabelecido.

Porém, nem sempre os alimentos estão sempre disponíveis, sejam por razões climáticas ou devido a um processo extrativista que desequilibre a sua contínua oferta. Por este motivo é que diversas espécies animais, e mesmo nós, nos primórdios da Humanidade, mantém ou mantiveram uma essência nômade. A migração das andorinhas devido à alternância das estações se constitui em excelente exemplo.

A evolução do Homem teve dramático impacto com a descoberta e domínio do fogo, poder quase divino que se mostrou eficiente tanto como instrumento para proteção contra intempéries climáticas quanto para manter segura distância dos animais selvagens. Por outro lado, este domínio das possibilidades que o fogo confere proporcionou uma pequena revolução nos, digamos assim, costumes da raça humana: ao lado do desenvolvimento das habilidades e técnicas de caça, da domesticação dos primeiros animais e, finalmente, do aprendizado do cultivo dos primeiros cereais, o seu uso para tratar os alimentos fez com que os nossos ancestrais pudessem se fixar em determinados sítios.

O uso do fogo, na realidade, permitiu que se melhorasse a palatabilidade de alguns alimentos disponíveis, principalmente os provenientes da caça e da pesca, tornando a alimentação no geral mais rica. Ao incrementar o seu cardápio, o homem começou a compreender melhor a sazonalidade da oferta dos alimentos ao longo do ano em decorrência da mudança das estações. Esta capacidade de compreensão despertou uma importante percepção: a necessidade de conservar os alimentos para os momentos de escassez.

A conservação dos alimentos pode ser feita basicamente por dois tipos de processos: os de natureza química e os de natureza física.

Os processos de natureza química para a conservação dos alimentos normalmente envolvem fermentações por leveduras ou bactérias, que realizam a transformação das substâncias que compõem o alimento ou mesmo parte de sua estrutura para outras que são mais estáveis aos processos de oxidação, que é o que torna o alimento velho, ou de degradação por ataques de microorganismos, que os apodrecem. Exemplos: conservas como os picles são produtos decorrentes de uma sucessão de fermentações envolvendo diferentes leveduras, enquanto que os queijos Camembert e Gorgonzola são resultados de fermentações bacterianas.

No caso da conservação dos alimentos por meios físicos, o principal objetivo é o de retirar toda a água que é denominada "Água Livre", ou seja, que não está intrinsecamente ligada à estrutura do alimento. É esta água que faz com que os processos químicos ocorram dentro do alimento, deteriorando-o. O caso da fermentação acética dos cafés cerejas amontoados é um clássico exemplo do tipo de estrago que a Água Livre pode fazer.

Outro processo consiste na diminuição da disponibilidade de oxigênio, principal agente para a degradação da comida através das reações de oxidação. No entanto, nosso foco ficará nos processos físicos que envolvem a desidratação, pura e simplesmente.

A quase ausência da Água Livre faz com que os alimentos se conservem por muito tempo. É o que acontece com a comida desidratada, como sopas em pó e cereais em flocos, que têm data de validade bastante longa. A desidratação pode ser a quente ou a frio, quando a energia térmica é envolvida diretamente, ou, então, utilizando-se alguma substância que irá gerar diferente nível de concentração de sólidos dissolvidos e, conseqüentemente, promover a retirada da água por migração. Pode ser citado como exemplo para este caso o uso da salga nos alimentos, como no caso da carne seca ou dos peixes, promovendo a desidratação por diferença de concentração.

O uso da energia térmica ou simplesmente calor, seja originada pelo fogo, seja através de qualquer fonte como o próprio sol, promove a retirada da água pela sua evaporação. Este é o processo, para se ter idéia, utilizado para produção industrial de café solúvel pelo método "Spray Dryer", que consiste na aspersão de micro-gotas de café preparado num fluxo de ar quente.

O roteiro inverso é o uso do frio. Congelar a Água Livre evita que os microorganismos sobrevivam ao mesmo tempo em que praticamente as reações químicas de envelhecimento do alimento, que são as de oxidação, ficam paralisadas.

O emprego da energia térmica, no caso do café, tem, inicialmente, o objetivo de conservar o grão cru. Deve ser lembrado que o café é um fruto, cujas partes que nos interessa para o consumo são suas sementes. É aqui que se difere da jabuticaba, que dela queremos sua polpa deliciosamente adocicada.

Assim, a retirada da Água Livre é feita através dos processos de secagem, que pode ser feita naturalmente ou com um empurrãozinho da tecnologia. A seca natural é feita empregando a abundância do sol sobre os terreiros ou, eventualmente, quando ocorre na própria planta. A tecnologia nos coloca à disposição diversos tipos de secadores, sejam verticais, horizontais ou mesmo na forma de silos, cada qual com suas características operacionais, porém todos buscando o mesmo resultado final: o ponto correto de finalização da seca.

Grão com umidade final correta certamente conservará as delicadas substâncias de aroma e sabor do café, muito suscetíveis à oxidação, que acaba sendo acelerada na presença da Água Livre. Além disso, o excesso de umidade no grão pode favorecer a ocorrência de ataques de fungos e até bactérias indesejáveis, prejudicando ainda mais a qualidade da bebida devido às alterações bioquímicas.

O processo de retirada da Água Livre deve ser realizado com uma velocidade coerente, pois caso a secagem seja muito rápida e sob altas temperaturas, a água em evaporação acabará carreando consigo substâncias mais voláteis. Resultado: muitas vezes um café com bebida muito sem graça...

Quando se faz referência aos efeitos benéficos do café, deve ficar claro que é imprescindível que ele tenha sido colhido plenamente maduro e passado por um processo de secagem correto, antes de seu, digamos assim, "Período Sabático", quando descansa esplendidamente nos armazéns.

Ao descobrir que o uso do fogo pode melhorar o sabor dos alimentos, o homem passou a fazer um emprego mais sofisticado desse impressionante elemento da natureza. Dessa forma, não serviria apenas para conservar os alimentos, mas, a partir desse momento, poderia ser dada vazão ao espírito da experimentação e do prazer da busca do melhor para o paladar que pudesse ser obtido.

Cozinhar, assar ou grelhar são técnicas que foram apuradas e depuradas com o tempo, sendo cada qual empregada para a obtenção de resultados específicos mesmo usando uma única matéria-prima. O desenvolvimento destas técnicas está ligado à evolução de costumes e, também, ao maior acúmulo de conhecimento.

No instante em que se descobriu que, assim como outras incríveis sementes, o café sob tratamento térmico poderia sofrer transformações que levam a um produto de grande complexidade de sabor, ele, sem dúvida conquistou o paladar da humanidade.

Existem regras para o uso do calor para cada tipo de alimento, a fim de que o melhor dele possa ser preservado. Sabe-se que verduras cozidas no vapor preservam melhor algumas vitaminas importantes para a saúde humana, bem como o tratamento de fluidos como o leite e sucos a altíssimas temperaturas, porém em curtíssimo tempo, se revela muito eficaz, esterilizando-os e mantendo as qualidades nutritivas.

Terminado seu "Período Sabático", para o grão cru de café enfrentar um novo tratamento térmico significa sua "Transformação Final". É quando ele deixa de ser uma simples semente inertizada para se tornar base de uma bebida de fantástica complexidade de aroma, sabor e elementos nutricionais.

Algumas das substâncias que são benéficas para a saúde dependem de um correto tratamento térmico durante o processo de torra do café. A ausência de defeitos capitais, conhecidos pela sigla PVA, de Pretos, Verdes e Ardidos, é fator de muita importância também. É incoerente relacionar o café bebida com saúde se caso forem empregados grãos que contenham substâncias indesejáveis como compostos fenólicos, que atacam a mucosa do estômago, ou mesmo o ácido acético, que é base do vinagre e aumenta a acidez no trato digestivo.

Por outro lado, o tratamento térmico, ou seja, a torra do café deve ser criteriosa. Nem mais, nem menos... apenas justo. É importante que se tenha conhecimento das principais substâncias que compõem o café, das quais mais de 800 são formadas durante o processo de torração, sendo que sua terça parte corresponde aos compostos aromáticos.

Uma curva de torra típica, no caso tomada em um torrador de prova, é apresentada a seguir:

Figura 1. Curva de Torra: torrador de prova

Fonte: Specialty Coffees Bureau

Na fase inicial da torra, diz-se que o processo é "endotérmico", ou seja, o grão de café absorve toda a energia disponível, principalmente devido à água presente em seu interior e que possui capacidade impar de "roubar" calor enquanto em sua fase líquida.

Quando está a perder a Água Livre, a temperatura do grão fica em torno dos 100ºC, que corresponde ao ponto de ebulição da água. Nesse momento, forma-se vapor em decorrência da mudança de fase da água no interior das células dos grãos do café, que acabam estourando e provocando um estalido típico denominado "pop", neste caso o primeiro deles. Também, devido à alta temperatura, pigmentos de cor como a clorofila, que confere coloração verde, e a antocianina, da cor azulada, se decompõem e deixam que uma cor amarelada a levemente dourado-palha tome conta do grão de café.

Depois desta etapa, o processo muda seu perfil, passando para "exotérmico", ou seja, reações onde existe liberação de energia. É quando os açúcares começam a sofrer a "reação de pirólise", que é a quebra das moléculas pelo calor, formando vapor de água e gás carbônico, além de gerar calor excedente. É quando se ouve o segundo "pop". A temperatura, neste ponto, fica entre 190º C e 205º C.

Observar a variação da temperatura ao longo da torra do café é muito importante, pois diversos compostos podem ser formados a partir da decomposição de outros. O ácido cítrico, por exemplo, é o principal ácido presente nos Cafés do Brasil, conferindo característico sabor azedinho que lembra o do limão e a da laranja. Sua temperatura de ebulição é 175º C; portanto, se a torra do café permanecer por muito tempo em temperaturas acima desta, haverá, então, sensível diminuição da acidez na bebida, o que pode ressaltar, em contrapartida, o corpo.

Corpo é a sensação na boca que lembra entre experimentar a água e o azeite de oliva. O azeite é encorpado. Da mesma forma, para substâncias consideradas benéficas para a saúde, como os ácidos clorogênicos, durante a torra do café num ponto considerado "Torra Média", em geral, podem ser perdidos quase dois terços deles por decomposição pelo calor. Isto significa que se a torra do café for muito intensa, certamente a quantidade de compostos associados aos ácidos clorogênicos diminuirá e assim pode-se concluir que os efeitos benéficos para a saúde também serão menores.

A cafeína é bastante estável, pois sua temperatura de ebulição é de 238º C, por isso é que, na prática, sua presença no café não sofre grandes alterações após o processo de torra, mesmo naquelas mais intensas.

Enfim, para que o café possa levar seus benefícios para a saúde humana, é fundamental que, além de grãos crus saudáveis, bem colhidos, secos e armazenados, sua torra seja adequada.

Assim como os excelentes vinhos, não basta apenas que parte do processo tenha sido feito corretamente, mas, isto sim, todo o conjunto. Assim sendo, resta apenas brindar com excelentes xícaras!

ENSEI NETO

Especialista em Cafés Especiais.
Consultor em Qualidade e Marketing, Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Produtos & Novos Mercados.
Juiz Certificado SCAA e Q Grader Licenciado.

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MONICA WOITEXEN

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SANTA CATARINA - ESTUDANTE

EM 17/11/2008

Parabéns pelo artigo! Sou estudante de gastronomia, estou me aventurando com meu TCC sobre café. Pena que não existam diversas bibliografias confiáveis sobre o assunto, ainda mais quando se fala em café na gastronomia, é quase nulo.

Parabéns e obrigada pela ajuda indireta na minha pesquisa.
ROBERTO DEVIENNE

CRUZEIRO - SÃO PAULO

EM 16/11/2008

Achei o artigo muito interessante e apesar de termos experiência na área considero que sempre estamos tomando conhecimento de fatos que escaparam ao nosso conhecimento. As considerações sobre PVA são importantes porém no caso de produção de café solúvel, dependendo do destino final, se utilizam cafés baixos, ou seja, com maior quantidade de pretos e ardidos. Inclusive, tenho conhecimento que na India se fabrica cafe com 20% de pretos e existem empresas que fabricam cafe soluvel com 100% de pretos - eu mesmo provei este café em uma empresa de Cingapura.

Devido ao custo da matéria-prima nota-se que o percentual de conilon é bem alto devido o poder aquisitvo da população. Claro que existem cafés de boa qualidade, porém o custo é mais para classe média e também os cafés goumets que são os melhores.

Creio que é um setor que o Brasil deve explorar pois está crescendo muito e quando viajamos ao Ecuador conhecemos alguns produtores locais que atuam nesta área, compramos café de Galápagos e também tem uma empresa chamada Escoffee que atua neste setor embora pequena tem vários blends e variedades que considero de boa bebida.

Quanto ao fator curva de torra este item é muito importante e considero que os torradores que utilizam deste sistema de controle são os mais indicados e um que tem tido grande sucesso no Brazil é o Torrador Turbo da Leogap pois pela sua engenharia permite obter um café com mais aroma se comparado com torradores de tambor único. Além do fato que a torra ( propriamente dita) se efetua em 3.5 minutos. É um torrador de quarta geração e tem uma câmara para pre-secagem do café antes da fase de torração, e neste caso se utiliza grande volume de ar o que permite torrar com menor temperatura em beneficio da qualidade.
ENSEI NETO

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/11/2008

Prezado Sérgio,

A armazenagem do grão de café depende basicamente de dois fatores: do grau de umidade interna do grão e das condições ambientais do armazém.

Em geral, o teor recomendado para a umidade de finalização de secagem fica em torno de 11%, podendo, no caso dos descascados, ficarem com até 10,5%.

Este teor de umidade tem relação direta com o número de "barreiras" que o grão possui em relação às condições ambientais, pois caso o armazém permaneça durante muito tempo com elevada umidade relativa do ar, cuja recomendada fica entre 50% e 60%, principalmente se combinada com temperaturas bem acima dos 25.C, pode ocorrer a absorção de água, que se converterá em Água Livre.

O descascado possui apenas uma barreira e que é mais tênue, que é o pergaminho, enquanto que o em côco, duas, contando a casca externa.

Em regiões tropicais o tempo de armazenagem para o café beneficiado não pode ser muito extenso devido à essas questões, o que explica o porquê há um grande esforço para se realizar a exportação dos melhores cafés brasileiros até meados de dezembro de cada ano.

Caso você possa manter em pergaminho, antes de se fazer a torra do grão, o benefício pode ser com pequeno espaço de tempo sem prejuízos. Ao menos 20 dias de descanso para o descascado antes do benefício é sugerido, enquanto que para o natural, ao menos de 30 a 45 dias.

Grande abraço
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 04/11/2008

Parabéns por tocar em assuntos para os quais a grande maioria das torrefadoras "não está nem aí": SAÚDE e QUALIDADE do produto consumido pelas pessoas.

Torram PVA, escolha, conilon com mais de 600 defeitos e pior, palha e outras coisas mais. Produtos, estes que deveriam retornar à lavoura sob forma de matéria orgânica/adubo.

É por estas e outras razões que o nosso consumo interno não aumenta como deveria aumentar. Alguns cafés torrados e moídos, muito bem colocados por você, atacam o sistema gastro-intestinal causando desconforto em quem os consomem. Cconsequentemente, um consumidor /multiplicador a menos para o café.

Tenho provas concretas disto: minha mulher não passa bem sempre que toma "desses cafés". (Hoje, em casa, seleciono o café, torro e é moído em quantidades pequenas suficientes para consumo máximo de até 5 dias).

Será que estes cafés de baixa qualidade (e com selo da ABIC) comercializados de norte a sul são ruins só para enquadrarem dentro do poder aquisitivo do brasileiro ou tem algo mais?

É preciso que mais e mais gente (consumidor final) saiba dos benefícios que um bom café com a torra adequada traz à saúde humana.

Parabéns!
CLODOALDO IGLEZIA

ARARAS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 03/11/2008

Boa tarde Ensei. Escrevo para parabenizar tão belo artigo que vem muito ao encontro com todo o trabalho da cadeia café. Questões abordadas com tanta ênfase e técnica como esta abrilhantam e somam aos nossos pequenos conhecimentos.
SERGIO VENUTO

RESENDE - RIO DE JANEIRO

EM 03/11/2008

Oi, Ensei. Parabéns por mais um artigo. Aproveitando o assunto, principalmente quando você aborda o "período sabático", gostaria de saber se existe algum estudo e/ou experiência sobre quanto tempo deve o café verde descansar (pós-colheita) antes de ir para a torra.

Bem, alguns pontos: 1- O tempo de descanso mínimo e máximo e sob quais condições de armazenagem (% UR e Temperatura). 2- A data ideal de retirada do pergaminho (quantos dias antes da torra). 3- Se há algo mostrando a umidade ideal do produto verde (11,5%, confere?), a máxima e a mínima.

Abraços

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