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Aquecido, mercado de café atrai novos investimentos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/06/2008

3 MIN DE LEITURA

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O fundo americano TPG (Texas Pacific Group) negocia a compra de 25% de participação na Strauss-Elite, indústria de café de capital israelense que no Brasil controla 50% da torrefadora cearense Santa Clara, a segunda maior do país, e 100% da mineira Três Corações.

A negociação comprova que é crescente o interesse de fundos nesse mercado, que apresenta consistente tendência de aumento do consumo global. Uma vez concretizada, a entrada do fundo na Strauss-Elite também deverá reforçar as empresas do grupo no país, onde o movimento de concentração voltou a ganhar força.

Um dos maiores fundos americanos, com participações em companhias nas áreas farmacêutica, tecnológica e de serviços, o TPG pretende investir US$ 288 milhões na Strauss-Elite, sétima maior companhia global de café, segundo comunicado enviado pelas duas empresas. Para a Strauss-Elite, a injeção de recursos de seu novo sócio dará maior musculatura para que a companhia amplie sua atuação em café no Brasil e mercado internacional.

O grupo israelense fez sua estréia no Brasil em dezembro de 2000, com a aquisição da torrefadora Três Corações, e no fim de 2005 deu um passo maior, com a compra de 50% da indústria Santa Clara, vice-líder na produção nacional de torrado e moído. Os investimentos do grupo no país com essas duas transações foram de US$ 100 milhões. Em 2007, o faturamento global da Strauss-Elite Coffee foi de US$ 2,9 bilhões. Seus negócios de café estão concentrados em Brasil, Israel e Europa.

Embora o Brasil seja o maior produtor e exportador de café, o mercado doméstico de torrado e moído é dominado pelas multinacionais. A americana Sara Lee, que detém marcas líderes no varejo, está no topo, seguida pela Strauss-Elite. A alemã Melitta é a quarta maior.

Foi a própria Sara Lee que no fim dos anos 1990 deu início ao processo de concentração de café no mercado brasileiro, com a aquisição das marcas Pilão, Café do Ponto, União, Caboclo e Seleto. "É um mercado que tem crescimento consistente e os players estão interessados no segmento de produtos gourmets", diz Nathan Herszkowicz, diretor da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

O consumo global de café cresce entre 1% e 2% ao ano e deverá sair de 120 milhões de sacas, verificados em 2007, para 145 milhões de sacas em 2020, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). No Brasil, saltou 42% nos últimos dez anos, para 17,3 milhões de sacas. As indústrias do país vivem um bom momento, com a demanda aquecida. O setor produtivo, contudo, não deve elevar investimentos em novos cafezais, por conta da menor rentabilidade em relação a outras culturas.

O movimento de concentração ganhou força a partir dos anos 2000, mas os fundos só começaram a olhar esse mercado há três anos. Em 2006, a Gávea Investimentos, através de fundos, adquiriu 25% de participação no Ipanema Coffees, que reúne fazendas produtoras de cafés especiais em Minas Gerais. Neste mês, a Gávea decidiu realizar lucro e vendeu 20% de sua participação para o grupo norueguês Friele e outros 5% para os próprios controladores da Ipanema.

Outros grupos brasileiros também têm sido cobiçados para receberem investimentos de fundos. A torrefadora São Braz, da Paraíba, terceira maior do Nordeste, estava em negociações com a Rio Bravo Investimentos. Segundo Rosenvaldo de Melo, diretor-administrativo da companhia, o negócio não foi levado adiante porque os grupos não chegaram a um acordo.

Pulverizadas, com cerca de 1.200 torrefadoras e mais de 2 mil marcas de café no país, as operações de aquisições nesse segmento ocorriam nos últimos anos, sobretudo, na região centro-sul do país. As grandes torrefadoras do Nordeste, que aparecem no ranking das dez maiores, trabalhavam para avançar na região Sudeste. Hoje, o movimento é contrário: as gigantes que estão instaladas no centro-sul querem dominar o mercado inexplorado do Norte e Nordeste.

No mercado internacional, a produção está fortemente concentrada há anos, mas as aquisições continuam efervescentes. As gigantes Nestlé e Kraft Foods brigam para disputar a liderança. Neste mês, a Procter&Gamble anunciou que deverá vender a Folgers, seu braço em café, para a fabricante de doces JM Smucker. As informações são do Jornal Valor Econômico.

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