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Agronegócio cresce o dobro da economia geral em 2011

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/03/2012

3 MIN DE LEITURA

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Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com o apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cresceu o dobro do PIB nacional calculado pelo IBGE. Enquanto o agronegócio avançou 5,73% (a preços reais), totalizando R$ 942 bilhões (em reais de 2011, ou seja, descontada a inflação), a economia como um todo se expandiu 2,7%, indo para R$ 4,143 trilhões, segundo o IBGE. Com isso, a participação do agronegócio no PIB nacional aumentou de 21,78% em 2010 para 22,74% em 2011.

Os resultados atuais do PIB do Agronegócio, no entanto, devem ser ligeiramente alterados no final deste mês, quando o IBGE divulgará volumes de produção pecuária referentes ao último trimestre de 2011 que são considerados na estimativa do PIB feita pelo Cepea.

Os responsáveis pelos cálculos, o professor da Esalq/USP Geraldo Barros e os pesquisadores Dra. Adriana Ferreira Silva e Dr. Arlei Luiz Fachinello, destacam a importância de se ter esse crescimento superior a 5% após um ano em que o agronegócio já havia crescido 7,36%. No acumulado dos dois anos, o crescimento se consolida em 13,51%.
Para os consumidores, no entanto, a alta nos preços dos produtos agropecuários pesaram no bolso, superando a inflação geral da economia. Conforme dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que representa 26% do IPCA, foi o que exerceu o maior impacto sobre a inflação no ano passado, ainda que tenha crescido menos que em 2010.

Considerando-se de forma ponderada todas as cadeias e segmentos e dos dois setores, os pesquisadores do Cepea destacam que, de janeiro a agosto, o agronegócio manteve taxas mensais oscilantes, mas sempre positivas; em setembro e outubro, apesar de desacelerar, o setor ainda cresceu. Já nos dois últimos meses, houve inversão na tendência expansionista, mesmo com a desvalorização do Real frente ao dólar ajudando a minimizar as perdas no faturamento com as exportações do agronegócio devido aos recuos dos preços internacionais.

Com base nos dados disponíveis até então, constata-se relativo equilíbrio entre os desempenhos dos setores agrícola e pecuário. O primeiro cresceu 5,57% e o segundo, 6,14. Já quando são analisados os segmentos que compõem o agronegócio, nota-se nítida vantagem para os segmentos de insumos e primário ("dentro da porteira" ou básico). Já a indústria, tanto na agricultura quanto na pecuária, teve baixo desempenho, chegando mesmo a ser negativo na pecuária - o único segmento a acumular queda no ano. A distribuição teve crescimento intermediário, de 4,74% na agricultura e de 3,52% na pecuária.

Os pesquisadores do Cepea chamam a atenção para o fato de que a alta dos insumos pressionou a margem de lucro dos produtores rurais, em especial no segundo semestre, quando os preços agropecuários perderam ritmo. Na agricultura, o aumento na renda do produtor (+12,31%) se sobrepôs ao crescimento dos insumos (+11,16%), o que significou certo alívio ao segmento primário. Entre as culturas, o maior destaque foi o desempenho do algodão, que registrou alta de 106,64% em seu faturamento. O café e o milho também acumularam crescimento significativo em 2011, ambos em torno de 34%. Na soja, a expansão foi de 17% e, na cana-de-açúcar, de 8,66%. Conforme os pesquisadores, essas culturas representam, em média, 65% do valor bruto da produção agrícola.

Já nas atividades primárias da pecuária, o crescimento não foi suficiente para superar a alta dos insumos (taxas de 8,85% e 11,82%, respectivamente), prejudicando a renda apropriada pelos produtores. Com preços em forte crescimento, a atividade avícola foi o destaque do ano: crescimento de 30%. As atividades leiteira e de produção de ovos também finalizaram 2011 em alta de 9,85% e 16,67%, respectivamente. Já a bovinocultura e a suinocultura, ambas para corte, recuaram ligeiramente no ano: 0,45% e 2,82%, nessa ordem.

No segmento Industrial, 10 das 13 indústrias analisadas fecharam o ano em baixa, com destaque para o recuo da indústria de calçados (taxa de -11,58%) e do açúcar (-10,76%). Em sentido contrário, destacaram-se as indústrias de café, óleos vegetais e outros alimentos que, no ano, cresceram 13,44%, 12,06% e 10,49%, respectivamente.

Para o início de 2012, o professor Geraldo Barros ressalta que as preocupações seguem relacionadas ao cenário internacional, especificamente quanto ao desempenho da economia europeia e às importações da China. Para ele, no entanto, ainda que haja recuo no crescimento das exportações do agronegócio brasileiro, não deverá ser de grandes proporções. Além disso, sob a ótica do mercado interno, ele espera demanda firme, o que poderá compensar possíveis perdas advindas do mercado externo.







A matéria é do CEPEA- ESALQ/USP

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