O mercado de café da Argentina está evoluindo com a incorporação de novos hábitos, públicos mais jovens e a multiplicação de produtos para o público local. As cápsulas e as variedades mix (que se combinam com chocolate, creme, baunilha ou leite) impulsionam a expansão que o setor teve nos últimos tempos.

Há seis anos, eram consumidas cerca de 140 xícaras de café anuais per capita no país, enquanto hoje, o consumo é de 191, segundo dados da empresa Nescafé. Se historicamente o café de filtro ganhava frente às outras propostas, nos últimos anos a proporção inverteu e agora é o solúvel que se impõe, com 52% do mercado. Essa categoria faturou mais de 1 bilhão de pesos (US$ 124,95 milhões) e cresceu em 8% em volume.


Foto: Heitor Reali/ Café Editora

Os argentinos consomem 49% em café instantâneo; 29,3% em café moído; 8% de mixes; 7,2% de cafés em cafeterias; 2,6% de maquina; e 1,8% de cápsulas, um segmento que segue crescendo.

Cappuccino, mochaccino, frappuccino: as variedades mix seduzem os consumidores argentinos desde as opções de cafés solúveis até nas cafeterias. No segmento varejista, essas propostas tiveram um crescimento de 10% em 2013, segundo dados da Nescafé, que com o Dolca é um dos líderes, registrando um aumento de 35%. Arlistan e La Virginia são outras marcas que se destacam. “Os mixes foram a categoria de maior crescimento nos últimos cinco anos. A Nestlé está ganhando participação. Contribuem para aumentar a tendência de consumo de café. Há famílias que antes não consumiam café e, hoje, consomem essas misturas entre os jovens”, disse a gerente de Markering da Nescafé, Valeria Rodríguez Pardal.

Como os mixes são muito escolhidos pelo público jovem, segundo ela, percebe-se uma baixa na idade de entrada ao consumo de café: há alguns anos, não era de menos de 18 e agora é de 14 anos.

Embora tenha pouco desenvolvimento, o café em cápsulas, que começou sua conquista na Argentina desde a chegada do Nespresso em 2006, está mostrando um crescimento exponencial. Segundo dados do Nescafé, correspondentes ao setor de varejo, em 2013 a expansão foi de 66%. Faturaram mais de 78 milhões de pesos (US$ 9,74 milhões) no ano passado. Esses números animadores correspondem ao volume de cápsulas vendidas em supermercados das marcas Dolce Gusto, Senseo com café Cabrales ou a marca Oster, om o Café Martínez.

Pardal disse que esse segmento é um dos vetores do crescimento do consumo junto com os mixes. “A categoria de café está evoluindo. Hoje, há muita especialização, passou a ser um produto gourmet. É uma tendência similar à ocorrida no mundo dos vinhos. Há uma avidez do público por conhecer sobre esse universo”, disse a diretora da Nescafé, marca que vendeu 190.000 máquinas Dolce Gusto desde seu lançamento no mercado em 2010.

Das preferências

Na Argentina, 71% do consumo de café é feito em casa. Segundo dados da Nescafé, 9 em cada 10 pessoas prefere adoçar seu café de alguma forma. Metade prefere tomar café com leite. 85% do público total batem o produto antes de toma-lo.

Consumo na Argentina em relação a outros países

Embora os argentinos tomem cada vez mais café, apesar dos hábitos arraigados de consumo de chá mate, há um forte potencial de expansão, já que se consome menos que em países como Chile. A Finlândia é o país com maior consumo, com 1.500 xícaras per capita por ano, ou seja, cerca de quatro por dia por pessoa. No entanto, a China fica no outro extremo, com apenas cinco xícaras anuais.

A reportagem é do https://www.diariobae.com.
Em 28/04/14 – 1 Peso Argentino = US$ 0,12495
7,99690 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)