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Uganda quer que seus moradores locais experimentem beber café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/03/2017

3 MIN DE LEITURA

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Uganda é um dos principais exportadores de café da África, enviando mais milhões de grãos para o exterior do que qualquer outro país do continente, ao lado Etiópia. Uganda exportou cerca de 3,6 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e robusta em 2015, gerando cerca de US$ 450 milhões em receita. Este ano, as exportações de Uganda deverão alcançar um recorde, de acordo com o governo.

Mas Uganda é também esmagadoramente um país consumidor de chá. No ano passado, Uganda consumiu apenas 3% do café produzido. A Etiópia, entretanto, produz regularmente muito mais café do que a Uganda, mas como um dos locais que originaram o café no mundo, os etíopes bebem metade de todo o café que produzem.

Como resultado, os analistas afirmam que Uganda está perdendo centenas de milhões dos dólares que envia ao exterior. Ao beber apenas 10% a mais do café produzido, a Inspire Africa, uma agência de desenvolvimento que, entre outras coisas, promove o consumo local de café, diz que a Uganda poderia acrescentar 7,7 trilhões de shillings (US$ 2,3 bilhões) por ano à economia nacional.

Embora não seja certo que o consumo de café no mercado doméstico acrescentaria tanto à economia, o governo de Kampala parece disposto a apoiar o consumo interno. A Autoridade de Desenvolvimento de Uganda (UCDA), uma agência que supervisiona e promove o setor cafeeiro, tornou prioridade despertar o gosto pelo café nessa ex-colônia britânica que adora chá. Isso faz parte de um esforço maior para quadruplicar a produção total de café do país até 2020, com o objetivo de elevar a economia como um todo.

"Queremos ter certeza de que todo mundo aprecia o valor do café", disse em janeiro o diretor-executivo da agência, Emmanuel Iyamulemye Niyibigira. "Quando você aprecia o valor do café, como um produtor, como um consumidor, você provavelmente investirá na produção do café”.

Muitos cidadãos de Uganda veem o café cautelosamente, como um produto para a exportação em vez de um produto para começar o dia. Assim, o governo de Uganda produziu cartazes com fatos e pontos tentando dissipar a imagem negativa do café. O café, afirma um cartaz do governo, pode ajudar a reduzir as chances de doenças cardíacas, câncer, cirrose hepática e doença de Alzheimer.

A UCDA também treina baristas para fazer lattes e cappuccinos, dando a muitos ugandenses sua primeira experiência por trás de uma máquina de café expresso.

A Good African Coffee, que tem diversos cafés e vende também embalagens de café em pó e em grãos nas lojas, requer que todos os seus baristas façam um curso introdutório e três semanas de um curso avançado através do escritório do governo. "Todos eles são treinados pela UCDA", disse Grace Moreno, gerente geral do café. "Então, eles [UCDA] desempenham um grande papel em impulsionar o café”.

O governo ajudou a Good African Coffee de outras formas, desde que suas operações começaram em 2004.

"O governo viu o potencial para o café em Uganda e eles apoiaram [o fundador Andrew] a defesa de Rugasira. Eles nos ajudaram a comprar o torrador que temos no momento. Eles nos ajudaram a financiar um monte de coisas”.

Ainda, a Uganda tem formas de construir uma forte cultura do café. O preço mais alto é proibitivo para muitos ugandeses, e as velhas tradições de beber chá pesam muito. Reuniões do governo muitas vezes param para pausas de chá durante o dia, mas uma xícara de Nescafé é o máximo de gourmet que os consumidores de café podem esperar. Os produtores cujos meios de subsistência dependem dos grãos de café raramente bebem o seu produto. Mesmo Niyibigira, o chefe da agência de café de Uganda, disse que preferia o chá antes de assumir seu atual cargo.

Ainda assim, há razões para se ter esperança. Na última década, o número de cafeterias no país passou de apenas alguns cafés em grande parte servidos por expatriados para mais de 100. "No início, muitas pessoas pensaram que estávamos loucos para iniciar um café em Uganda", disse Cody Lorance, um executivo da Endiro Coffee, que abriu em 2011. Agora Endiro tem cinco locais em Uganda e em breve estará abrindo uma loja nos EUA, fora de Chicago.

"Os nativos vieram porque apreciaram nossa comida, mas muitos permaneceram leais por causa de nosso café. Prevemos o crescimento contínuo das vendas de café, uma vez que os ugandenses desenvolvem seus paladares coletivos para o café especializado".

As informações são do Quartz Africa / Tradução por Juliana Santin 

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