Os cafeicultores colombianos estão preocupados com os baixos preços do grão no mercado internacional. O gerente da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, Luis Genaro Muñoz, disse que, no caso específico do mercado de Nova York, esse registrou seu pior desempenho desde 1972, com treze dias consecutivos de diminuição de preços e acumulando uma perda durante o mês de 7%.

Ele disse que o mercado de futuros de café robusta não se manteve alheio a essa situação e presenciou uma queda de cerca de 10%, o que acendeu um alarme entre os países produtores do grão.

Muñoz disse que essa situação é produto de uma perspectiva de produção de alta em países como o Brasil. O dirigente disse que, inclusive, algumas entidades que fazem estimativas de colheita, colocaram essas estimativas em cerca de 55 ou 60 milhões de sacas, aspecto que incidirá de maneira determinante no comportamento do preço.

Por isso, espera-se que no ano safra que começou em outubro e terminará em setembro de 2014, um excesso de oferta que poderia ser superior aos 3,7 milhões de sacas, o que equivale a 2,5 meses de consumo mundial.

“Assim como foi exposto, os dados falam por si só, de forma que transitaremos em meio a grandes ofertas e baixos preços e com a expectativa do que pode acontecer em outros países produtores. Nosso grão, como acontece com outros produtos, tanto agrícolas, como financeiros, não escapa da lei de mercado, mas nem por isso abandonaremos nosso trabalho sério e constante de oferecer um grão diferenciado, de qualidade superior, que é reconhecido, apreciado e demandado cada vez mais em todo o mundo”.

A reportagem é do https://www.caracol.com.co, adaptada pelo CafePoint