O Quênia espera que seus ganhos com exportações de café caiam em 3% na estação de 2013/14 (outubro-setembro), principalmente por causa dos baixos preços globais.

O Quênia é um produtor de café relativamente pequeno comparado com outros produtores, mas seu café especial é conhecido por sua qualidade e é muito demandado por torrefadores que misturam os grãos com o de outras nações.

A diretora gerente do Comitê de Café do Quênia, Isabella Nkonge, disse que a expectativa é de lucros de 18 bilhões de xelins (US$ 205,2 milhões) a um preço de US$ 210 por saca de 50 quilos. Os ganhos com exportações foram de 18,5 bilhões de xelins (US$ 210,92 milhões) em 2012/13, menos que o valor revisado de 27,1 bilhões de xelins (US$ 308,9 milhões) no ano anterior.

O Quênia viu no ano passado um declínio geral no valor de seu café, uma tendência que os oficiais disseram que está relacionada com preocupações com a qualidade e melhora na oferta no mercado global.

As exportações de café já foram o principal gerador de divisas com comércio externo do Quênia, mas a má administração do setor reduziu a produção de um recorde de 130.000 toneladas em 1987/88. Muitos produtores de café de pequena escala desiludidos com os baixos lucros da atividade mudaram para outras colheitas ou venderam as terras.

“Os preços médios caíram de US$ 220 por saca de 50 quilos em 2012 para uma média de US$ 166 por saca em 2013. A qualidade do café também continuou declinando devido às práticas agrícolas ruins a nível de fazenda. Os preços do café podem continuar caindo devido à abundância na produção”.

As projeções são de que o Quênia produza 50.000 toneladas de café em 2013/14, mais que as 39.825 toneladas da safra anterior, impulsionada pelo clima melhor, melhor prática agrícola e maiores investimentos pelos produtores.

Nkonge disse também que uma disputa entre governos regionais e produtores sobre onde a commodity pode ser comercializada poderá afetar o desempenho da indústria nessa estação.

A reportagem é da Reuters, adaptada pelo CafePoint