ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Pequenos produtores de Honduras se unem para exportar

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/07/2014

3 MIN DE LEITURA

0
0
“Sou o homem mais odiado pelos intermediários”, disse o produtor hondurenho, Roberto Salazar, que há 15 anos acreditou na necessidade de unir os pequenos produtores de café da região ocidente de Honduras. “Nascemos em um momento em que a crise do café estava muito acentuada”, disse ele, que é gerente da Cooperativa Cafeeira Ecológica La Labor Ocotepeque (Cocafelol). Hoje, isso não somente permitiu superar os momentos mais desafiadores, mas também, permitiu que o café hondurenho cruzasse fronteiras e se internacionalizasse.

“No começo, foi muito difícil, porque as pessoas não acreditavam no café de Honduras”, disse ele. Uma realidade que tinha fundamento. “Nessa época, o produto era misturado e a consistência na xícara não era boa”. Após vários anos de trabalho, no entanto, a cooperativa conseguiu o reconhecimento e a magia que acompanham uma boa xícara de café.

O êxito de seu trabalho é percebido no número de países que hoje desejam ter na mesa o café da Cocafelol. “Exportamos a Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Suíça, França e Itália”. A cooperativa vende 80% de seu café ao exterior.

A qualidade do café do Ocidente é reconhecida em todo o país. “É um café com sabor achocolatado, floral e doce”, disse o administrador de Aruco, outra cooperativa situada no município de Corquín, distrito de Copán, Elmer López. “Seus atributos se devem à terra nessa região e ao clima fresco”, disse ele, após explicar que nessa região se planta café de altitude e em regiões baixas.

Esse último, de menor qualidade, é consumido pela maioria das pessoas que vivem na região. Isso explica seu nome: Café Tradição do Povo. As outras duas marcas da cooperativa podem ser encontradas no exterior. “Atualmente, há empresas dos Estados Unidos que nos dizem que querem diretamente nosso café”, disse Elmer.

Melhorar a qualidade do café não é o único objetivo das cooperativas. A principal razão de sua existência está, sobretudo, nos pequenos produtores rurais. Pessoas como Fidencio Aguirre, de Labor (distrito de Ocotepeque), que antes de se associar, vendia café a um vizinho. “Era um grande problema, porque até cheque sem fundo me davam”.

Fidencio sabe que é um felizardo. “Sonhei em ter um lotezinho de café desde que era criança e meus pais lutavam por um pedaço de terra ao lado de casa”. Sua fazenda é uma das maiores da região atualmente, com 8 manzanas (11,35 hectares). “A maioria dos produtores tem um quarto de manzana (0,35 hectares). São parcelas que tem passado de geração em geração”, disse López, que agrega que muitas famílias dependem exclusivamente desse produto. “Trazermos o café aqui é benéfico, porque assim podem vender seu produto mais caro”. Como no caso da Cocafelol, a luta de Aruco tem sido se distanciar dos intermediários.

“O sentido da cooperativa é estabelecer nexos de solidariedade”, disse o vice-presidente da Cocabel, outra associação de produtores localizada em Belén (distrito de Lempira), Augusto Amaya. “Os produtores se sentem estimulados quando conseguem vender o café e receber um preço justo”.

Muitos deles têm visto melhorar seu produto graças ao apoio do projeto de Competitividade Rural (Comrural), iniciativa do Governo de Honduras que financia o Banco Mundial, entre outros órgãos. “O objetivo é poder potencializar a produtividade e a competitividade dos pequenos produtores rurais, um dos setores mais vulneráveis e que, por sua vez, podem aportar ao desenvolvimento de Honduras”, disse o responsável pelo projeto no Banco Mundial, Norman Piccioni.

Juntos, os produtores de café podem enfrentar melhor as dificuldades, como a praga da ferrugem, que levou a uma queda das exportações hondurenhas de café de 24,7% nos primeiros oito meses da colheita de 2013/2014, com relação ao mesmo período da temporada anterior, segundo o Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé).

“Entre 2011 e 2012, alguns produtores dessa zona perderam até 90% de suas colheitas”, disse um dos técnicos que trabalha na região de Belén apoiando os produtores a combater essa praga, bem como identificar as deficiências nutricionais da planta de café, Gerson Paz. O objetivo é melhorar sua qualidade. Uma luta que compartilha também Roberto Salazar. “O segredo é mudar a atitude do produtor, capacitá-los”, explicou o gerente da Cocafelol.

Defensor dos cultivos orgânicos, Roberto está convencido de que muitos produtores antes não pensavam em termos de qualidade. Com seus esforços, tanto dentro como fora do país, hoje, se sente satisfeito de que o café hondurenho se abra cada vez mais aos mercados internacionais. Já não é o café misturado de que tanto se duvidava, mas sim, um café que tem descoberto seu orgulho.

A reportagem é do https://www.estrategiaynegocios.net/ Tradução por Juliana Santin

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures