O Poder Executivo da Nicarágua introduziu diante da Assembleia Nacional um projeto de lei para a transformação e desenvolvimento da cafeicultura, onde indica que atualmente esse país vende ao exterior 72% de sua produção de café e, em 2017, essas vendas alcançariam 80%, de forma que será necessário renovar o setor.

A iniciativa de lei estabelece que para cada quintal de café (saca de 46 quilos) exportado, os produtores farão um aporte de US$ 2 em 2014, US$ 3 em 2015, US$ 4 em 2016 e US$ 5 em 2017. Com esse dinheiro, busca-se criar um fundo para transformação e desenvolvimento da cafeicultura, que foi afetada pela ferrugem.

Esse aporte, no entanto, será de US$ 1 quando o preço internacional do café for inferior a US$ 130 ou US$ 140 por quintal, que é o valor de referência estabelecido pelo Governo no projeto de lei.

O setor de café da Nicarágua foi afetado pela ferrugem do café e pelos baixos preços internacionais do grão, que ontem fechou em US$ 111 por quintal (US$ 144,78/saca de 60 quilos) no mercado de Nova York.

Fontes do setor cafeeiro disseram que no ciclo de 2013-14, a Nicarágua perderá 306,6 mil sacas de 60 quilos de café, dos 1,15 milhão de sacas que se projetam produzir.

Segundo dados oficiais, as atividades relacionadas à cafeicultura geram 300.000 empregos diretos e indiretos, o que representa 53% do total de trabalhos no setor agropecuário e 14% dos postos de trabalho em todo o país.

Na Nicarágua, existem 44.519 produtores de café, que utilizam 133.285 hectares para cultivar o grão. O café é um dos principais produtos de exportação da Nicarágua e, esse ano, gerou lucros de US$ 338 milhões.

A reportagem é do https://www.elnuevodiario.com.ni, adaptadas pelo CafePoint