Por meio de um projeto apresentado à Colciencias e à Organização de Ciência, Tecnologia e Inovação, o departamento (estado) de Huila, na Colômbia, aposta em centros de pesquisa do café, com o objetivo de melhorar os sistemas de produção do grão. O projeto foi elaborado em um trabalho articulado entre o governo dessa região, o Escritório de Planejamento Departamental (Estadual), o Cenicafé (Centro Nacional de Pesquisas de Café) e o Comitê de Cafeicultores de Huila.

A iniciativa já se encontra inscrita no Colciencias e no mês de maio ocorrerá uma reunião, na qual será apresentado o projeto para ser revisado e analisado pelos membros da Ocad, com vistas a sua obtenção de aprovação. O projeto deverá ser executado em quatro anos e se baseia em uma proposta de pesquisa para ajustar e melhorar, com os resultados obtidos, a produção de café do departamento de Huila.

De acordo com Mauricio Salazar, líder departamental de extensão rural do Comitê de Cafeicultores de Huila, a ideia de criar um centro de pesquisa vem na esteira da queda da produção nessa região, como conseqüência da variabilidade climática, que também favorece o aparecimento de enfermidades e pragas que reduzem a produtividade da zona cafeeira. Tendo em conta esses aspectos, a proposta orienta ações que buscam, através do projeto de pesquisa, obter resultados que permitam ajustar o sistema produtivo do café de acordo com as condições climáticas de cada uma das regiões produtoras do departamento.

Não obstante, cada zona produtora apresenta características próprias de solo, clima e relevo, além de uma vulnerabilidade frente a eventos naturais e, a partir dos resultados, efetuar ajustes que estão relacionados com as condições especiais, as densidades e o uso de sistemas agroflorestais e a obtenção de variedades regionais para Huila, tendo em conta as condições agroecológicas de cada uma das regiões do departamento, como expressou Mauricio Salazar. Igualmente, os resultados da pesquisa permitirão ajustar as recomendações do cuidado dos cultivos de acordo com as características do solo e os alertas, de tal maneira que permita diminuir e reduzir o impacto que pode ser gerado pelas pragas e enfermidades favorecidas com a variedade climática.

Para o líder departamental do Comitê, "os resultados obtidos com esse projeto de pesquisa vai nos permitir, no médio prazo, ter acesso a uma cafeicultura mais competitiva e adaptada às condições de mudança climática."

A matéria é da Agnocafé, adaptada pelo CaféPoint.