ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Café da Etiópia pode ser a salvação contra a crescente seca

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/03/2016

3 MIN DE LEITURA

0
0
Em grande parte do mundo, o café é um estimulante social, um prazer e uma bebida para despertar de manhã. Na Etiópia, o café é a espinha dorsal da economia e, agora que o país enfrenta sua pior seca em 50 anos, o café pode também ser sua tábua de salvação.

A Etiópia é hoje um país diferente do que era nos anos oitenta. O país foi re-apelidado como Leão da África, uma das economias de mais rápido crescimento do mundo. Ainda, a seca vem afetando o norte e o leste do país. Agências de ajuda estão sugerindo que o governo – que quer mudar sua imagem de pobre homem da África – pediu ajuda internacional muito tarde e que a ajuda alimentícia poderá chegar em maio, com 10 milhões em risco de fome. No sul, as forças de segurança estão lidando com produtores rurais que protestam temerosos por sua terra à medida que o governo planeja expandir Addis Ababa, a capital e a maior cidade da Etiópia. Apesar dos avanços que o país tem feito, a segurança alimentar está de volta à agenda.

Oitenta por cento do país ainda subsiste de agricultura dependente de chuva. Em períodos bons, o país é quase completamente autossuficiente. A agricultura forma quase metade do PIB da nação, de acordo com o Banco Mundial, e cerca de 15 milhões de pequenos produtores rurais dependem do café para seus sustentos. Porém, apesar desse “ouro negro” ser globalmente a segunda commodity mais valiosa exportada, os preços ainda estão baixos. Os produtores podem esperar 55 centavos de dólar por quilo de café. Mesmo quando as condições climáticas estão perfeitas, a maioria dos produtores suporta dois meses de fome. O governo afirma que a seca no norte ainda não afetou o sul, mas os produtores disseram que as chuvas vieram tarde no ano passado e que a colheita foi decepcionante.

A Etiópia vem construindo uma rede sofisticada de segurança alimentar desde o final dos anos oitenta. O Programa de Segurança Líquida Produtiva, uma iniciativa de bem-estar para o trabalho, capacitou seis milhões de pessoas para trabalhar em projetos de infraestruturas públicas em troca de comida ou dinheiro. Desde o apelo do governo no começo desse ano, foi garantido quase metade de sua meta de US$ 1,4 bilhão da comunidade internacional.

O governo também está prometendo investir mais pesadamente na produção de café, aumentando a produção em 45%, bem como oferecendo incentivos e mais suporte aos produtores de café. Além disso, a Fundação Fairtrade está trabalhando com as cooperativas rurais locais buscando preços e condições melhores para os pequenos produtores. Para se tornar certificado Fairtrade, os produtores rurais precisam aderir a certos padrões e têm garantia de um preço mínimo para seu café. A cooperativa também entra em um fundo comum para os produtores e trabalhadores usarem.

“A seca é causada pela natureza, mas a fome é causada pelos humanos”, disse o James Mwai, da Fairtrade África. “Temos a tecnologia em nossas mãos para prever e nos prevenir de períodos de seca, aumentando as reservas de alimentos e as rendas, mas o estabelecimento disso a nível local pode ser difícil. Embora a Nasa possa ser capaz de prever mudanças nos padrões climáticos, isso parece muito técnico aos produtores”.

A Fairtrade trabalha de perto com comunidades para garantir que são as pessoas que estão tomando decisões. “Certamente, há um tempo e um lugar para ajuda, mas estamos buscando objetivos sustentáveis e de longo prazo. O Fairtrade deve ser a base. Estamos capacitando as pessoas para economizar dinheiro, armazenar alimentos, fazer planos. Há uma grande dignidade nisso”.

Wessi Wonago, que participa de uma cooperativa local, disse que o café é a espinha dorsal da vida das pessoas, da economia e da vida social. “É tudo para nós. Mas queremos o melhor preço por ele, de forma que possamos melhorar nossas vidas”. Ele disse que o envolvimento do Fairtrade tem ajudado nisso.

As informações são do Independente / Tradução por Juliana Santin 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures