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Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado explica mudanças no mundo do café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/03/2013

2 MIN DE LEITURA

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“Estamos diante de uma mudança no mundo do café. Os torrefadores (globalmente) reduziram seus estoques de cinco meses para 45 dias e aumentaram a utilização dos robustas em seus blends de 35% para 45%/50%. O resultado é que sobrou arábica no mundo, mas o estoque não é alto.” As considerações foram feitas pelo presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis*, durante a Fenicafé 2013 - Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura (confira aqui informações sobre a feira). “Temos de salientar que o café de qualidade é o arábica”, defendeu.

Francisco Sérgio contou que o Conselho Nacional do Café (CNC) está fazendo um levantamento dos estoques de café, que mostram números menores do que se pensava no Brasil. No cerrado mineiro, ele aponta que o produtor ainda detém 30% da safra 2012 a negociar. Quanto às vendas da safra 2013, de forma antecipada, o dirigente indica que 20% da produção já foi negociada para entrega futura.

Em relação a avanço nos preços do café, Francisco Sérgio disse que tudo depende do “mundo financeiro”, ou seja, de uma melhora no cenário econômico europeu, principalmente. Ainda assim, destaca que os fundos estão muito vendidos em Nova York e terão de diminuir essa posição no curto prazo, o que pode melhorar os preços. “E a ferrugem na América Central é algo gravíssimo”, apontou.

Ele lembra que a cotação atual em NY, em torno de US$ 1,33 (quinta-feira, confira aqui), representa US$ 1,20 para o café brasileiro, arábica tipo 4 / 5, já que existe o deságio contra NY. “No mínimo o café teria de estar a R$ 350,00 a saca para remunerar o produtor”, afirmou, ressaltando que cresceram muito os custos dos produtores. “O real está muito valorizado contra o dólar, os custos estão altíssimos, a lei trabalhista arcaica prejudica muito o produtor”, pontuou.

No Brasil, citou, a diária do trabalhador na lavoura é de US$ 50, enquanto no Vietnã é US$ 5. “Como competir assim?”, questiona. Francisco Sérgio diz que o café brasileiro é o mais sustentável do mundo social e ambientalmente. Entretanto, não é economicamente sustentável no momento.

Para Francisco Sérgio, o governo tem de buscar fazer uma política macro, que contemple todos na cadeia café (produção, indústria e exportação). E está caminhando para isso com o planejamento estratégico, que está sendo trabalhado dentro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).

Mas, com os baixos preços do café, os produtores estão se mobilizando nas solicitações de medidas imediatas de sustentação dos preços, que são prioridade para o cafeicultor. O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, destacou durante a Fenicafé que está sendo buscada a elevação do preço mínimo do café dos atuais R$ 261,00 a saca para R$ 336,00 a R$ 340,00, além de mecanismos de comercialização como o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) e leilões de opções (confira aqui mais informações). Francisco Sérgio conclui que se tais medidas forem postas em prática, haverá uma natural reação nos preços internacionais na próxima safra. 

*Em entrevista à Agência Safras

A matéria de da Agência Safras ( por Lessandro Carvalho), adaptada pelo CaféPoint.

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ANDRE MARCOLINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 26/03/2013

Sou um paulistano da gema, e sei perfeitamente que o consumidor urbano não sabe NADA de café. Compra café sem saber o que está comprando. A questão não é se ele acha bom o que compra como café, pois  ele não tem como julgar . Só um produto lhe é oferecido e ele não sabe que produto é esse. Não sabe nem que existe produto diferente e melhor. Nós, os do Arábica, é que temos de avisá-lo de que o que ele compra é ruim, que temos algo diferente e muito melhor. Quanto a não haver chance de sucesso para oferta de café gostoso e perfumado, e não aquela "coisa"

na melhor das hipóteses "neutra", digo não fazer sentido dizer que produto bom não pode pervalecer sobre o ruim. Nós do Arábica temos de nos rebelar. Temos de nós mesmos torrar e oferecer o nosso café, sempre dizendo ao público o que ele ainda não sabe, mas precisa saber, que existe sim café delicioso, que só nos temos, mas não lhe é servido, muito melhor do que esta "coisa" sem aroma sem sabor que hoje as torrefações lhe impingem. Já bebi conilon puro  e bom. É "neutro", como o Sr Sebastião  mesmo diz , quer dizer não é NADA. O povo paga para beber nada. Porque não pagar para beber delícia?
ANDRE MARCOLINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 26/03/2013

Insisto na idéia de que nós do Arábica temos de combater a adição cada vez maior de conilon aos cafés que são oferecidos à população do país. Estamos sendo alijados, marginalizados. E temos de ser extremamente agressivos nisso. Temos de fundar grande torrefação que ofereça ao consumidor o que ele espera de um bom café: aroma e sabor. E

não esta coisa "neutra" que as torrefações lhe impingem hoje. Uma grande torrefação que torre SÓ Arábica, com forte trabalho de divulgação na mídia, seguramente aumentará o consumo do nosso café no pais. Isso fará grande diferença, pois já somos o segundo maior consumidor de café do mundo. Precisamos fazer o nosso próprio Pais disputar o seu Arábica café com o mundo. Isso se refletirá positivamente nos preços
JOSÉ SEBASTIÃO MACHADO SILVEIRA

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2013

   Em 2005 ouvi do dono de uma das maiores empresas do mundo do ramo de café  a sequinte frase: "Em dez anos o robusta vai torna a principal matéria prima do café consumido no mundo". Êle estava baseando em uma pesquisa feita  em todos os países consumidores de café. O blend com mais de 50% de robusta/conilon era a bebida preferida dos entrevistados e a que oferecia maior lucratividade para as empresas. Disse ainda: "Este valor vai aumentando ano a ano a medida que a qualidade do robusta/conilon aumenta." A sua recomendação: "Plante robusta/conilon".



  Agora, se uma empresa de torrefação  produzir somente café 100% arábica ela quebra, todos os empresários do ramo  sabem disso.



   Não somos nós, produtores de conilon responsáveis por isso, somos somente um fornecedor de matéria prima para a indústria do café.



  Há solução para os produtores de arábica, creio que sim. Na minha opinião, são decisões que dependem mais do produtor do que de políticas governamentais.  
ROSIMEIRI APARECIDA BUZZETI

JACAREZINHO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/03/2013

Sr. Sebastião, o café conilon só serve para enchimento, pois ele não tem sabor e aroma, e  o que melhorou no conilon foi o tipo, pois era 7/8, agora é 6/7, a bebida não tem jeito de melhorar porque ele não tem sabor e aroma e é um café neutro com altissimo niveis de cafeina. O produtor de Arábica não sabe fazer Marketing, enquanto os de conilon sabem.Nada tenho contra os produtores de Conilon, quero que vocês tenham lucratividade, mas vamos falar a verdade porque desse jeito vocês vão acabar com os produtores de Arábica.
ANDRE MARCOLINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 25/03/2013

Sr Sebastião,

o café capaz de produzir intensa  sensação de prazer é o Arábica, não o robusta. O Sr mesmo diz que um bom conilon é apenas neutro, quer dizer sem sabor e aroma. Café ruim, conilon ou Arábica, é uma tortura para quem bebe, e não poderia ser diferente. Coisa ruim não pode ter sabor bom. Nós, os do Arábica, é que somos incompetentes em matéria de publicidade, incapazes que somos de fazer saber ao público que café gostoso é Arábica e que ele bebe cada vez menos deste e cada vez mais um que, na melhor das hipoteses, não tem nada de aroma e sabor, ou seja, como o Sr mesmo diz, é neutro. Sou favorável a que os grandes agentes da cafeicultura de Arábica, cooperativas e outros, se unam e fundem uma torrefação SÓ de Arábica, com forte trabalho de distribuição e grande estardalhaço na mídia dizendo: " EXIJA O VERDADEIRO CAFÉ, O CAFÉ QUE TEM AROMA E SABOR! EXIJA ARÁBICA!       
JOSÉ SEBASTIÃO MACHADO SILVEIRA

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/03/2013

   "Temos de salientar que o café de qualidade é o arábica",

   A qualidade do café arábica não é superior ao do robusta/conilon, cada um tem as suas características específicas. O bom robusta/conilon se destaca pela sua neutralidade. Entretanto, quando se fala em percentual de café de qualidade produzido, com certeza o conilon supera o café arábica. Nos últimos cinco anos mais de 70% do conilon produzido no ES e BA foi tipo exportação, não havendo necessidade de nenhum rebeneficiamento para serem exportados. Vão da fazenda diretamente para os portos. Sabemos o que acontece com o café arábica nos anos de chuvas na colheita e como os produtores sofrem por isso.



   As variedades clonais que se caracterizam pela uniformidade de maturação, alta produtividade e grãos graúdos, estão presentes em quase a totalidade das lavouras de conilon no ES e BA. Nós não temos problemas de chuvas na colheita e não colhemos café no chão. Os problemas de secagem rápida do conilon estão sendo superados a cada ano. O conilon de hoje não é o mesmo de 15 anos atrás, a qualidade do nosso conilon melhorou muito, está é a realidade que os cafeicultores de café arábica precisam saber.



    Quando chove durante a colheita do café arábica a percentagem de café de qualidade cai muito, nestes anos, o conilon/robusta tem sido a solução dos cafés arábica de qualidade inferior. O conilon/robusta na mistura com este tipo de café melhora a sua bebida, viabilizando a sua comercialização. Na realidade, temos problemas relacionados ao mercado, mas nós complementamos

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