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Pesquisa aponta peso do agronegócio no voto

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/08/2014

4 MIN DE LEITURA

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Por: Thais Fernandes

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) encomendou, em parceria com o Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM, uma pesquisa abordando a percepção da população urbana brasileira em relação ao perfil ideal de candidato à Presidência da República para o agronegócio.

Foram consultadas 600 pessoas em cinco capitais (Belém, Salvador, Goiânia, São Paulo e Porto Alegre) pelo levantamento, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Ipeso. Em uma das etapas foram apresentadas questões envolvendo o nível de importância do agronegócio em setores como a economia, no que 91,2% dos pesquisados apontou que consideram as atividades ligadas ao agronegócio como muito importante para a economia brasileira.

Outro momento da pesquisa incluiu a apresentação de frases aos entrevistados, que a partir daí disseram com qual candidato aquela sentença mais combinava. Os entrevistados podiam escolher mais de um candidato, ou nenhum deles. Com os resultados da primeira etapa, os pesquisadores chegaram aos três políticos mais citados: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

 Victor Trujillo, diretor geral do Ipeso, conta o passo a passo da pesquisa, que apontou as características mais atribuídas a cada candidato

Com estes nomes, os pesquisadores continuaram a série de entrevistas, gerando como resultado, os itens que o público mais associou a cada um deles. Embora os responsáveis pela apresentação dos resultados, José Luis Tejon Megido, diretor do Núcleo de Agronegócio da ESPM, e Victor Trujillo, diretor geral do Ipeso, não tenham se pronunciado sobre qual candidato se mostrou mais expressivo para o setor, a pesquisa elencou os temas mais ligados a cada um.

À candidata do PT, foram atribuídas as características: Conhece bem os problemas da Agricultura brasileira; Vai incentivar o consumo de Etanol e o Biodiesel; Vai aumentar o crédito para a produção de alimentos. Já o candidato do PSDB foi associado a: Vai cuidar das estradas do interior do Brasil; Vai modernizar os portos e armazéns; Vai tornar o Brasil o maior exportador de alimentos do mundo. E, por fim, o presidenciável do PSB foi tido como um candidato que: Vai apoiar a Agricultura e a Pecuária brasileira.

A pesquisa foi apresentada nesta segunda-feira (4/8), durante o 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado pela Abag, em São Paulo. Na ocasião, Christian Lohbauer, doutor em Ciência Política e diretor de Assuntos Corporativos da Bayer e Bolívar Lamounier, cientista político e sócio-diretor da Augurium Consultoria, foram convidados a debater os resultados do estudo. Os dois especialistas, no entanto, se disseram céticos em relação ao alto percentual de aceitação do tema Agronegócio por parte dos entrevistados.

“Eu não creio que o eleitor urbano tenha o nível de informação adequado para responder a essas questões, então aí começa a haver respostas induzíveis”. O dado frisado por Bolívar Lamounier se aponta concreto na própria pesquisa, que indica que mais de 80% dos entrevistados sentem que falta informação sobre o agronegócio.

“O questionário me parece muito homogêneo”, prosseguiu Bolívar, ao se referir à falta de conteúdo diversificado nos temas da pesquisa. “Estão faltando perguntas sobre luta sindical no campo, questões ambientais, questões ligadas à Igreja, que estão na televisão todos os dias e não estão no questionário. Então se tivéssemos um leque mais diversificado e contraditório, eu acho que nós chegaríamos a uma visão mais realista de como as pessoas veem o agronegócio”, explica.

Na mesma linha, Christian Lohbauer também citou a falta de temas importantes. “Se a gente colocasse aí trabalho escravo, demarcação de terras indígenas, terra para estrangeiros, já é um universo que esse cidadão urbano vai reagir completamente diferente. Nossa vivência diz que estes dados iriam se reverter”. O cientista político sintetiza sua posição com um questionamento. “A pergunta que eu não consigo responder, olhando estes resultados, é a seguinte: por que é que, então, é tão difícil movimentar a agenda do agronegócio na política brasileira, se a percepção da sociedade, se é que é esta, é tão vasta e unânime? Porque a realidade do dia a dia do Congresso Nacional, Ministério Público, ou mesmo nas organizações de toda natureza na Agricultura não é fácil, pelo contrário é uma guerra permanente”, afirma.

Alguns dados constatados

Um dos resultados da pesquisa aponta que 72% dos entrevistados votariam em um candidato que desse maior atenção aos agricultores brasileiros. Em relação a redução de impostos, 85% dos entrevistados garantiram que votariam em um candidato que reduzisse a tributação que incide sobre produção de alimentos.

A maioria da população ouvida (70,5%) entende que a oferta de comida dependerá da capacidade do futuro presidente em orientar e apoiar o agronegócio.

Em relação ao envolvimento do campo com o meio urbano, 81,7% dos entrevistados consideram que o agronegócio gera empregos também nas cidades, além dos postos de trabalho mantidos no campo. 74,9% dos entrevistados concordam que o fato de o País ter estradas mal conservadas aumenta o custo dos alimentos. Um percentual semelhante, 73%, entende que os portos brasileiros, antigos e mal gerenciados, igualmente prejudicam o agronegócio. 

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