As exportações de café de Uganda, segundo maior produtor da África, poderão apresentar poucas mudanças em 2014/2015 com relação à estação anterior porque as plantas estão se recuperando lentamente da seca.

As vendas de primeiro de outubro até setembro poderão permanecer nos mesmos níveis das vendas da estação anterior, de 3,5 milhões de sacas de 60 quilos, disse o diretor gerente da Autoridade de Desenvolvimento de Café de Uganda (UCDA), Henry Ngabirano. A produção também poderá se manter estável em 4 milhões de sacas, disse ele.

“Os cafezais precisam de tempo para se recuperar. Se não fosse pelas árvores plantadas nos últimos anos que começaram a produzir grãos, a previsão seria menor”.

Uganda exporta café principalmente para União Europeia (UE), Estados Unidos, Sudão, Suíça, Índia, Cingapura e Rússia. O país produz principalmente a variedade robusta. As exportações em 2013/2014 declinaram com relação ao recorde dos últimos 14 anos de 3,58 milhões de sacas no ano anterior, após a seca ter prejudicado a produção.

A produção de café do país pode aumentar para 5,87 milhões de sacas em 2019/2020, de 3,8 milhões de sacas em 2012/2013, devido ao programa de plantio de plantas, disse a autoridade em setembro. Pelo menos 17 milhões de novas plantas foram plantadas na estação anterior e isso pode aumentar para 225 milhões em cinco anos.

O país começou um programa importante de plantio em 1994 para substituir as plantas afetadas pela traqueomicose do café (wilt disease), que destruiu 150 milhões de plantas. Uganda é o segundo maior produtor de café da África, depois da Etiópia, de acordo com a UCDA.

A reportagem é do Bloomberg/ Tradução por Juliana Santin