O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária de Rondônia (Seagri-RO), Evandro Padovani, declarou que a produção de café em Rondônia tem grandes chances de aumentar significativamente seu desempenho. “A expectativa geral é de que a produção estadual deverá praticamente dobrar em 2014, passando das 800 mil sacas no ano passado para aproximadamente 1,4 milhão de sacas este ano”, afirma.

O presidente da Câmara Setorial do Café do Estado de Rondônia, Tuta Café, concorda com a previsão de Padovani. “A expectativa já para 2014 é de atingirmos uma produção de 1,4 milhão de sacas”, diz Tuta. Rondônia é o principal Estado produtor da região norte e o segundo maior produtor nacional de café conilon. “Temos muito espaço para crescer em produtividade, principalmente com apoio das novas tecnologias, e isso já está ocorrendo”, pontua Tuta.

Segundo a Seagri – RO, a nova muda clonal de café conilon, desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), é um dos grandes motivos do aumento da produtividade do Estado. “A atividade está sendo novamente fortalecida, através da união dos diferentes segmentos envolvidos com a cafeicultura”, diz o secretário. A BRS Ouro Preto, nome da nova muda, foi desenvolvida especialmente para as condições de clima e de solo de Rondônia.


Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora

O técnico da Emater de Ouro Preto do Oeste, Milton Messias, explica como a BRS Ouro Preto atua nas produções em locais com irrigação ou mesmo sem. “Com essa muda clonal é perfeitamente possível se produzir 80 sacas de café por hectare sem irrigação, e de 100 a 130 sacas por hectare com irrigação”, explica Milton Messias, que é um dos maiores especialistas do Estado e um veterano dos quadros da Embrapa em Rondônia.

A importância da presença tecnológica no setor da cafeicultura é ressaltada pelo secretário Padovani. “As novas tecnologias do campo estão permitindo que a produtividade do café no Estado possa saltar das 12 sacas por hectare atuais, para mais de 100 sacas por hectare”, declara Padovani, que reitera que cerca de 35 mil famílias participam da atividade no Estado.

Sobre as novas mudas

As mudas estão sendo distribuídas por 34 viveiros particulares de todo o Estado. A primeira colheita está acontecendo agora, cerca de um ano e meio após o plantio, com a saca cotada a cerca de R$ 220 a R$ 230. “Com um hectare é possível obter uma receita líquida mensal de R$ 1,5 mil, já deduzidas as despesas, desde que seguindo as orientações dos técnicos da Emater e adotando sistemas de irrigação, poda e adubação”, explica Messias, que será palestrante no dia de campo do próximo sábado, em Cacoal (RO), quando abordará o tema “Seleção de Plantas e Produção de Clonais”.


As informações são da Seagri-RO, adaptadas pela Equipe CaféPoint