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Cotações futuras do café arábica acumulam queda em agosto

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/09/2015

5 MIN DE LEITURA

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 O relatório do Conselho Nacional do Café sobre o desempenho da cadeia cafeeira no Brasil em agosto aponta queda nas cotações futuras do arábica. O atual momento se desenha após duas safras consecutivas registrarem frustração no Brasil, enfatiza o CNC. Agora, para a próxima temporada o clima no Brasil segue novamente no radar dos investidores. Acompanhe, abaixo, as informações do Conselho:

Boletim Conjuntural do Mercado de Café

— Agosto de 2015 —



- Apresentando significativa volatilidade, as cotações futuras do café arábica acumularam queda em agosto.

Os preços futuros do café arábica apresentaram significativa volatilidade em agosto, com os fechamentos diários situando-se entre o intervalo de US$ 1,2 a US$ 1,41 por libra peso. A pressão de baixa veio das previsões de chuvas sobre as origens nacionais e da desvalorização das moedas dos países produtores, principalmente do real brasileiro. Favorecendo as altas, pesa no mercado a preocupação com uma menor disponibilidade mundial do café. Para a temporada 2015/16, o Rabobank prevê que a demanda global deverá superar a oferta em 1,9 milhão de sacas.

Esse cenário deficitário se desenha após duas safras consecutivas registrarem frustração no Brasil. A temporada 2015/16 sofreu quebra em função da estiagem prolongada, apresentando significativa porcentagem de grãos miúdos. Em decorrência do volume recorde exportado, o CNC projeta que os estoques de passagem, em março de 2016, serão os mais baixos da história no País.

No tocante à próxima temporada, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que pequenas e pontuais floradas já foram observadas em lavouras de arábica, entre julho e agosto, no Sul de Minas. Novas aberturas dependem do aumento da umidade. Em relação às áreas de conilon, no mês de agosto foram registradas duas floradas no Espírito Santo e uma em Rondônia. Porém, o pegamento dessas flores dependerá das condições climáticas, que ainda geram incerteza.

Com isso, o clima no Brasil segue no radar dos investidores. Apesar das previsões de chuvas anunciadas para o cinturão produtor nacional, agosto se encerrou com precipitações abaixo da média histórica. Para a primeira quinzena de setembro, a Climatempo prevê que o acumulado de chuvas sobre as regiões cafeeiras variará de 10 a 30 mm.

É válido lembrar a previsão do meteorologista Paulo César Espinoza Etchichury, da Somar Meteorologia, em palestra na Associação Comercial de Santos, em maio, quando afirmou que, embora não seja esperado atraso no retorno das chuvas, as precipitações dos meses de setembro e outubro deverão ser irregulares, em cenário climático semelhante a 2014. Já o verão de 2016 deverá apresentar "cenário climático semelhante ao dos verões de 2013 e 2014, que ficaram marcados por chuvas irregulares e ondas de calor".

O câmbio brasileiro desvalorizado tem sido o principal fator de pressão baixista no mercado futuro do café negociado em Nova York. Em agosto, o dólar comercial ultrapassou o patamar de R$ 3,60, encerrando o mês no maior valor desde fevereiro de 2003. Além dos impactos da turbulência financeira gerada pelo tombo das bolsas asiáticas, as questões políticas e econômicas domésticas e a indefinição sobre o momento da elevação dos juros dos Estados Unidos continuam pesando sobre o câmbio. Em 31 de agosto, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,6271, acumulando alta mensal de 5,9%.

Os fundos que operam no mercado futuro e de opções de café arábica da ICE Futures US reduziram o saldo vendido na última semana de agosto, na comparação com o final de julho. No entanto, continuam com elevado montante de posições vendidas.

 




Em agosto, o vencimento dezembro do contrato C acumulou queda de 420 pontos, sendo cotado a US$ 1,243 por libra-peso no último dia do mês. A cotação média mensal, de US$ 1,31, foi 32% inferior à do mesmo período de 2014, quando o mercado antecipava os impactos da falta de chuvas nas origens brasileiras. Porém, se convertidas para reais, as cotações de Nova York superam em 5,4% o patamar médio de agosto do ano passado, devido ao fortalecimento do dólar no Brasil.

Os estoques certificados de arábica da bolsa nova-iorquina apresentaram queda de 16 mil sacas, encerrando o mês em 2,09 milhões de sacas. O volume estocado encontra-se em patamar 13% inferior ao observado no mesmo período do ano anterior, de 2,4 milhões de sacas.

 


 



O mercado futuro da variedade robusta, negociado na ICE Futures Europe, seguiu a mesma tendência observada em Nova York. O vencimento novembro/2015 foi cotado a US$ 1.611 por tonelada no último dia de agosto, com desvalorização de US$ 44 em relação ao fechamento de julho. A cotação média mensal, de US$ 1.673/t, foi 16,2% inferior à de agosto de 2014.

A arbitragem entre os terminais de Londres e Nova York apresentou elevação até a segunda quinzena de agosto, mas retornou ao mesmo patamar observado no final de julho, próximo a US$ 0,5 nos últimos dias do mês.

Os estoques certificados de robusta monitorados pela Bolsa de Londres não apresentaram elevação significativa em relação a julho. No encerramento de agosto, somavam 3,4 milhões de sacas, aproximadamente o dobro do volume contabilizado no mesmo período do ano passado.

 


No mercado físico brasileiro, a comercialização continuou fraca, já que os preços se mantêm aquém das expectativas dos vendedores. Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados no final de junho a R$ 445,05/saca e a R$ 329,35/saca, acumulando alta de, respectivamente, 2,6% e 5% no mês.

A quebra da safra da variedade conilon tem estimulado a alta dos preços, que se encontram no patamar mais elevado da série histórica do Cepea. Porém, para a variedade arábica, apesar da forte desvalorização do real e da redução dos volumes colhidos, a média mensal de agosto é ligeiramente superior à de 2014, o que está afetando o poder de compra dos produtores.

De acordo com o Cepea, no Sul de Minas os produtores precisam de 3,28 sacas de café arábica do tipo 6 para comprar uma tonelada de ureia, um aumento de 0,5 saca em relação a agosto de 2014. Também houve diminuição semelhante do poder de compra nas regiões do Cerrado Mineiro, em Garça (SP) e no Norte do Paraná, o que é desfavorável à realização dos tratos culturais necessários ao bom desenvolvimento da safra 2016.

* Conteúdo elaborado pela Assessoria Técnica do CNC.

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